“Na velhice ainda darão frutos…”
“Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes, para proclamarem que o Senhor é Reto. Ele é a minha Rocha e nEle não há injustiça.” (Salmos 92.14-15)
Tudo pronto para a viagem e o primeiro desafio foi olhar a “escadinha” e saber que teríamos que subir. Uma taboa com ripas de tanto em tanto, bem alta, pois o barco é muito alto. Os homens ajudaram: um em baixo, um no meio e o outro em cima. As bagagens já estavam no barco e tínhamos que pegar os kits da rede e mosqueteiro para montar nosso canto. Muitas pessoas com medo de barco, mas valorosamente superando suas limitações.
Fiz parte do grupo da saúde e éramos três na farmácia, fazer as fichas e sinais vitais. A médica, Dra. Alessandra, mulher guerreira, ficou sozinha no atendimento e deu conta de mais de 60 consultas. As crianças foram atendidas por um grupo, depois de terem a decepção que a escola não funcionaria no dia seguinte e tiveram que mudar para o salão da igreja. Mas foi muito animado e proveitoso!
O pessoal do evangelismo andou a pé, de canoa, visitando as casas que estavam abertas para o evangelho e os corações sedentos para ouvir o amor de Deus. Chegavam felizes, contando suas experiências. Outra atividade muito gratificante foi o coral que conseguimos ensaiar com um maestro do grupo. Dois hinos no primeiro culto e dois no segundo culto. Ficou lindo!
A comida era muito gostosa, abundante. Café da manhã, almoço e jantar com comidas diversas para todos os gostos.
O pastor da comunidade foi bastante receptivo, com toda sua família. Um na bateria, outro no teclado e outro na guitarra. O cantor era seu filho e a cantora, sua cunhada.
Não vi nenhuma desavença, nem reclamação. Até os parafusos da minha coluna se comportaram. Como imaginaria que dormir em rede não era tão ruim assim?! Os bichinhos nos pegaram, carrapatos, carapanãs e formigas, mas tudo foi encarado com muita alegria. Tive o privilégio de ser convidada pelo Fábio para fazer o devocional do outro dia e acho que fui usada por Deus para desenvolver o tema.
Também houve muitas conversas entre nós, mulheres com problemas sérios que foram colocados nas horas de folga no barco.
O treinamento de oralidade que foi nos dado dias antes da viagem pela Elayne e PR. Iraque com suas experiências sobre missões também foi uma benção.
O Fábio, coordenador, foi muito eficiente, com sua liderança calma, firme e pontual. Não é fácil liderar pessoas bem mais velhas que o líder, mas ele o fez com maestria.
Agora estou aqui na base e me pergunto se vou voltar. Quem sabe? Foi muito bom participar desde o começo, quando Eunice resolveu fazer o Ide 50+, e ao final de tudo constatar que foi um sucesso.
• Sumara Caldeira Senna de Almeida, 75 anos, de Florianópolis, serva de Cristo, voluntária de Asas de Socorro e participante do Projeto IDE 50+.
Cassia Carvalho
Isto mesmo Sumara este projeto fez bem a todos que interagiram com ele e nele. Benção de DEUS!