Para John Stott, não foi ele que encontrou Cristo, mas Cristo o encontrou. Ele tornou-se cristão não porque a fé cristã é atrativa, mas porque é verdadeira; não porque merecesse ser salvo, mas porque Cristo tomou os seus pecados — e os de cada um de nós — sobre si mesmo.

Por Que Sou Cristão mostra que a resposta para o paradoxo existente no coração humano e a chave para a verdadeira liberdade e plenitude só podem ser encontradas em Cristo. E ele faz o maior de todos os convites a cada um de nós e espera pacientemente a nossa resposta. 

 Prefácio

Foi em 6 de março de 1927 que Bertrand Russell fez uma palestra pública no Battersea Town Hall, no sul de Londres, intitulada “Por que não sou cristão”. Ela foi um sucesso na época, em parte, por causa da conhecida eloquência do orador e, em parte, por causa de sua absoluta transparência. Trinta anos depois, essa palestra foi publicada em uma coletânea de seus escritos. Foi capítulo um que deu título ao livro. (1)
No prefácio, Bertrand Russell escreveu: “Eu penso que todas as grandes religiões do mundo … são inverídicas e danosas” (p.11). Embora tenha tido alguma dificuldade em definir o tipo de “cristão” que declarou não ser, ele conseguiu demolir, para sua satisfação, os argumentos tradicionais relacionados á existência de Deus.
Ao escrever este pequeno livro intitulado Por Que sou Cristão, não tenho a intenção de rebater os argumentos de Earll Russel ponto a ponto, pois reconheço seu brilhantismo como matemático-filósofo ganhador do prêmio Nobel de literatura e defensor da lógica e da liberdade. Mas reconheço também que há uma defesa a ser feita em prol do cristianismo que Bertrand Russel nem sequer considerou.
Sou grato a Richard Bewes, vigário da All Souls Church, em Londres, por ter me convidado em 1986 para pregar quatro sermões sobre esse assunto. Entre aqueles que mais tarde escutaram as fitas  está meu amigo, o falecido Miles Thomsom, que foi vigário da St Nicholas Church, em Sevenoaks. Ele insistiu para que eu transformasse esses quatros sermões em livro, acrescentando -lhes um ou dois capítulos. Esse livro, ele escreveu na época, “ofereceria uma introdução mais completa que qualquer dos livretos disponíveis. Ao mesmo tempo, ele não seria tão pesado ou tão volumoso para um questionador genuíno que queira pensar profundamente sobre as implicações de se tornar cristão”.
Assim, tendo cedido à insistência de Miles Thomson, dedico esta modesta peça literária à sua memória. Milés é a palavra latina para “soldado”, e Miles foi um bom soldado de Jesus Cristo.
Agradeço aos meus amigos Paul Weston e Roger Simpson por terem lido o manuscrito deste livro.
Eles fizeram várias sugestões, a maioria das quais eu adotei. Agradeço também a Stephanie Heald, editora da Inter-Varsity Press, pela atenção aos detalhes. Além disso, sou extremamente grato a Francis Whitehead, minha secretária por quarenta e sete anos, por mais um texto irrepreensível.
Confesso que emprestei livremente a este texto o que escrevi em outros contextos, especialmente em The Contemporary Christian (Um cristão contemporâneo). (2 ) Mas amigos e editores me asseguraram que esse empréstimo não importa, uma vez que minha declaração pessoal ou minha história neste livro pode ficar em pé com as próprias pernas.

John Stott

Ano-Novo de 2003

1- RUSSEKLL, Bertrand. Why I Am Not a Christian. Ed Paul Edwards. George Allen & Unwin, 1957.
2- STOTT, John. The Contemporaty Christian. IVP, 1992.

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