Adolescentes de Viçosa na Copa de Rua
Às vezes, no trabalho social aparecem oportunidades únicas que precisam ser aproveitadas.
Foi o que aconteceu no Programa Mais que Vencedores da Rebusca, Ação Social Evangélica Viçosense. Quatro adolescentes, um educador e um voluntário jovem, tiveram a oportunidade de participar da abertura da Copa Mundial de Crianças de Rua, organizada pela campanha Stret Child World Cup, executada pela Save the Children e um grupo de organizações parceiras, no Rio de Janeiro, dias 28 de março a 6 de abril.
Você pode saber mais sobre esta iniciativa única e bela aqui. Limito-me a comentar que a ideia de trazer delegações do mundo todo composta por meninos e meninas com passagem de rua é muitíssimo comendável! Os adolescentes passam de expectadores proibidos de adentrar os estádios do mundo, a jogadores, participantes com toda a paixão que o futebol demanda. Não dá para tratar um jogador de futebol como se fosse invisível, dá?
O missionário James Gilbert se juntou ao grupo para fotografar o evento e tem isto a dizer sobre a festa de abertura da Copa de Rua:
“Foi uma festa muito bonita, muito bem organizada e emocionante. De um lado do campo estavam o pessoal da mídia, do outro os espectadores (que em sua maioria eram voluntários de vários países) e no centro os adolescentes em seus uniformes, delegações e bandeiras. Falavam muito a frase “I AM SOMEBODY” que significa “Eu sou alguém” e eu ficava pensando: com base em que podemos dizer isto? Achei aquilo tudo muito humanista e secular. Até que deram a palavra ao arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. A primeira coisa que percebi foi uma cruz vazada, uma na qual a silhueta de Jesus aparece como um espaço vazio. Em seguida, ouvi o arcebispo pedir para que todos fizessem um minuto de silêncio em homenagem a Rodrigo Kelton que, há poucas semanas do evento, foi assassinado, no dia em que completaria 14 anos. Em seguida, ele pediu um minuto de aplausos para celebrar a vida do menino. Mais tarde ele orou, pedindo o fim da violência contra as crianças e jovens do mundo. Vi Jesus ali naquele momento.”
Pedimos também para os adolescentes escreverem sobre suas impressões e lições aprendidas. Na quinta-feira que vem publicaremos seus textos. Aguarde!