“Que foi que eu lhe fiz, para você bater em mim três vezes?”

Por Elsie Gilbert

Busque em Deus o discernimento.

Discernimento é a capacidade de compreender situações com bom senso e clareza. Uma pessoa com discernimento consegue separar o universal do passageiro, o importante do urgente, o certo do errado.

O exemplo mais bizarro de discernimento está registrado na Bíblia no livro de Números. Ela acontece quando o povo de Israel passava por terras moabitas e o rei de Moabe queria que o profeta Balaão amaldiçoasse o povo.

Então o anjo do Senhor se pôs num caminho estreito entre duas vinhas, com muros dos dois lados. Quando a jumenta viu o anjo do Senhor, encostou-se no muro, apertando o pé de Balaão contra ele. Por isso ele bateu nela de novo.

O anjo do Senhor foi adiante e se colocou num lugar estreito, e não havia espaço para desviar, nem para a direita nem para a esquerda. Quando a jumenta viu o anjo do Senhor, deitou-se debaixo de Balaão. Acendeu-se a ira de Balaão, que bateu nela com a sua vara.

Então o Senhor abriu a boca da jumenta, e ela disse a Balaão: “Que foi que eu lhe fiz, para você bater em mim três vezes?”

Balaão respondeu à jumenta: “Você me fez de tolo! Quem dera eu tivesse uma espada na mão; eu a mataria agora mesmo”. Mas a jumenta disse a Balaão: “Não sou sua jumenta, que você sempre montou até o dia de hoje? Tenho eu o costume de fazer isso com você? ” “Não”, disse ele.

Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do Senhor parado no caminho, empunhando a sua espada. Então Balaão inclinou-se e prostrou-se, rosto em terra.

E o anjo do Senhor lhe perguntou: “Por que você bateu três vezes em sua jumenta? Eu vim aqui para impedi-lo de prosseguir porque o seu caminho me desagrada.

A jumenta me viu e se afastou de mim por três vezes. Se ela não se afastasse a esta altura eu certamente o teria matado; mas a ela eu teria poupado”. Num 22.24-33

Esta história dispensa comentários! Na completa falta de sensatez humana, Deus usa uma jumenta para demonstrar a necessidade de se praticar o discernimento. Tenho refletido sobre o quanto o discernimento não é território exclusivo dos eruditos e sim dos que praticam a simplicidade e temor de Deus. Você concorda comigo?

Amanhã publicaremos a história do pequeno Davi. Ela foi re-escrita por mim a partir de uma relato enviado a nós pela missionária Geane Fernandes Mira, de Macapá, AP.

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