O trabalho despojado e alegre de adolescentes na Comunidade Santo Antônio, no Rio Tracajá, Parintins, AM, demonstra uma verdade antiga mas muito atual em nossos dias.

As palavras de Jesus, ditas há dois milênios, continuam vivas e muito atuais.

 “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”.

Veja por exemplo a história dos adolescentes da Comunidade Santo Antônio, localizada às margens do Rio Tracajá, há umas 3 horas da cidade de Parintins, AM. Eles atuam como Agentes da Água no projeto “Água Limpa para os Curumins”, um projeto realizado pela ONG Asas de Socorro com o apoio da Tearfund e Operação Amazonas.

A comunidade quer água limpa, saneamento básico, condições de vida em pé de igualdade com os habitantes de um centro urbano qualquer. Eles sabem que isto faz toda a diferença quando o assunto é saúde. Asas de Socorro quer ajudar a comunidade a ter acesso à água potável, um direito fundamental de todo ser humano, reconhecido mundialmente.

O que fazer? Há dois caminhos. Pode-se propor, implementar e financiar as mudanças de fora para dentro. Ou é possível construir um caminho com a comunidade reconhecendo que eles também serão abençoados no próprio ato de doar de si mesmos para o bem comum. Este segundo caminho foi o escolhido recentemente.

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Adolescentes da Escola Municipal Luiz Gonzaga

Quem doa de si mesmo? Os adolescentes da Escola Municipal Luiz Gonzaga. Eles visitam as casas dos moradores de núcleos comunitários menores onde as pessoas dependem da água suja do rio para sobreviver. Nas visitas, eles oferecem e informam as famílias sobre os benefícios do filtro biológico. Este filtro é uma doação da Operação Amazonas e pode ser montado em cada casa de forma simples e eficaz. Eles conduzem palestras na própria escola, convencendo as crianças menores sobre hábitos de higiene saudável.

 

 

a noite

Tabulação dos resultados

Às vésperas do feriado de do dia 02 de novembro, num dia sem aulas para o restante da escola, 15 “Agentes da Água” se reuniram para percorrer todas as casas da comunidade realizando um diagnóstico rápido participativo. Ao final tabularam os resultados e planejaram os próximos passos.

 

 

 

 

 

Lucas

Lucas, 17 anos

Naquele mesmo dia, mais cedo, Lucas, 17 anos, tinha, juntamente com seu pai e mãe, visitado uma família em um igarapé próximo para instalar mais um filtro. O rapaz fez todo o trabalho enchendo o recipiente com diferentes camadas de areia e brita, enquanto sua mãe instruía a família quanto ao uso do filtro. O entusiasmo com o projeto era evidente, a alegria de poder servir seu próprio povo também!

 

 

 

 

 

 

Veja os números do projeto até agora:

  • 260 famílias usando água filtrada, mais de 800 pessoas fazendo uso de água potável no Tracajá.
  • 15 Agentes da Água trabalhando para criar maior adesão dos comunitários ao uso de água potável e ao trabalho de buscar soluções para os problemas de saneamento.
  • 47 famílias visitadas após 02 meses de uso. Com as visitas, descobrimos que apenas 03 filtros não estavam sendo usados. Quase 100% de adesão ao projeto que melhora a água e a saúde de crianças e adultos!
  • 07 comunidades envolvidas com o projeto – Fátima, Sagrado Coração, S.Sebastião, S. Benedito, N. Oriente, Cabeceira Cacirica, Toledo Pizzo, Santo Antônio.

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