magnificatLeia: Lucas 1.39-45

 

Maria vai visitar sua prima Isabel, esposa de Zacarias. Isabel, que antes não podia ter filhos, está grávida e muito feliz. Depois de tão grande sinal do poder de Deus em sua vida e em estado de graça, isto é, carregando dentro si uma vida que logo nascerá, Isabel vê o mundo de um jeito diferente, mais sensível e mais claro, percebendo o valor de pequenas coisas, como uma roupa de criança sobre uma cama, as vestes que seu marido usa em seu ofício no templo, ou enxergando agora a mão de Deus agindo na vida das pessoas.

Maria traz alegria ao coração de Isabel, uma alegria espiritual e profunda. Prova disso é a manifestação súbita do Espírito Santo naquele momento e o movimento saltitante da criança em seu próprio ventre: “Logo que ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga” (Lc 1.44).

Quanta felicidade pode trazer essa moça chamada Maria? A felicidade de alguém que abriga em seu ventre o Filho de Deus, o Redentor da história, e dará à luz Àquele que é a luz do mundo. Maria traz também a felicidade dos que creem de coração completo nas palavras do Senhor, pois nela se deu o milagre da fé genuína. Maria é moça pobre, humilde em sua mais bruta e singela verdade, mas dentro dela em estado de gestação, agita-se um mundo.

Bendito é o Senhor, que visita nossa casa com seu imenso amor. E que se fale sempre bem de Maria, sua mãe bendita que o acolheu com fé e amor plenos.

Jesus é nossa alegria, nossa festa, nossa esperança de mudança e redenção. Amém!

Milton Nascimento escreveu certa vez uma canção que se tornou um hino da dignidade de toda mulher brasileira. Toda mulher, jovem ou idosa, grávida ou estéril, casada, solteira ou viúva, deveria mesmo aprender e cantar esse hino todos os dias: “Maria Maria”.

Maria, a mãe de Jesus, se torna de certa maneira um símbolo de toda mulher que aprende a rir, em esperança, quando sabe que “deve chorar”, pois “não vive, apenas aguenta”. Ao mesmo tempo em que representa a figura de toda mulher que tem “raça e gana sempre”, Maria aprende que nada se pode fazer sem “graça e sonho”. Ela é “dor e alegria”. Ela é “pele e marca”. Ela “possui a estranha mania de ter fé na vida”, pois tem fé no Redentor da vida, Aquele para o qual nada é impossível.

Como disse certa vez Martinho Lutero a respeito de Maria, a mãe do nosso Salvador: “Nenhuma mulher é igual a ti. És mais que Eva ou Sara, bendita acima de toda nobreza, sabedoria e santidade”.

Ouça. Medite. Ore. Compartilhe esta versão novíssima da canção “Maria Maria”, de Milton Nascimento, um hino a todas as marias, todas as mulheres humildes que lutam pela vida. http://www.youtube.com/watch?v=IElS9cxpImA

 

Nesta gravação rara e perfeita, Milton conta a história de Maria, uma mulher simples, de infância breve, operária, lavadeira de roupa, viúva com seis filhos, que trazia em si a força da alegria e da esperança indestrutível, pessoa humilde, pobre, guerreira, que se autodefinia como solitária e solidária, mulher de fibra, dessas que fazem o Brasil ser um país.  http://www.youtube.com/watch?v=7mWcq7XBR2g

Gladir Cabral

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *