Em terras manauaras
O tempo em Manaus começou bem com a bela imagem do encontro do Rio Negro com o Rio Solimões. Pude ver esta maravilha ainda do avião e já fiquei encantada.
A chegada no aeroporto foi marcada pelo re-encontro com amigos de outros Encontros Renas e com a bela recepção do pessoal da Renas Amazonas. Um banner de boas vindas indicava a presença do grupo, ao seu lado, cada participante recebia um caloroso abraço e um cordão artesanal de presente, nele colocamos nossos nomes, e esse foi o crachá do evento. Ainda no aeroporto tive o primeiro contato com o calor da cidade.
O Encontro aconteceu em um hotel bem estruturado e às margens do Rio Negro. Tudo foi muito organizado e confortável. A Editora Ultimato tinha um pequeno estande que ficava em uma sala anexa à sala das plenárias. Em nossa companhia estavam, em sua maioria, organizações que trabalham em prol do povo da Amazônia. Foi bom ver muita coisa boa sendo feita ali.
Por falar em estande, o nosso parecia um QG* de amigos. Com Doce de Leite Viçosa à disposição, amigos antigos do Paralelo 10 ficavam horas por ali conversando, folheando os livros, dando boas risadas e compartilhando do projeto. Amigos novos também apareceram: saímos do Encontro com a possibilidade de ter mais três novos representantes do projeto, dois na região Norte e um na região Nordeste.
No sábado tive a oportunidade de participar da Ação Ribeirinha. Esta atividade do Encontro teve o objetivo de apresentar a realidade das comunidades ribeirinhas e os trabalhos que são feitos nessas comunidades. Fui no barco da Raio de Esperança, uma organização que trabalha com o desenvolvimento e apoio a essas comunidades. Glória, missionária da organização e nossa “guia”, nos deu detalhes sobre o povo que vive ali e suas condições de vida.
A experiência de navegar no rio Negro foi incrível, sua magnitude e beleza são provas da graça de Deus. Quanto ao tempo na comunidade de Fátima, foi marcante. Acompanhei a turma da Companhia de Arte Cristã no trabalho com as crianças. Fiquei encantada com a animação e receptividade daquela turminha linda. Uma das garotinhas, de apenas 5 anos, sentou ao meu lado e me contou várias histórias.
Uma das atividades propostas para as crianças foi desenhar a arca de Noé. Nunca vi tanta destreza para desenhar barcos, afinal, eles são experts no assunto. Os barcos vem e vão da comunidade a todo momento, são como os ônibus na zona urbana.
Mas o grande final dos dias em Manaus foi poder passar um tempo com Elton, Zeni e Graciela. A pequena menina, que completou dois meses ontem, é filha deste querido casal que estudou no Centro Evangélico de Missões com bolsa do Paralelo 10. Eles são amigos queridos e nossos representantes ali. Além de experimentar as delícias da culinária local, pude conhecer a cidade (com destaque para o Teatro Amazonas, onde assisti parte de uma apresentação musical) e desfrutar de um tempo de compartilhar experiências e anseios. Um momento maravilhoso que Deus nos proporcionou.
De volta pra casa, agradeci muito a Deus pela oportunidade de conhecer esse outro lado do Brasil e encontrar pessoas que têm feito tantas coisas por amor a Deus e ao próximo. Meu desejo é que possamos (Paralelo 10 / Editora Ultimato) contribuir, ainda que pouco, para que essas pessoas se sintam ainda mais fortalecidas para perseverar.
Ivny Monteiro é coordenadora do Paralelo 10
*Quartel general
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