Partiu para o Senhor na noite de 03/04/2013,  Rubens Hornos, fundador do trabalho do Ministério JEAME  (iniciado em 16 de maio de 1981) e diácono da Primeira Igreja Batista de São Paulo. Sua esposa Nanci relatou ao JEAME que sua morte aconteceu de forma tranquila. Rubens Hornos nos deixou o seu próprio testemunho que julgamos ser tremendamente edificante até para aqueles que não o conheceram. A Rede Mãos Dadas se une em tristeza, pela sua morte e gratidão pela sua vida, aos seus familiares, irmãos da Primeira Igreja Batista de São Paulo e obreiros do MInistério JEAME. A Deus seja toda a glória!

 Fui criado e batizado na Igreja Batista. Um dia vi o cartaz da APEC sobre a urgência de evangelizar crianças. Passando pela rodovia Raposo Rubens Hornos Tavares vi a maior unidade da antiga FEBEM (atual Fundação CASA). Resolvi ir até lá, levando um currículo da APEC. Após muitas dificuldades, as portas foram abertas para nós. De sábado a sábado íamos com carros cheios de voluntários para falar do amor de Deus através do evangelho de Cristo, até que finalmente conseguimos um ônibus, com o apoio do Pr. Benelizio Soares Coimbra, coordenador do DEIM. Havia na PIB duas moças recém-formadas do seminário, Suzanne Duppong (Suzy) e Helena Miriam que se juntaram ao ministério. Suzy era vocacionada para trabalhar com adolescentes infratores e a encaminhamos para a unidade do Tatuapé. Mais voluntários foram chegando e, com a necessidade de treinamento, foi criado um dicionário da linguagem de meninos de rua.

A Primeira Igreja Batista de São Paulo foi a primeira sede do JEAME. Começamos a fazer cultos de conscientização em outras igrejas, e passamos a ter reuniões e cultos regulares em unidades da FEBEM. O filme “A Cruz e o Punhal” foi exibido pelo menos 400 vezes. O trabalho alcançou também moças internas e passamos o trabalho de discipulado desses jovens para as igrejas locais. Muitos desses jovens hoje são pastores, líderes e profissionais.

Temos muitas histórias, como a de um recuperado que foi intimado a voltar para o tráfico. Ele não aceitou e sua mulher foi morta. Mais tarde, a Missionária Rosana do JEAME nos chamou para sermos padrinhos de seu casamento. Sabíamos que o noivo (Claudio Pita) era aquele moço, que quando nos viu, perguntou: “Era o senhor que passava filme na FEBEM para evangelizar?. Eu respondi que sim e ele disse: “Eu me converti em uma de suas pregações. Minha alegria era estar engajado no trabalho do JEAME e ver jovens aceitarem a Jesus.” (Hoje o Claudio Pitta está se formando em Direito, desenvolve um ministério independente chamado Lar Nefesh – Sopro de vida. Atendendo crianças vitimadas em seus próprios lares.).O JEAME permanece porque nasceu no coração de Deus, e seu foco será sempre a salvação de crianças e adolescentes em situação de risco! “O maior entre nós é o que serve”. Quero ganhar um diploma com o título: “Servo inútil”.

Diácono Rubens Jaime Hornos

Fundador do JEAME

Membro da Primeira Igreja Batista de São Paulo

 

  1. Como filho, acompanhei tudo o que foi contado nesta reportagem. Pude ver meu pai visitando as unidades e por 15 anos, nunca faltou um sábado. É mesmo, por 15 anos seguidos. Só parou pois uma enfermidade o acamou e o debilitou por um longo período. Esta persistência mostrou para mim o quanto ele amava a obra do Senhor e que em nosso ministério não devemos poupar esforços. Pai sua vida foi um grande exemplo para mim. Saudades.

    • Ricardo, eu entendo a sua dor. Meu pai também foi assim, obstinado em seu desejo de servir ao nosso Deus nos lugares mais difíceis. Quando ele faleceu, eu gastei um bom tempo colecionando relatos e falas de pessoas de tantos lugares e situações diferentes que ele de alguma forma influenciou. Uma das coisas mais difíceis de aceitar numa perda como esta é o fato de que tantas lembranças, tantas formas de perceber a vida, tantas experiências ricas, se vão junto com a pessoa. Que bom que vamos nos re-encontrar um dia, não é?

      Um abraço de sua irmã em Cristo que um dia também se sentiu órfã e ficou também orgulhosa do pai que Deus me deu e que Deus para si o tomou,

      Elsie Gilbert

  2. Precisariamos sair das quatro paredes das igrejas e arregaçar as mangas, visitando esses lugares dificeis, onde essas crianças crescem sem orientação, sem temor a Deus. Trabalho muito dificil, mas sempre há compensação, pois algumas almas hão de se salvar.

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