“Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos”.

O crescimento espiritual de um cristão tem um único objetivo: Deus quer que sejamos, a cada dia, mais parecidos com Jesus Cristo. Se somos parte de sua família, teremos que apresentar semelhanças com Ele. Como fomos criados à sua imagem e semelhança (não fisicamente, claro!), o nosso modo de pensar, agir e tratar as pessoas devem ser iguais ao d’Ele.

Alguns cristãos ao entenderem isso, acharam que o único meio de fazê-lo era se afastando do mundo. Mas Jesus viveu no mundo, em nenhum momento Ele se isolou do mundo. Ele se envolveu com a vida das pessoas e, na sua última oração, pediu ao Pai que não nos tirasse deste mundo. Portanto, nós devemos fazer a mesma coisa. O mundo é o campo da prática da nossa fé.

Porém, para mudá-lo, precisamos antes submeter todas as áreas da nossa vida à autoridade de Jesus. Nada pode fugir de Seu controle. Para Cristo ser Senhor de nossa vida, Ele, então, precisa ser Senhor de todo o nosso ser. Nada pode ficar de fora desta autoridade. “Convém que eu diminua para que Ele cresça”. Não podemos subestimar a força do que representa esta submissão total a autoridade de Cristo. Alguém já chamou da “Batalha do Desejo”. Os nossos desejos sempre teimam em controlar nossa vida. Não há como fugir destes desejos, mas precisamos cuidar deles, pois tentarão impedir que Cristo se torne a autoridade da nossa vida.

Se não gostamos que ninguém nos diga o que devemos fazer, esta mesma verdade será observada em nosso relacionamento com Jesus. Mas não há atalhos para o crescimento espiritual, ou nos submetemos a Cristo, ou estaremos sob outra autoridade. Devemos ser honestos com nós mesmos e refletir sobre o que nos impede de comprometer-nos com esta autoridade.

Deus nunca tira algo de nossa vida para não substituir por algo muito melhor. E você se surpreenderá e ficará maravilhado com a sua sabedoria e bondade. Se Ele nos criou, sabe do que precisamos para sermos realmente felizes. A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Por que devemos aceitar algo menor que isso?

Rev. Fred Souto é presbítero da Igreja Anglicana, Diocese do Recife; faz parte do Arcediagado Centro. É autor das da série de meditações do Maná do Senhor.