Pé de IpêEsta canção nasceu na semana que passei em Campinas (SP) gravando o DVD Casa Grande em 2008. Foi um momento muito precioso da minha vida, como uma parada mesmo, ao longo do caminho, para descansar e repensar a trajetória da vida. Foi ali que nasceu esta canção que só agora consigo postar no blog.

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O velho pé de ipê ao pé da serra

estende os braços pro desfiladeiro

carrega sobre os ombros toda história

que viu e ouviu ao pé do tabuleiro

É dono do silêncio mais profundo

que por sinal é o som mais verdadeiro

de tudo o que se passa neste mundo

de tudo o que é eterno e passageiro

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Seus braços bem abertos para a vida

acenam de um modo sobranceiro

despedem quem já estava de partida

e acolhem quem fugiu do aguaceiro

E eu que só estava de passagem

me sinto em casa neste paradeiro

deixei de lado o peso da bagagem

e repensei meu rumo, meu roteiro

e recontei meus passos de andeiro

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Campinas, 27 jul 2008


.andeiro 2

  1. Vc acredita que eu queria tanto a letra dessa música, que enquanto ouvia o dvd ia anotando?

    Foi por isso que dei sossego a sua pessoa, rs
    Agora é esperar por um cd, acho que você podia levar o assunto em consideração…

  2. Gladir, linda canção. Eu particularmente aprecio muito suas poesias, pois tratam de forma simples e sucinta a realidade, aquilo que é simples, porém profundo na vida. Eu amo a criação, e o senhor gosta muita de cantar sobre ela. Eu ouvi essa música pela primeira vez em casa; lá estava eu escutando e olhando para as paredes pálidas, logo a poesia não fez muito sentido naquele quadrado. Porém, um certo dia, a ouvi enquanto estava viajando de carro para uma fazenda e passava pela caatinga. Avistei várias árvores secas e velhas. Minha reação foi de lágrimas rolando por detrás do óculos escuro ( que mais estava nos meus olhos pra disfarçar a emoção aos amigos do lado, do que pra me proteger do sol).

    Mas claro a canção é bem mais que falar de um “velho pé de ipê ao pé da serra”. Ele trata, como você mesmo disse, da trajetória da vida. E, claro, haja subjetividade para interpretar isso em nossas vidas. Em especial os velhinhos.

    Deus abençoe mestre Gladir!


  3. Bruno:

    Gladir, linda canção. Eu particularmente aprecio muito suas poesias, pois tratam de forma simples e sucinta a realidade, aquilo que é simples, porém profundo na vida. Eu amo a criação, e o senhor gosta muita de cantar sobre ela. Eu ouvi essa música pela primeira vez em casa; lá estava eu escutando e olhando para as paredes pálidas, logo a poesia não fez muito sentido naquele quadrado. Porém, um certo dia, a ouvi enquanto estava viajando de carro para uma fazenda e passava pela caatinga. Avistei várias árvores secas e velhas. Minha reação foi de lágrimas rolando por detrás do óculos escuro ( que mais estava nos meus olhos pra disfarçar a emoção aos amigos do lado, do que pra me proteger do sol).
    Mas, claro, a canção é bem mais que falar de um “velho pé de ipê ao pé da serra”. Ele trata, como você mesmo disse, da trajetória da vida. E, claro, haja subjetividade para interpretar isso em nossas vidas. Em especial, os velhinhos.
    Deus abençoe mestre Gladir!

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