Por David Scott

P10_09_04_14_Cadeira_armaDeus ama a diversidade: Ele nos criou a todos para que fôssemos únicos, e isso é algo para ser celebrado. Em Gênesis 10, aprendemos como as diferentes identidades étnicas fazem parte dos propósitos de Deus. No capítulo 11.1-9, descobrimos o que acontece quando as pessoas buscam a uniformidade cultural numa tentativa de dominar outros grupos de pessoas.

Ao longo da história, a identidade étnica frequentemente tem sido causa de conflito e tensão. Não deveria ser assim. A Bíblia diz que os seres humanos foram criados para viver numa relação harmoniosa com Deus e uns com os outros. A raiz do conflito é o rompimento das relações com Deus e não as diferenças étnicas ou culturais.

Leia Tiago 4.1-2; 1 João 2.9-11 e 4.20-21

  • O que essas passagens dizem sobre onde começa o conflito nas relações?
  • O que nos ajuda a prevenir o conflito?

Jesus veio para nos reconciliar com Deus através da cruz, colocando-nos em relações restauradas uns com os outros (Efésios 2.16; Colossenses 1.20). Em Cristo, as identidades étnicas e culturais são reunidas sem serem destruídas: todas as pessoas são vistas como iguais, com laços muito mais profundos do que os laços que unem outros grupos (Romanos 10.12-13; 1 Coríntios 12.12-13; Gálatas 3.28; Colossenses 3.11). Em vista disso, o povo de Deus é chamado para se concentrar na identidade compartilhada que possui em Cristo, a qual é mais importante do que os vínculos étnicos e culturais.

Leia Efésios 2.11-22

  • O que essa passagem diz sobre a reconciliação entre os judeus e os gentios?
  • O que “um novo homem” significa nessa passagem (versículo 15)?
  • O que significa nos tornarmos um novo povo unificado em Cristo?
  • De que forma essa passagem o desafia na sua relação com cristãos de diferentes culturas ou grupos étnicos?

Ao sermos reunidos na nova comunidade de Deus, somos colocados em relações com pessoas diferentes de nós. Essas diferenças devem ser uma fonte de bênçãos, porém, elas podem frequentemente ser uma fonte de tensão. A Bíblia diz que devemos nos esforçar ao máximo para restaurar relações onde quer que haja conflito (Romanos 15:5-6; 2 Coríntios 13.11; Efésios 4.1-6). Isso significa que precisamos prosseguir em arrependimento e perdão e saber que não há obstáculo cultural, étnico ou social que o amor de Cristo não possa superar (Mateus 18.21-35; Lucas 10.25-37; Colossenses 3.12-15).

Leia Lucas 6.27-42; Romanos 12.9-21; Filipenses 2.1-8

  • Que princípios encontramos nessas passagens para resolver conflitos e promover a paz?
  • O que significa amar nossos inimigos?
  • O que a passagem de Filipenses diz sobre a união?

A Bíblia também diz que os cristãos devem desempenhar o papel de pacificadores na sociedade (Mateus 5.9). Primeiramente, enquanto “embaixadores de Cristo”, somos chamados a reconciliar as pessoas com Deus através do “evangelho da paz”, e elas consequentemente serão reconciliadas com o povo da aliança de Deus (2 Coríntios 5.18-20; Efésios 6.15). A igreja também é chamada a ser profética, mostrando à sociedade como as relações reconciliadas devem ser. A igreja deve mostrar o caminho de Cristo nas palavras, na presença e nas ações, refletindo o reino vindouro, onde todos os povos, nações, tribos e línguas glorificarão juntos a Deus (João 17:20-23; Apocalipse 5:9).

 

David Scott trabalha para a Tearfund na equipe para a Eurásia, América Latina e Caribe e, no momento, também está fazendo um doutorado em Teologia.

 

Nota:
Estudo bíblico retirado da edição 92 da revista “Passo a Passo” da Tearfund.

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