A Teologia Natural e a tarefa do artista cristão contemporâneo
Palestra apresentada no III Congresso de Religião, Teologia e Igreja do Mackenzie, em Maio de 2012
Palestra apresentada no III Congresso de Religião, Teologia e Igreja do Mackenzie, em Maio de 2012
Guilherme, bem pertinente tudo que disse na palestra, você concorda que comigo quando digo que o Matisyahu tem conseguido imprimir um apelo ” apologético ” judaico na sua arte? É um artista totalmente imerso na cultura pop, com uma obra interessante de um ponto de vista estético, com referencias de reggae, ragga, hip hop e rock e cheio de convicções judaicas no seu discurso. Dê uma olhada, http://www.youtube.com/watch?v=k9Kf4esMvdE
Muito obrigado pelo conteúdo irmão.
Ok Carlos, quando for possível dou uma olhada no que esse artista faz!
Guilherme,
de fato a arte nos apresenta uma percepção da realidade (de Deus) que nem sempre podemos perceber de forma racional. É assim que leio o poema de Mário Quintana:
Emergêcia
Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
– para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.
E agradeço a Deus por me fazer sentir isso, por me fazer sentir no ordinário as coisas extraordinárias de sua criação.
Estou orando por vc. em sua missão. Deus te guarde!
Um abraço,
Jônatas
Oi Guilherme
obrigada por postar esta palestra. Muito interessante, gostei de te ouvir falando apesar de não concordar com sua percepção crítica da arte contemporânea.
Se você pensar que somos Imago Dei não importa a cosmovisão que abraçamos, então a arte que vamos gerar se tivermos mesmo o talento para ela vai comunicar o sublime.
Picasso é sublime. Não é só uma expressão contraditória da alma moderna buscando a ruptura com alguma noção do homem-divino. É Picasso.
Assim como Modigliani, Miró, Dali, Klimt e até Jackson Pollock ou Andy Warhol. Sublimes.
Oi Braulia,
jóia que vc achou interessante. Se em algum momento vc quiser escrever sobre isso, gostaria de conhecer sua perspectiva.
abraços,
Guilherme
Oi Braulia,
me desculpe, não vi que você tinha feito um comentário mais extenso…
Pois bem; concordo que a Imago Dei torna sempre possível a comunicação do sublime, até quando se tenta negá-lo; compartilho das impressões de Pascal, de que a proporção da ruína humana corresponde à sua glória. Por isso não quereria negar, de forma alguma, o valor da arte moderna. Mas não devemos ser ingêunos a respeito, não é? A ruína aponta para a glória, mas ainda assim é ruína. Não devemos minimizar a realidade do mal na arte pré-moderna, só porque ela valorizava a “beleza”. E não devemos minimizar a expressão do mal na arte moderna, só para comunicar que nós, cristãos, também somos “avant-garde”.
Eu também curto muita coisa na arte moderna; particularmente o simbolismo em pintura. Sou fã de alguns modernos-antigos, como o Munch. E na música, sou permanentemente intrigado com Messiaen, por exemplo. Gosto de Tarkovski no cinema (a maioria detesta). Mas não podemos ficar só na louvação dos modernos. A mesma desgraça do afastamento de Deus que se projetou no sistema econômico, no estado moderno, e na religião pop está na arte também, e na high art, inclusive. Precisamos ter coragem de apontar isso sem medo. Para você não há nada de errado com a arte moderna? Ela dispensa o toque redentivo de Cristo?
Enfim, vale mencionar que, como você sabe, o “belo” e o “sublime” não são o mesmo (Burke). Há muita arte moderna que não tem nem um nem outro, que é na verdade a negação da arte. E muita arte moderna que cultiva o sublime, exclusivamente. Mas é subcristão, para mim, ficar só nisso. A má vontade com a “beleza” e com a “realidade” é um sintoma importante do estado espiritual de arte moderna.
Eu não assisti ao vídeo, mas estou lendo os comentários correspondentes. Não assisti por não entender nada. Não tenho esse alcance ainda. Mas vou me esforçar.
“O que o sr. Eduardo considera passado, está retornando ao debate, embora com novas nuance” Concordo sim que tudo está voltando ao debate. As escolas que já foram, estão agora revivendo; é o ciclo da história que se repete em aspiral (e o pensamento também).
Acredito que vivemos um tempo semelhante ao fim de um rio, mas não de um rio que desagua no mar, mas que tem suas aguas represadas onde toda produção do passado se encontram ali, para serem outra vez apreciadas
Ou seja, tudo isso que se diz ser ultrapassado ( o sr Eduardo tem essa mania de ignorar esse fator) volta em evidência e é facilmente identificado no pensamento ultramoderno.
Outrossim, o espaço aqui é seu, você divulga ou não. Nós é que temos que nos ajustar.
Ha, sim! estou gostando e compreendendo também. Quando falei que não entendo referi-me a arte, mas estou conseguindo acompanhar brem a palestra. Só que ainda estou nos dez primeiros minutos, toda hora fica carregando,carregando, carregando… mas vou at´o final.
Tenho conseguido identificar alguns pontos dessa relação teo-artistica que ora apresenta.
Vou continuar ouvindo, quem sabe aprendo a interpretar a arte com esse viés teo- contextual
Olá Guilherme, gostei muito da palestra. Parabéns.
Agora umas perguntas: a tarefa de fazer uma arte que fuja da estética narcisista cabe apenas ao artista cristão ou deveria também ser o parâmetro para qualquer artista? Talvez na própria exposição você tenha deixado isso claro e estou deixando passar algo.
Poderia desenvolver um pouco mais um tema que você apenas mencionou de passagem: a questão da liturgia? Teria de haver uma mudança na função da música, por exemplo? Qual seria ela? Deveria apenas suscitar a contemplação, ou hinos e cânticos que emocionam têm algum papel no culto?
Um abraço
Eduardo,
Não me referi a você. Quando faço o mesmo você me repreende.
Então: Cale sua boca. Não lhe perguntei nada.
Eduardo, você diz coisas bem interessantes e faz críticas bem úteis. Mas elas vem misturadas com tantas insanidades (“o Faraday é um braço da missão do Templeton” – isso é tão leviano e embaraçoso…), erros de interpretação sobre as minhas ideias e julgamentos apressados (tipo, “o que eu tenho a ver com o Mackenzie…”) que não dá mesmo pra interagirmos. Sinto muito, mas acho que você é doente, cara…
“…erros de interpretação sobre as minhas ideias e julgamentos apressados”
Já o avaliei com essa nota.
– Viu Eduardo, confirmou, tá vendo?
“mas acho que você é doente, cara…”
Veja que não foi eu o diagnosticado.
Eduardo já participei lá, com a minha opinião, já viu lá? gostou?
Digo lá no artigo da professora.
Aminha reflxão que fiz no Espaço do leitor ficou boa? claro com exceção do erro do nome do Guilherme de Carvalho, que já me desculpei.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O senhor me serviu bem, kkkkk
A minha preocupação, é em lhe agradar, se não lhe agradei, despreocupo.
Expilico (kkk) Se lhe agrado não agrado a mais ninguém, mas se não lhe agrado, corro o risco de agradar a todos , com o risco do prejuízo da exceção de alguns apenas
Grato.
Quando escreveres no blog da professora lá, escreva em português.
Sinceramente não me importo com o grau de conhecimento que tens, podendo ser legítimo. Mas quando, qualquer um destes colunistas daqui do portal, proponha um assunto que traz um tema aberto ao diálogo, eu tenho uma tarefa então: A de libertá-lo (o diálogo) de qualquer teoria engessada fruto de um pensamento confinado academicamente.
Entretanto, isso não significa ignorância da importância da academia. Considero mesmo que ela nos ensina a pensar. Sendo assim parto para a desconstrução do discurso. Levo em consideração a liberdade do pensamento servindo-me do pensamento filosófico.
É isso que tem sempre acontecido. Mas tudo no respeito e nada pessoal.
Caro Sergio Sena,
peço desculpas por ter removido elementos da sua conversa com o sr. Eduardo, mas o sujeito não respeita a política do blog 😀 De resto, espero que você se sinta livre para comentar e discordar.
abraço,
Guilherme
Tranqüilo…
Eu não tenho a intenção de polemizar não. É que ele manda qualquer um dobrar a língua, não permite que opinemos em seus comentários, mas quer ser tratado com melzinho.
Caro Guilherme,
Sou um cristão novo, com muita fome e sede. encontrei você, não foi por acaso… Apreciei a sua palestra na mackenzie juntamente com a Nancy. Sou amante das artes.Amo a Poesia e quero escrever sobre a Poesia de Deus… As Sagradas Escrituras está cheia de poesia. Sou um estudante de Teologia em Cuiabá em uma faculdade das Assembléias de Deus… Diz que é academia mas é confessional e restringe e omite os ensinamentos necessáros a um teólogo. Tambem pudera, outrora negou o conhecimento e somente agora abre-se para os estudos. Eu me assombro ao perceber tanta ignorância e trevas… Mas a sã doutrina irá prevalecer…Parabéns… Seu tema foi excelente e a sua lucidez é translúcida…desculpe a força de expressão …
Parece que o francis Schaeffer tem um trabalho sobre arte e Deus?
Gostaria de sugestão e indicação sobre músicas de louvor.. li o seu texto e ainda estou refletindo nele. o que vc ouve? Existe muita musica lixo gospel…