O lançamento recente do “Teste da Fé” gerou discussões acaloradas, e perguntas foram feitas sobre a nossa identidade teológica. Há muito o que dizer, e não há como resolver isso em um único post. Então decidi organizar os questionamentos em perguntas principais, e vamos começar respondendo a 10 perguntas básicas:

 

(1) Qual é o propósito do “Teste da Fé Brasil”?

Antes de tudo, reabrir a conversação sobre a relação entre ciência moderna e fé evangélica.

O campo evangélico Brasileiro apresenta uma atitude ambígua em relação à ciência, e em geral não apresenta a estima e a valorização da vida intelectual e da vida científica que caracterizam o protestantismo clássico. No seu extremo mais fundamentalista, tendemos a combinar uma leitura Bíblica questionável com um uso seletivo e pragmático da evidência científica, sem reconhecer o campo científico como um campo legítimo e sem ver a ciência como uma vocação legítima para o Cristão.

Por outro lado, no extremo mais “modernista” do movimento evangélico, onde ele se aproxima do que grosso modo se chama às vezes de “liberalismo teológico”, vê-se a tendência de revisar a fé evangélica sistematicamente, em termos de ideologias e cosmovisões seculares que pululam a academia moderna, apelando-se ao avanço da ciência moderna como prova de que a doutrina e as formas confessionais clássicas da Fé Cristã estariam ultrapassadas.

A essas anomalias soma-se um emprego pouco crítico da tecnologia moderna, em si mesma resultado da ciência, não apenas no uso diário e no entretenimento, como também na organização e atividades eclesiásticas e pastorais, numa atitude paradoxal que “coa” as expressões discursivas da ciência e “engole” seus resultados práticos e sociais.

É urgente, por isso mesmo, uma reconstrução crítica da relação entre fé evangélica e ciência moderna, e a combinação de esforços para inspirar uma possível comunidade de cientistas e intelectuais de fé, capaz de mediar entre a comunidade evangélica e o campo científico e contribuir para uma teologia evangélica pública consistente com a vocação integral da igreja.

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