O Discípulo Radical – Estudo 4: Cuidado com a criação
Cuidado com a criação: “E Deus viu que era bom”
Estudo 4 – Série Livros – O Discípulo Radical, John Stott
Texto básico: Salmo 104
Textos de apoio
– Gênesis 1 – 2
– Gênesis 3
– Deuteronômio 10.14
– Romanos 8. 18-23
– 2 Pedro 3. 10-13
– Apocalipse 21. 1-5
Introdução
O tema deste quarto capítulo, o cuidado com a criação, é um lembrete de que os aspectos de um discipulado radical não devem estar limitados às esferas pessoais e individuais (p. 43). É preciso manter uma perspectiva mais ampla, que abarque também nossos compromissos com Deus e com o nosso próximo.
Os relatos iniciais do livro de Gênesis nos ensinam que Deus criou um universo em harmonia, dentro do qual os seres humanos desfrutavam de relacionamentos perfeitos com Deus, com o próximo e com o restante da criação. Porém, estes relatos nos informam também que esta harmonia foi rompida, pela desobediência do homem, e todos os seus relacionamentos fundamentais sofreram rupturas que produziram alienação, separação e competição.
Diante desta realidade, Stott lembra que é plausível supormos que “o plano de Deus de restauração inclua não apenas a nossa reconciliação com Deus e com o próximo, mas também, de alguma maneira, a libertação da criação que geme” (p. 43). Ao mesmo tempo, devemos lembrar também que a esperança cristã é de uma restauração completa, não uma “substituição” completa. Esperamos “novos céus e nova terra”, e não “outros céus e outra terra”, o que nos faz considerar que a “nova terra” possuirá elementos de continuidade (tudo que for bom) e descontinuidade (tudo que for mal) com a terra atual. Isso não deveria aumentar nosso interesse e nosso zelo pelas coisas boas na criação de Deus? Essa esfera de atuação não deveria ser mais valorizada pelo cristianismo atual, como um componente legítimo da nossa missão no mundo? Como uma perspectiva correta da natureza como criação de Deus pode nos ajudar a evitar os extremos da “deificação da natureza” e da exploração inconsequente?
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