Moro no Nordeste, sou mineiro, nunca tinha conhecido a realidade Nordestina antes, senão pelo tradicional estereótipo. Ou melhor, conhecia a realidade como apresentada nesse vídeo, assim que aqui cheguei.
Nesses mais de 10 anos a realidade, pelo menos no RN, tem mudado, e tem mudado para melhor, e mudado rápido.
O vídeo reflete o passado e também o presente no Nordeste.
Mas a meu juízo, o erro do vídeo é mostrar ao ‘homem do sul’ (ou quem o assiste) uma visão um tanto quanto distorcida da realidade Nordestina: assim como no passado, assim como a ‘primeira Maria’ na janela, e, ao final, a repetição do determinismo típico de uma eterna leitura, desse ‘olhar’ fatalista do Nordeste.
Isso não corresponde mais aos fatos tais quais eles são hoje. Não nego que essa realidade mostrada existe em larga escala, mas até no próprio Ceará, os índices IDH melhoraram enormemente, até os problemas sociais têm em grande parte nova configuração.
Infelizmente, a meu juízo, o vídeo é a re-apresentação em moderna tecnologia de uma leitura, um ‘olhar’ que não representa mais a realidade na sua totalidade. É um estereótipo.
O Video é uma verdade ainda hoje e por mais que haja prosperidade e escolas no Nordeste apenas após algumas gerações esta realidade poderá deixar de existir. Infelizmente existem muitas pessoas “importantes” que lucram com a seca, ignorância e a pobreza no nordeste. Acredito que o nordeste é rico! Rico em seu solo, rico em belezas naturais, rico em sabedoria popular. Este video é uma expressão do que foi e do que ainda é o nordeste brasileiro, uma pena. Vamos orar e trabalhar para esta realidade mudar.
É incrível, mas este vídeo retrata muito bem um ciclo vicioso (de interesse politico) em plena voga, não só no nordeste, mas em todo Brasil pobre e desassistido (vide as favelas e áreas carentes deste Brasil), onde os filhos acabam por seguir os mesmos passos dos pais, é triste ver como o tempo passa rápido e as pessoas, seja por falta de oportunidades ou orientação adequada, seguem sem qualquer expectativa de vida, a não ser; nascer, viver, atravessar a vida e morrer, como se a vida fosse só isso. assim como arvores precisamos frutificar/cumprir com nosso propósito. Deus tem muito mais para nós, e anseia cumprir todo o Seu propósito de vida em nós, para que usto aconteça precisamos ter em Jesus Cristo a nossa única e real esperança. só JESUS CRISTO SALVA o homem deste ciclo vicioso cruel e desumano.
Voltei ao vídeo e perguntei a mim enquanto o via novamente:
1. Qual o IDH do nordeste em geral (para mais ou para menos, se for o caso), (A). Em um período de 20 anos (uma geração aproximadamente; (B). Em relação aos estados nordestinos, isto é, mensurado entre eles; (C). Em relação ao restante do Brasil por regiões (exemplo, Sul, Sudeste, etc.).
2. INVESTIMENTOS. Segundo dados do próprio governo, do final do governo FHC ao final do governo Lula, o Nordeste recebeu um volume maior de investimento (como um todo) do que as demais regiões do país (consultem o IBGE). O impacto disso é visível na população nordestina, ao ponto de a tradicional “descida” para o sul do país hoje a procura de trabalho é coisa do passado.
3. IDEOLOGIA. Quando eu penso nos EUA vem à mente, riqueza (sobretudo no sentido econômico); quando penso em África ( a Subsahariana), pobreza. São modelos puramente ideológicos, a meu juízo. Quando eu pensava (antes de mudar para cá, vindo do sul) em o Nordeste, só enxergava o que o vídeo mostra. Confesso que o ‘modelito’ estereotipado meu, a julgar pela minha experiência pessoal, mudou muito mesmo, ainda que exista pobreza, e muito, não o nego. Mas o modelo mostrado é esteriótipo.
4. ORGULHO. Descobri por experiência pessoal, o Nordestino tem um orgulho pessoal muito grande e já percebi também que a expressão ‘bolsa-família’ não é recebida como se fosse um adjutório dos que têm aos brasileiros desafortunados. Nem isso, e nem favor.
5. TAXA DE FECUNDIDADE. Sudeste (1,75 filho por mulher), no Sul (1,92 filho por mulher) e no Centro-Oeste (1,93 filho por mulher). No Nordeste a taxa de fecundidade é de 2,04 filhos por mulher (Censo de 2010). O vídeo mostra uma taxa de filhos que não corresponde à realidade.
Esta animação é um verdadeiro tributo à arte. Arrebatou-me desde a primeira vez em que a vi, num curso de pós em 2007 ou 2008. De lá para cá ainda não vi um curta melhor, mesmo sendo fã deste tipo de filme e procurando acompanhar os festivais possíveis. Eu antevi todo o histórico de sucesso que o filme teria, visto tal encantamento com imagens tão realísticas, expressivas e reveladoras de uma realidade que insisti em não sucumbir.
Evidencia subjacentemente o traço de arte enquanto mímese, verossimilhança. Com tamanha sensibilidade que assusta. A realidade atroz e dura de muitas famílias tem anulado muitos sonhos e oportunidades de romper o ciclo para uma vida mais digna, na qual trabalha-se para viver e não restringe-se a viver para trabalhar.
É difícil as lágrimas não virem aos olhos sempre que revejo a película, mesmo tendo feito isto tantas vezes. Inexplicável tangibilidade este tema tem. Um retrato fiel de minha história pessoal, mas estou certa que de muitas outras também. Não só pela falta de oportunidades que familiares caros não tiveram, ou porque o nome de minha avó era Maria José e o de minha mãe Maria de Lourdes… Não é a personagem criada por Márcio Ramos que vejo na história, pois aquele sertão que lá está é um sertão universal. Quem eu vejo a abrir as porteiras ou a carregar trouxas de roupas na cabeça é minha mãe.
É tocante como esta animação de Márcio Ramos incorpora a realidade histórica de tantos brasileiros, inclusive dos nordestinos. Não valho-me de dados que conheço e vivencio, visto que hoje represento tantos que transpuseram passado de completa pobreza através do esforço pessoal, entretanto comungo que arte não prescinde de estatística. A arte não precisa estar a serviço de nada. Só deve empenhar luta por ela mesma. Mesmo assim, curvei esta opinião pessoal diante de Vida Maria, com uma clara pretensão engajada. Vídeo impressionantemente expressivo e conciso, a ponto de externar realidade social complexa melhor do que tantas teses acadêmicas.
O filme mostra a história do que se mais vê aqui no interior do nordeste, onde vemos crianças que tem sua infância interrompida muitas vezes para ajudar a família a sobreviver, infância essa resumida aos poucos recursos e a más condições.
A Maria que aparece no filme mostra satisfação no que faz, em apenas escrever seu primeiro nome a princípio, o momento em que sua mãe lhe chama a atenção, é tirada, não só a atenção como seu futuro de ser uma pessoa diferente que sua mãe, que não tem uma visão do futuro, querendo dar a filha a mesma criação que teve.
O objetivo do curta é mostra que devemos dar sempre mais que tivemos pros demais, para tentar construir um futuro que não tivemos, e estar sempre a procura do melhor e não se acomodar naquilo que vivemos.
Eduardo
Moro no Nordeste, sou mineiro, nunca tinha conhecido a realidade Nordestina antes, senão pelo tradicional estereótipo. Ou melhor, conhecia a realidade como apresentada nesse vídeo, assim que aqui cheguei.
Nesses mais de 10 anos a realidade, pelo menos no RN, tem mudado, e tem mudado para melhor, e mudado rápido.
O vídeo reflete o passado e também o presente no Nordeste.
Mas a meu juízo, o erro do vídeo é mostrar ao ‘homem do sul’ (ou quem o assiste) uma visão um tanto quanto distorcida da realidade Nordestina: assim como no passado, assim como a ‘primeira Maria’ na janela, e, ao final, a repetição do determinismo típico de uma eterna leitura, desse ‘olhar’ fatalista do Nordeste.
Isso não corresponde mais aos fatos tais quais eles são hoje. Não nego que essa realidade mostrada existe em larga escala, mas até no próprio Ceará, os índices IDH melhoraram enormemente, até os problemas sociais têm em grande parte nova configuração.
Infelizmente, a meu juízo, o vídeo é a re-apresentação em moderna tecnologia de uma leitura, um ‘olhar’ que não representa mais a realidade na sua totalidade. É um estereótipo.
Paulo
O Video é uma verdade ainda hoje e por mais que haja prosperidade e escolas no Nordeste apenas após algumas gerações esta realidade poderá deixar de existir. Infelizmente existem muitas pessoas “importantes” que lucram com a seca, ignorância e a pobreza no nordeste. Acredito que o nordeste é rico! Rico em seu solo, rico em belezas naturais, rico em sabedoria popular. Este video é uma expressão do que foi e do que ainda é o nordeste brasileiro, uma pena. Vamos orar e trabalhar para esta realidade mudar.
José Germano- RJ
É incrível, mas este vídeo retrata muito bem um ciclo vicioso (de interesse politico) em plena voga, não só no nordeste, mas em todo Brasil pobre e desassistido (vide as favelas e áreas carentes deste Brasil), onde os filhos acabam por seguir os mesmos passos dos pais, é triste ver como o tempo passa rápido e as pessoas, seja por falta de oportunidades ou orientação adequada, seguem sem qualquer expectativa de vida, a não ser; nascer, viver, atravessar a vida e morrer, como se a vida fosse só isso. assim como arvores precisamos frutificar/cumprir com nosso propósito. Deus tem muito mais para nós, e anseia cumprir todo o Seu propósito de vida em nós, para que usto aconteça precisamos ter em Jesus Cristo a nossa única e real esperança. só JESUS CRISTO SALVA o homem deste ciclo vicioso cruel e desumano.
Eduardo
Voltei ao vídeo e perguntei a mim enquanto o via novamente:
1. Qual o IDH do nordeste em geral (para mais ou para menos, se for o caso), (A). Em um período de 20 anos (uma geração aproximadamente; (B). Em relação aos estados nordestinos, isto é, mensurado entre eles; (C). Em relação ao restante do Brasil por regiões (exemplo, Sul, Sudeste, etc.).
2. INVESTIMENTOS. Segundo dados do próprio governo, do final do governo FHC ao final do governo Lula, o Nordeste recebeu um volume maior de investimento (como um todo) do que as demais regiões do país (consultem o IBGE). O impacto disso é visível na população nordestina, ao ponto de a tradicional “descida” para o sul do país hoje a procura de trabalho é coisa do passado.
3. IDEOLOGIA. Quando eu penso nos EUA vem à mente, riqueza (sobretudo no sentido econômico); quando penso em África ( a Subsahariana), pobreza. São modelos puramente ideológicos, a meu juízo. Quando eu pensava (antes de mudar para cá, vindo do sul) em o Nordeste, só enxergava o que o vídeo mostra. Confesso que o ‘modelito’ estereotipado meu, a julgar pela minha experiência pessoal, mudou muito mesmo, ainda que exista pobreza, e muito, não o nego. Mas o modelo mostrado é esteriótipo.
4. ORGULHO. Descobri por experiência pessoal, o Nordestino tem um orgulho pessoal muito grande e já percebi também que a expressão ‘bolsa-família’ não é recebida como se fosse um adjutório dos que têm aos brasileiros desafortunados. Nem isso, e nem favor.
5. TAXA DE FECUNDIDADE. Sudeste (1,75 filho por mulher), no Sul (1,92 filho por mulher) e no Centro-Oeste (1,93 filho por mulher). No Nordeste a taxa de fecundidade é de 2,04 filhos por mulher (Censo de 2010). O vídeo mostra uma taxa de filhos que não corresponde à realidade.
Denise Araujo Correia
Esta animação é um verdadeiro tributo à arte. Arrebatou-me desde a primeira vez em que a vi, num curso de pós em 2007 ou 2008. De lá para cá ainda não vi um curta melhor, mesmo sendo fã deste tipo de filme e procurando acompanhar os festivais possíveis. Eu antevi todo o histórico de sucesso que o filme teria, visto tal encantamento com imagens tão realísticas, expressivas e reveladoras de uma realidade que insisti em não sucumbir.
Evidencia subjacentemente o traço de arte enquanto mímese, verossimilhança. Com tamanha sensibilidade que assusta. A realidade atroz e dura de muitas famílias tem anulado muitos sonhos e oportunidades de romper o ciclo para uma vida mais digna, na qual trabalha-se para viver e não restringe-se a viver para trabalhar.
É difícil as lágrimas não virem aos olhos sempre que revejo a película, mesmo tendo feito isto tantas vezes. Inexplicável tangibilidade este tema tem. Um retrato fiel de minha história pessoal, mas estou certa que de muitas outras também. Não só pela falta de oportunidades que familiares caros não tiveram, ou porque o nome de minha avó era Maria José e o de minha mãe Maria de Lourdes… Não é a personagem criada por Márcio Ramos que vejo na história, pois aquele sertão que lá está é um sertão universal. Quem eu vejo a abrir as porteiras ou a carregar trouxas de roupas na cabeça é minha mãe.
É tocante como esta animação de Márcio Ramos incorpora a realidade histórica de tantos brasileiros, inclusive dos nordestinos. Não valho-me de dados que conheço e vivencio, visto que hoje represento tantos que transpuseram passado de completa pobreza através do esforço pessoal, entretanto comungo que arte não prescinde de estatística. A arte não precisa estar a serviço de nada. Só deve empenhar luta por ela mesma. Mesmo assim, curvei esta opinião pessoal diante de Vida Maria, com uma clara pretensão engajada. Vídeo impressionantemente expressivo e conciso, a ponto de externar realidade social complexa melhor do que tantas teses acadêmicas.
Michaell Garcia
Visão Pessoal
O filme mostra a história do que se mais vê aqui no interior do nordeste, onde vemos crianças que tem sua infância interrompida muitas vezes para ajudar a família a sobreviver, infância essa resumida aos poucos recursos e a más condições.
A Maria que aparece no filme mostra satisfação no que faz, em apenas escrever seu primeiro nome a princípio, o momento em que sua mãe lhe chama a atenção, é tirada, não só a atenção como seu futuro de ser uma pessoa diferente que sua mãe, que não tem uma visão do futuro, querendo dar a filha a mesma criação que teve.
O objetivo do curta é mostra que devemos dar sempre mais que tivemos pros demais, para tentar construir um futuro que não tivemos, e estar sempre a procura do melhor e não se acomodar naquilo que vivemos.