family treeLeia: Mateus 1.1-17

 

Quando somos crianças, a concepção de “tempo” é diferente daquela que teremos décadas à frente.

Em minha infância, presentes só eram vistos no aniversário e no Natal. Como faço anos em junho, tinha de esperar exatamente seis meses para ver um presente. E como o tempo demorava para passar!

Crianças e jovens são impacientes. Para eles, não é fácil administrar o tempo.

A genealogia de Jesus trata do tempo. Longo tempo. Tempos antigos. Fala daqueles que vieram antes, muito antes de Jesus Cristo. O evangelista retrocede a Abraão e caminha até José e Maria.

Por que começar a história de Jesus com uma genealogia? Afinal, ele é o Deus encarnado, aquele que se manifestou no tempo e espaço para salvar o ser humano. Não é isso que importa?

A genealogia nos lembra que Jesus, enquanto homem, precisou de uma família, de ascendentes que se sucedessem até chegar a ele. E, desse ponto de vista, Jesus carregou traços físicos, psicológicos e de personalidade de seus familiares. Provavelmente, deve ter sido parecido com um tio ou primo. Talvez ao nascer os familiares discutiram sobre a semelhança da criança com outras da família. E, certamente, José e Maria devem ter identificado olhos, boca, nariz e cabelo semelhantes aos seus.

Há mais. Para que Jesus viesse até nós seus familiares enfrentaram lutas e provas. Pense em Abraão, nas mulheres Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba, no rei Davi, em Josias e em outros até chegar a Maria, sua mãe. Quantas dificuldades! Quantas barreiras a serem vencidas!

No entanto, Jesus não é apenas resultado de uma sequência genealógica. Por sua morte e ressurreição, ele alargou ao horizonte sua genealogia. Agora, todos quantos o reconhecem como Senhor podem ser chamados de “filhos de Deus” (Jo 1.12). Ele nos introduziu em sua família!

Eu e você fazemos parte de uma família.

Talvez não seja a família ideal, mas é nossa família. Devemos muito àqueles que vieram antes de nós.

Natal é tempo de reconhecimento. Reconhecer o quanto devemos aos nossos queridos, dos quais vários já partiram. Tempo de reconhecer que devemos louvar a Deus por suas vidas.

Por outro lado, é tempo de ter convicção de que a continuidade de nossa família depende de nós, de nossas ações. Como influenciamos nossos filhos? Como preparamos a próxima geração?

E, acima de tudo, é tempo de refletirmos sobre a alegria de podermos trazer outras pessoas para participarem da família cristã, da celebração do Natal, da continuidade da genealogia de Jesus Cristo.

Para rir, sorrir, meditar e quem sabe orar, segue um vídeo do Palavra Cantada: “Eu”. http://www.youtube.com/watch?v=htHPIFae7d4&list=PLD22976F161F20077

 

João Leonel.

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