Na periferia de Fortaleza brota a diaconia do pobre para o pobre
Cleidson é um jovem trabalhador, de 30 e poucos anos, que se viu, por causa de um vírus na coluna, sentado em cadeira de rodas. Entrou em depressão e nem permitiu que a mulher cuidasse dele. Numa Festa do Dia do Amigo, em Caucaia, viu cadeirantes jogando basquete, dançando, o que animou-o a retomar a vontade de viver
“Hoje ele é um voluntário do projeto de diaconia do pobre que ajuda pobre”, conta o bispo Sebastião Armando Gameleira Soares, da Diocese Anglicana do Recife, e que participou, em São Leopoldo, do encontro internacional sobre Diaconia. “Essa é uma das coisas mais bonitas que temos em nossa diocese”, comenta.
Na semana passada, o bispo recebeu o jovem Teógenes, um líder católico romano do projeto em Caucaia, para motivar a pequena congregação anglicana de Jaboatão, na Grande Recife, a adotar essa prática.
A visita às pessoas nas suas casas é o eixo central do projeto. “De acordo com a receptividade, os visitadores percebem as dores e os dons dessas pessoas, que, às vezes, não sabem onde aplicá-los”, afirma o bispo.
Em Caucaia, município da Região Metropolitana de Fortaleza com 350 mil habitantes, a equipe diretiva do projeto da diaconia sem dinheiro é um exemplo de convivência ecumênica. Além de Teógenes, integra-a o bispo mórmon da localidade, um casal católico, uma moça da Assembleia de Deus e três anglicanos. O serviço diacônico que realizam não olha religião, confissão, cor, raça, mas apenas o grau de necessidade dos motivadores.
Motivadoras? Sim, motivadoras são as pessoas selecionadas para receberem a ajuda do grupo. Elas são assim chamadas porque motivam os voluntários a se acercarem dessa família, cada qual contribuindo com os dons disponíveis. “A assistência é imediata, mas também acontece o resgate da cidadania”, assegura Gameleira.
Se a pessoa motivadora é uma cadeirante, o grupo trata de confrontar o poder público para que a pessoa a ser ajudada tenha os seus direitos de pessoa com deficiência garantidos. Se a família motivadora precisa de uma cesta básica, os voluntários mobilizam colaboradores, que não estão em contato direto com aquela gente, para que ajudem.
Teógenes intuiu a aplicação da “diaconia sem dinheiro”, tentou introduzi-la na congregação apostólica romana local, mas não encontrou muito espaço junto ao pároco, assim que buscou diálogo com o sacerdote anglicano local. Desse contato foi nascendo a diaconia do pobre para com o pobre.
Ao ser perguntado por que esse envolvimento tão intenso na diaconia, Teógenes responde de pronto: “Ora, a gente só quer fazer o que Jesus fazia”.
Publicado originalmente no site da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
Aline
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Pr Jean Oliveira
“Ora, a gente só quer fazer o que Jesus fazia”. Louvamos a Deus pela vida de pessoas como Teógenes, ,pois imitar a Cristo não deve sere só na evangelização, mas também, no ressocialização daqueles que estão à margem, privados de coisas básicas que o ser humano precisa.
Pr Jean Oliveira
“Ora, a gente só quer fazer o que Jesus fazia”. Louvamos a Deus pela vida de pessoas como Teógenes, ,pois imitar a Cristo não deve ser só na evangelização, mas também, na ressocialização daqueles que estão à margem, privados de coisas básicas que o ser humano precisa.