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“O que será deste menino?” foi a indagação feita pelos vizinhos de Zacarias e Isabel, ao saberem que Isabel, idosa e estéril, tinha dado à luz um filho ao qual deu o nome de João. No caso de João Batista a resposta está dada: “Será grande diante do Senhor!”, disse o anjo a Zacarias. Dez meses depois o próprio Zacarias profetizou: “E você, menino, será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor, para lhe preparar caminho” (Lc 1.76, NVI). O depoimento de Jesus sobre João Batista, trinta anos mais tarde, foi: “Eu lhes digo que entre os que nasceram de mulher não há ninguém maior do que João” (Lc 7.28).

É interessante perceber que o conhecimento antecipado de que João Batista seria profeta mudou sua infância e adolescência: “nunca tomará vinho nem bebida fermentada” (Lc 1.15). 

md28-capacomissionadosNos relatos bíblicos outros pais e mães fazem esta mesma pergunta. Hagar, ao ser expulsa da casa de seu senhor, Abraão, se aflige grandemente apesar da profecia anterior segundo a qual Ismael seria o pai de numerosa nação. Há um momento em que no deserto, sem pão e sem água, suas esperanças se esgotam. Ela desiste de continuar acreditando na profecia e o entrega à morte, afastando-se e virando-se de costas, para evitar a dor de vê-lo em agonia. O menino chora, Deus intervém e o salva (Gn 21.14-18). Se a resposta à pergunta “O que será deste menino?” for “Não tem jeito para ele”, a tendência de todos nós é fazer o que Hagar fez: dar as costas para evitar ver o pior acontecer.

Cinco séculos depois, no Egito, Joquebede, a mãe de Moisés, numa situação de grande opressão também se preocupou com o futuro de seu filho. Ao colocá-lo num cesto no rio Nilo, fez sua filha ficar de plantão “para ver o que lhe aconteceria”. Seu filho sobreviveria à sentença de morte decretada contra todos os meninos hebreus? Como sabemos, o menino foi achado pela filha de Faraó. Diante de uma ameaça real, Joquebede creu em um futuro para Moisés e isto orientou suas ações.

Certamente Maria, 2 mil anos depois de Hagar, fez esta pergunta a respeito de Jesus. A expressão “Maria guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração” (Lc 2.19, 51) parece indicar isto, afinal, o anjo Gabriel ao anunciar o nascimento de Jesus, não deu detalhes. Muitas coisas continuaram como mistério. A inimizade despertada pela revelação do que Jesus viria a ser obrigou José e Maria a fugir com o menino para o Egito por vários anos!

Pergunta contemporânea e obrigatória 

Não há mãe e pai que não se tenham feito esta pergunta: “O que será desta menina, o que será deste menino?”. Nossos avós se perguntaram isto a respeito de nossos pais. Nossas mães e nós também a fizemos, e nossos filhos farão a mesma indagação acerca de seus filhos. E – mesmo com os filhos crescidos – mães e pais continuarão se indagando sobre o futuro dos seus filhos, filhas, netos e netas!
Parentes chegados, por conta dos laços de sangue e de amizade, fazem-se esta pergunta – quase que intuitivamente. Cabe a eles este papel.

A pergunta “O que será deste menino?” aponta para o futuro ao mesmo tempo em que é feita com os olhos e mãos voltados para o agora. Quem pergunta sabe que a criança será amanhã uma continuidade do que ela é hoje. A pergunta é retórica. Na verdade ela é muito mais uma torcida, uma expressão de expectativas.

Pergunta feita por quem ama os filhos de outros
Há um outro grupo de pessoas, sem ligação familiar, que faz esta mesma pergunta com sinceridade e intensidade. É o caso das mães e pais sociais, dos educadores, dos professores da escola e das igrejas, dos padrinhos religiosos e de apoio financeiro, das mães de oração. São pessoas que resolveram amar os filhos de outros.

São pessoas que sabem que as crianças têm valor; que não se conformam de ver crianças longe do bom propósito de Deus para suas vidas. São pessoas que não aceitam previsões fatalistas e que vão além da torcida. Elas constroem cercas de proteção, incentivam, ensinam, proveem cuidados e promovem crianças e adolescentes. Elas experimentam um misto de preocupações, entrega, luta, angústia, alegria, alívio e celebração. Mas o que as distingue acima de tudo é a intercessão. Oramos por estas crianças expressando as nossas mais santas e nobres expectativas e depositamos nossa confiança em Deus para guiá-las rumo a um futuro promissor.
Quem se envolve no trabalho social com crianças em vulnerabilidade social tem um chamado específico: o de perguntar por aquelas crianças (que não têm quem por elas pergunte) “o que será desta menina, o que será deste menino?”. Sua missão será preparar o caminho para que a resposta corresponda aos propósitos de Deus para aquela criança.

Se direcionarmos esta pergunta a Deus, ele orientará nossas ações. Ele nos ajudará a fugir para o Egito para proteger uma criança, sempre que necessário; nos dará estratégias inteligentes como o fez com Joquebede; providenciará uma fonte de água no deserto quando estivermos prestes a desistir daquele menino. Lembraremos nestes momentos que “Pai para os órfãos […] é Deus em sua santa habitação. Deus dá um lar aos solitários” (Sl 68.5, 6).

E, à semelhança do que aconteceu com Zacarias, Isabel e seus vizinhos, ele poderá nos presentear com o privilégio de ver grandes coisas acontecerem por intermédio daqueles cujos primeiros passos no mundo foram confiados em nossas mãos. Que a resposta de Deus a esta pergunta tão antiga oriente nossas ações em favor das crianças e adolescentes, hoje!

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Leia mais sobre aspectos do trabalho social como missão pedindo estes dois artigos:

A Importância da Educação na Bíblia, por Tonica Van deer Meer. Tonica, uma veterana no mundo de missões faz uma revisão das passagens bíblicas nas quais a importância de uma educação integral e permanente é revelada, tanto no Antigo Testamento como no Novo. Um ótimo artigo para estudar em grupo.

O Cerne da Cebola, por Rubem Amorese. No livro Fábrica de Missionários, Rubem Amorese se propõe a investigar onde nascem os missionários, para onde vão e o que fazem. No capítulo 3, “O Cerne da Cebola”, ele investiga o coração de Deus em relação a missões. Você descobrirá que no cerne de tudo há um coração paterno amoroso e disposto ao sacrifício. A Editora Ultimato tem o prazer de disponibilizar para os leitores da revista Mãos Dadas uma cópia deste capítulo.
Estes dois artigos estão disponíveis pelo e-mail <cartas@maosdadas.org>.

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