Ultimato no Centro de Estudos Teológicos Brasileiro de Manaus, AM.
Por George Ribeiro Corrêa
Estive reunido com um grupo de alunos do seminário CETEO (Centro de Estudos Teológicos Brasileiro) em Manaus, um grupo diferente dos que eu já havia compartilhado a revista anteriormente. Bem antes desse primeiro encontro, tive a oportunidade de apresentar a revista Ultimato e propus um encontro para compartilharmos um artigo. Os alunos (pastores, lideres e missionários) gostaram da ideia e no dia 08 de setembro pela manhã, antes de começar a aula do seminário, compartilhei com o grupo a edição de Julho/ Agosto com o tema de capa “Os pregadores da esperança e os pregadores da descrença”.Na ocasião discutimos o artigo de Rene Padilla “Da compaixão que motiva a Missão”, p.54. Na leitura e reflexão do texto aprendemos que, apesar de Jonas relutar em obedecer ao mandato de Deus para transmitir a mensagem ao povo de Nínive, após sua oração de desespero (Jn. 2.2), resolveu obedecer a ordem dada (Jn 3.1,3) e começou a pregar uma mensagem de juízo para que o povo se arrependesse.
Comecei falando que muitas vezes somos como Jonas, queremos fugir da missão que Deus nos deu de compartilhar com o nosso próximo o evangelho, ou que muitas vezes até compartilhamos, mas na realidade não estamos sensíveis às necessidades das pessoas como ser humano e como imagem e semelhança de Deus. O profeta Jonas queria a destruição de Nínive (Jn 4.1,2), perguntei por que um profeta de Deus desejava isso ao povo? Jonas talvez não sentisse a compaixão de Deus em seu coração para com os Ninivitas. Deus não olhou somente para os pecados da cidade, mas para a decisão que eles fizeram: arrependeram-se de seus pecados. Diz a passagem bíblica queː “Jonas entrou na cidade e a percorreu durante um dia, proclamandoː “Daqui a quarenta dias Nínive será destruída”. Os ninivitas creram em Deus. Proclamaram um jejum, e todos eles, do maior ao menor, vestiram-se de pano de saco” (Jn 3. 4,5).
Deus sentiu compaixão, ao contrário do profeta que queria a destruição do povo. A compaixão nos leva a ter misericórdia daqueles que estão longe da verdade que é Jesus. A frase que ficou para memorizarmos foi queː “Sem um amor entranhável que nos leve a nos identificar com os necessitados, não estamos em condições de servir na missão de Deus no mundo”. Precisamos olhar para as pessoas com muito amor e compaixão e não julgá-las achando que não merecem o perdão, ou que já estão perdidas em seus pecados. Ao contrário, quando nos compadecemos dos outros, quando nos sensibilizamos, temos a motivação certa para ajudar nosso próximo e os mais necessitados. Afinal, Deus se compadeceu de cada um de nós e como cristãos devemos ter o mesmo exemplo de Jesus que se compadeceu das pessoas ajudando-as a encontrar a verdade que estava nele mesmo. Que possamos viver com compaixão, pois ela nos motiva à
missão.
George Ribeiro Corrêa é missionário, formado em Missão Integral pelo CEM e casado com Gizelle Corrêa representante do Paralelo 10 em Manaus-AM.
Antonia Leonora van der Meer
excelente artigo do George, e boa iniciativa, discutir um dos artigos da Ultimato. Há muita riqueza de conteúdo em cada revista e podemos aproveitar não só para nossa edificação pessoal, mas para levar a mensagem adiante, de uma forma bem comunitária, conversando a respeito do texto lido e tirando lições preciosas.
George Ribeiro Correa
Obrigado Professora Tonica.