7/31 | A luz da vida!
Desde os tempos primordiais a luz é elemento imprescindível para a sobrevivência do ser humano. Inicialmente ligado às horas do dia, findas as quais se recolhia às suas cavernas e abrigos, o ser humano experimentou uma revolução com a descoberta do fogo. Agora suas atividades podiam adentrar a noite, além da possibilidade de aquecer-se do frio e preparar refeições mais saborosas.
Por sua importância, a luz foi quase que imediatamente transformada em símbolo, metaforizada. Em relação de oposição às trevas, a luz simbolizou e simboliza alegria, renascimento, renovação, pureza, a divindade.
O evangelho de João, diferentemente de Mateus e Marcos, não apresenta a encarnação e o nascimento de Jesus Cristo. Não há descrições de sua chegada e recepção neste mundo, nem de sua infância. Não. João pensa de outra forma. Para pensar em Jesus seu pensamento vai longe, ao princípio de tudo. No princípio da criação Cristo, o Verbo ou Palavra (traduções para logos), estava lá. Ele não apenas estava com Deus no momento inicial, mas ele era Deus.
E o que, para João, caracteriza o Verbo como Deus? O fato de ter criado todas as coisas. Sem ele, nada que existe, nada do que conhecemos, nada do que nos alegra, existiria. E sabe por quê? Por que a vida estava nele.
Como alguém desprovido de vida poderia criar um universo tão palpitante? O planeta terra cheio de cores, diversidade, gêneros, enfim, cheio de vida? Não. Ele precisava ser cheio, pleno de vida. E era. “A vida estava nele”. Tudo o que o ser humano anseia de plenitude para sua existência estava no Verbo.
E como João caracteriza essa relação doadora de vida do Verbo para com a humanidade? Luz! “A vida era a luz dos homens”. A vida do Verbo que reverberou em nós transmitindo-nos vida é comparada à luz que ilumina um canto escuro, que permite ver o que está por trás de fendas, que se projeta no espaço definindo formas. A luz que traz à existência!
A luz do Verbo resplendeceu nas trevas, e as trevas não conseguiram resistir a ela. Nossa existência é um testemunho de que as trevas foram vencidas pela luz!
Mais à frente João afirma que o Verbo se fez carne na pessoa de Jesus Cristo. Jesus nos criou, Jesus nos dá vida, Jesus ilumina nossa vida e nossa alma.
Jesus, o Verbo, o doador de vida e luz manifestou-se criança. Bebê que precisou de seus pais, de pessoas que cuidassem dele, de médicos que lhe dessem remédio, de professores que o ensinassem. A luz que precisou ser iluminada. Mas ele foi e é a verdadeira luz, diante da qual todas esmaecem.
Jesus, o Verbo, nossa luz.
Que as luzes deste natal, que iluminam corpos e olhos, nos lembrem e despertem em nós gratidão ao refletirmos sobre aquela criancinha, que embora frágil, era e é a luz do mundo. Nossa luz. Luz que nos dá vida!
Ouça esta canção. Medite. Ore. Adore. http://www.youtube.com/watch?v=r8LAFEb81zI&feature=c4-overview&list=UUl3dwPGJS6mrD0ziNuegY4A
João Leonel