Chrystiano G. Ferraz*

Apesar  de  tudo  o  povo  brasileiro  é  um  povo  que  crê.  No  geral,  até  hoje,  temos  a religiosidade como forte característica. O contato entre as religiões – e religiosos – aconteceu desde o início do processo de conquista europeia em nosso solo e podemos considerá-lo deveras traumático. Com o passar dos muitos anos, ficou evidente a triste constatação de que ainda não nos relacionamos de maneira harmoniosa – inter-religiosamente falando.

O Brasil é um país laico desde 1898, ou seja, escolheu por um Estado que não privilegia uma tradição religiosa específica e que não interfere nos assuntos religiosos, assim como as religiões não interferem nas questões que competem ao Estado. Antes de tal posição, Igreja – católica –  e o  Estado exerciam  o  poder  de decisão  sobre a sociedade brasileira. O  que está justamente por trás de tal conquista – superação de um Estado Religioso, seja teocrático ou confessional  –  é  a  garantia  e  salvaguarda  das  liberdades  individuais,  da  igualdade  entre  os cidadãos e do direito humano fundamental de professar uma religião – ou não professar religião nenhuma.

Tal liberdade religiosa como direito fundamental está cada vez mais ameaçada em nossa sociedade brasileira. A pluralidade de experiências religiosas está presente no mesmo espaço de convivência, cada uma clamando por legitimidade e respeito. Os cristianismos representam mais de 80% dos religiosos no contexto brasileiro e é composto primordialmente – e aqui de forma simplificada – por fiéis: católicos, protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais. Em menor número estão as outras religiões como as de matriz africana e afro-brasileira (dentre essas o candomblé e a umbanda), espiritismo, esoterismo, santo daime etc. Há também uma pequena  parcela  de  judeus,  muçulmanos  e  budistas.  Um  dado  curioso  e  que  carece  de aprofundamentos, é que cresce o número de pessoas que se declaram sem religião. O Brasil, outrora de preponderância católica, vem apresentando mudanças no seu mapa das religiões, com crescimento numérico significativo de adeptos das religiões evangélicas – principalmente neopentecostais – e consequente queda do número de fiéis católicos e protestantes históricos.¹

Agora, segue um fato alarmante: no tocante às questões religiosas, somos considerados um país intolerante. Talvez você nunca tenha sentido na pele por fazer parte dos mais de 80%, da maioria cristã, que dificilmente sofrerá discriminação por professar o cristianismo em terras “cristãs”.  No  entanto,  Alexandre  Brasil  Fonseca,  sociólogo,  analisando  os  dados  do  RIVIR (2011-2015) – Relatório sobre Intolerância e Violência Religiosa no Brasil – concluiu que a intolerância religiosa atinge a nossa população como um todo, sendo as  religiões  de matriz africanas as “que mais sofrem violações de seus direitos em relação a sua religiosidade.”² Se faz urgente então uma ação efetiva através da contribuição de todas as instâncias que compõem a sociedade para que esta realidade seja transforada e uma nova trama de relações inter-religiosas  no  amor  fraternal,  respeito  e  tolerância  seja  fomentada.  Como  parte  deste desafio  às  relações  na sociedade,  fez-se necessária  a escolha de um dia específico para  nos alertar  para  uma  causa  tão  importante:  o  dia  21  de  janeiro,  dia  nacional  de  combate  à intolerância religiosa.³

Não  podemos  repetir  as  guerras  religiosas,  a  utilização  do  discurso  religioso  para  a realização de práticas violentas, contrárias ao próprio “espírito” pacífico das religiões. O atual cenário brasileiro, de ressurgimento de radicalismos – incluindo o religioso – torna a questão ainda  mais  urgente:  vidas  sendo  tiradas,  pessoas  humanas  sendo  agredidas  verbal,  física  e psicologicamente; feridas em sua dignidade, seus horizontes de sentido estão sendo depredado, achincalhado e reduzido a nada; preconceitos sendo destilados, por vezes, em “nome de Deus”.

Sabendo  que  muitas  dessas  agressões  são  praticadas  e  fomentadas  por  líderes   e representantes de instituições cristãs  e por pessoas religiosas supostamente crentes em Jesus Cristo:  Qual  seria  o  embasamento  bíblico-teológico  que  vem  legitimando  tais  condutas  e moldando tais mentalidades? Entendemos que há má interpretação das Escrituras Sagradas por trás dessa mentalidade nociva. É preciso lançar luz sobre esta escuridão com uma hermenêutica mais adequada. Para provocar a reflexão e o diálogo, apontaremos neste artigo um aspecto fundamental que compõe tal mentalidade excludente e que carece de nova análise teológica: a interpretação negativa da pluralidade cultural-religiosa. Seria teologicamente sustentável que a existência das outras religiões – não cristãs – estaria dentro do projeto de Deus? Defenderemos tal perspectiva a partir da contribuição do pensamento de grandes teólogos cristãos.

Nas  Sagradas  Escrituras  judaico-cristãs,  cultura  e  religião  caminham  entrelaçadas.  O judaísmo e o cristianismo não foram configurados em um ambiente propenso ao diálogo, ainda que os dois tenham vivido em suas gêneses o desafio de estabelecer-se em meio ao contato com outras religiões.⁴ O primeiro, como povo eleito de Deus, defendia-se das ameaças dos outros povos  pagãos  e  firmava-se  com  uma  forte  consciência  identitária.  No  início,  Israel  era henoteísta, ou seja, cria em um só Deus, mas admitia a existência de outras divindades – ainda que não comparáveis a Iahweh.⁵ O cristianismo, porém, é herdeiro de um judaísmo monoteísta, outra etapa da religião de Israel:

No Dêutero-Isaías é que surgirão afirmações estritamente monoteístas, onde Javé é reconhecido como o Deus absolutamente único, expressando claramente pela primeira vez o universalismo religioso.  Ao  passar  para  o  Deuteronômio,  essa  ideia  monoteísta  alcançou  expressão  firme  e decidida: “Iahweh é o único Deus. Além dele não existe um outro!” (Dt 4,35).⁶

O teólogo José Maria Vigil propõe uma análise do nosso passado em relação ao tema do pluralismo  religioso,  para  compreendermos  de  forma  mais  ampla  a  posição  negativa  que perdurou durante a maior parte da história da religião cristã.⁷

José Maria Vigil começa pela ideia depreciativa – segundo o seu julgamento – que, no contexto do Primeiro Testamento, a cultura judaica interpretou, a partir da sua relação com Iahweh, as divindades dos povos vizinhos de Israel, chamados de “ídolos”. Tais quais: “obras das  mãos  humanas”,  “coisas  mortas”  (Sb  13,10),  “nada”  (Is  44,9),  “vazio”  (Jr  2,5;  16,19), “mentira” (Jr 10, 14; Am 2,4; Br 6,50), “demônios” (Dt 32,17; Br 4,7)”.⁸

Esta  posição  não  pode  ser  vista  como  o  panorama  de  toda  a  Escritura  Sagrada,  mas apresenta um ponto culminante no livro de Deuteronômio, que precisa ser lido dentro de seu contexto histórico-social, levando em consideração todas as limitações que nele estão contidas. Todo o contexto – de busca por legitimação e da criação da identidade de um povo, em meio ao iminente perigo de ser invadido ou dominado por nações mais estabelecidas – não pode ser desprezado para a compreensão deste discurso no Primeiro Testamento.

O cristianismo assumiu parte da herança religiosa do judaísmo, a comunidade primitiva de  Jerusalém  foi  composta  primeiramente  por  membros  judeus,  mas  os  conflitos  internos começaram quando os primeiros não-judeus ingressaram na nova comunidade cristã:

A primeira grande disputa na primeira comunidade cristã não foi, portanto, em torno de dogmas como a filiação divina de Cristo ou a trindade de Deus, mas sim em torno da lei judaica: até que ponto se é obrigado a observá-la? Deverá ser ela obrigatória também para os fiéis cristãos que não eram judeus de nascimento, e sim pagãos?⁹

Percebe-se até aqui que desde o início o contato com as outras religiões fizeram parte do processo  de  construção  do  cristianismo.  Além  do  judaísmo,  soma-se  a  essa  afirmativa  a presença da religião politeísta do Império Romano. Porém, o cristianismo não percebeu muitos espaços para o diálogo com as outras religiões, mas para conversão e construção de uma Igreja. O cristianismo foi concebido como proclamação do Evangelho – Boa Notícia – e se espalhou no afã missionário de conversão global.¹⁰

Não podemos perder de vista o complicado contexto religioso e social no qual tiveram que sobreviver as primeiras comunidades cristãs: “As comunidades receptoras das tradições de Jesus travavam uma luta encarniçada para sobreviver num ambiente hostil à sua fé, com grau de oposição que crescia à medida que também expandiam seus limites”.¹¹

No princípio da Era cristã, a diversidade religiosa foi encarada como algo negativo, que não fazia parte do plano inicial de Deus para a humanidade. Por isso, no cristianismo, deu-se o esforço  missionário  que  julgava-se  em  consonância  com  a  ordenança  bíblica  expressa  nas Escrituras Sagradas – no segundo Testamento exclusivamente cristão – (Mt 28,19-20) –  que buscou  converter  o  mundo  à  chamada  religião  verdadeira  para  a  salvação  dos  infiéis, supostamente  ignorantes  ou  perdidos,  que  estariam  a  caminho  do  sofrimento  eterno  sem  o Cristo e, indesculpavelmente, sem professar a religião cristã.

Mesmo com as duas grandes divisões – com o Cisma do Oriente no século XI, cisão entre Roma e Constantinopla dividindo a Igreja entre Católica-Romana e Ortodoxa, e o Cisma do Ocidente no século XVI, ocasião da Reforma Protestante, que gerou os diversos seguimentos cristãos protestantes – o cristianismo continuou a expandir-se, “superando” as religiões não- cristãs através das colonizações e também de sua afirmação no território europeu, com a ajuda dos  Estados  nacionais  formados  na  Europa,  especialmente,  Espanha  e  França,  fiéis  ao catolicismo, que auxiliaram na manutenção da cristandade ocidental. Por exemplo, na Península Ibérica houve conflito entre os árabes – de religião muçulmana – e os espanhóis católicos, que teve fim com a vitória espanhola definitiva e consequente expulsão dos árabes em 1492.¹²

Os  movimentos  oriundos  dos  séculos  XV  e XVI, respectivamente, o Humanismo e  o Renascimento, contribuíram para uma nova visão sobre o ser humano, e consequentemente, sobre a religião.¹³ As grandes navegações do século XVI expandiram a oikoumene,¹⁴ colocando o cristianismo em contato com outras povos e suas religiões.¹⁵

É preciso destacar que, em grande parte, o contato entre as religiões no Mundo Antigo se dava de maneira sincrética, como ocorreu com a absorção dos deuses gregos na cultura romana. Assim, “no Mundo Antigo as coexistências religiosas quando muito se davam pelo sincretismo, numa absorção mútua das tradições religiosas que se interpenetravam e se influenciavam. Já na modernidade é preconizado o respeito ao espaço sagrado”.¹⁶

Cada vez mais cônscios da irreversível presença da diversidade religiosa na sociedade, da distância do afã missionário de conquista cristã de todo o mundo habitado, do conhecimento mais lúcido das riquezas presentes nas outras religiões e do avanço numérico de outras tradições religiosas  no  mundo  nas  últimas  décadas  –  o  crescimento  significativo  do  número  de  fiéis muçulmanos por exemplo –, surge a necessidade e urgência de repensar a presença das outras experiências  de  fé,  que  simultaneamente  habitam  essa  casa  comum.  Qual  o  significado  do pluralismo religioso no plano de Deus?

Pensar   uma   teologia   do   pluralismo   religioso   ainda   desperta   muita   resistência   e desconforto na maior parte das grandes instituições religiosas. Entretanto, há grupos teológicos cristãos  mais  sensibilizados  para  com  os  desafios  do  pluralismo  religioso  e  outros  mais resistentes e críticos. A fundamentação dos opositores situa-se em torno de questões relativas à soteriologia, cristologia, eclesiologia e missiologia.¹⁷

No  entanto,  como  observa  o  teólogo  Faustino  Teixeira,  o  pluralismo  religioso  sugere somente uma mudança de postura dos crentes pertencentes às grandes instituições religiosas tradicionais;   despertando-os   para   o   valor   do   acolhimento   da   diferença,   o   respeito   à singularidade e especificidades de outras tradições religiosas.¹⁸

Não parece mais sustentável a ideia de que somente uma única tradição religiosa disponha de toda verdade sobre a vida e sobre Deus – que é infinito. Como assevera Faustino Teixeira, as tradições religiosas são fragmentos inacabados e contingenciais, em permanente caminho de aperfeiçoamento e abertura, sendo cada uma delas, portadoras de uma singularidade específica que permite um olhar inédito a respeito da realidade última.¹⁹

O teólogo Jaques Dupuis chama-nos ao arrependimento em relação aos posicionamentos exclusivistas – nossa má avaliação dos “outros” e preconceitos contra suas práticas de fé – que tivemos durante a história do cristianismo, na relação com os fiéis de outras tradições religiosas. O autor também reconhece a necessidade de repensarmos a fé cristã na vivência desse novo mundo: “pluriétnico, multicultural, multirreligioso”.²⁰

Para Faustino Teixeira, a acolhida do pluralismo religioso não significa uma violação da perspectiva  cristã,  na  medida  em  que  há  no  coração  do  cristianismo  uma  convocação  à hospitalidade,  cortesia  e  aceitação  da  alteridade.  Nos  lembra  então  do  pensamento  de Schillebeeckx  acerca  do  tema:  “A  aceitação  da  diversidade  das  religiões  está  implicada  na essência  do  cristianismo.  […]  A  mensagem  de  Jesus  não  foi  auto  implicativa,  mas  uma mensagem aberta para o horizonte inusitado e mais amplo do mistério maior de Deus”.²¹

Sobretudo, para repensarmos a questão do pluralismo religioso a partir da tradição cristã, recorreremos ao renomado teólogo francês Claude Geffré, que chegou à seguinte conclusão: “a partir da nossa experiência histórica atual de um pluralismo religioso de fato, acreditamos poder concluir  teologicamente  por  um  pluralismo  de  princípio  que  corresponde  a  um  misterioso projeto de Deus”.²²

A  reflexão  de  Geffré  parte  da  reinterpretação  dos  eventos  de  Babel  e  Pentecostes, narrados na Bíblia. Geffré lembra que no livro de Gênesis (Gn 10, 31-32) a multiplicidade das famílias  da  terra,  a  partilha  de  seus  territórios  e  a  variedade  de  línguas  foi  celebrada, contradizendo as interpretações da dispersão das línguas como punição divina em resposta ao orgulho humano. Segundo o teólogo, o que Deus condenou no episódio foi a ambição idólatra de colocar uma humanidade monolítica que se faria Deus no lugar do Deus único.²³

Portanto,   Deus   não   condena   –   em   Babel   –   a   pluralidade   das   línguas,   que, consequentemente, segundo Geffré, representa a pluralidades de culturas: “Ao contrário das cosmogonias pagãs, que consideram o múltiplo como uma queda, uma degradação, uma falta a ser reparada em relação a uma unidade original perdida, o Deus da Bíblia bendiz o múltiplo, como bendiz a condição humana em sua vivência histórica e carnal”.²⁴

Para que essa proposta de Deus seja adequadamente compreendida através das Sagradas Escrituras, Geffré sugere uma leitura mais ampla da eleição de Israel, contida totalmente na eleição de Abraão (Gn 12, 1-3), que vem logo em sequência ao insucesso da construção da Torre de Babel. O povo de Israel foi escolhido para ser depositário das promessas de salvação feitas por Deus para todos os povos da terra: de uma eleição particular para escolher a todos; de uma libertação particular, para uma salvação universal.

A pluralidade religiosa é então aceita e desejada por Deus? A realização da culminante revelação de Deus por meio de Jesus Cristo está preparada desde o Primeiro Testamento, no qual  “as  culturas  estão  colocadas  a  serviço  da  revelação  do  Deus  de  Abraão  vivida  na Aliança”.²⁵ Assim começamos a responder a essa questão, com suporte em Geffré.

A interpretação do evento do Pentecostes (Atos 2) arremata bem a questão. A diversidade é feita unidade pela ação do Espírito Santo, em consonância com o plano original de Deus: “com a efusão do Espírito do Ressuscitado em Pentecostes, a pluralidade das  línguas  e das culturas é necessária para traduzir a riqueza multiforme do Mistério de Deus”.²⁶

Vemos nesta proposta um caminho para o reconhecimento do pluralismo religioso como dado positivo, que abre a possibilidade de uma via para o real diálogo com as outras tradições religiosas  e enriquecimento  mútuo, sem absolutizar  o cristianismo, e ao mesmo tempo, não caindo em um relativismo, pois mantém vivo o engajamento e compromisso com a verdade cristã. Há uma necessidade basilar de reinterpretação do pluralismo cultural-religioso à luz dos dois  Testamentos,  rechaçando  interpretações  fundamentalistas  que  fomentam  uma  batalha carnal e a hostilidade do desprezo ao outro religioso.

Se  faz  necessário  então  repensar  a  nossa  fé  –  ou  as  nossas  crenças.  A  prática  da intolerância religiosa evidencia a nossa falha enquanto povo que crê: falta relevância à nossa fé, morta sem a boa prática: Falta-nos fé no Deus trino? No Espírito Santo que nos inspira e que prepara os corações para acolhê-lo livremente? No Cristo que amou a todos sem distinção?

Se nós – crentes de todas as religiões presentes no solo brasileiro – não nos perdoarmos pelo passado belicoso, não poderemos construir um novo futuro sem repetir o passado. Talvez, nosso testemunho como crentes tem sido bastante negativo. Será que nossas desavenças  dão razão para o avanço do número de pessoas que não creem em nossa nação?

É  preciso  investir  nossos  esforços  em  uma  reeducação  para  uma  nova  mentalidade  e atitude inter-religiosa e, ao mesmo tempo, combater tais violações com o cumprimento das leis já  existentes.  A  promoção  da  tolerância  em  tempos  de  radicalismos  é  um  imperativo  na sociedade contemporânea, para fugirmos dos perigos do passado antes descritos, que parecem nos assombrar em um ciclo sem fim. Faz-se necessário um fazer teológico engajado, criterioso e piedoso, capaz de nos impulsionar à prática do amor. O outro religioso deve ser o alvo, não de combate, mas sim de amor não fingido e graça. Que Deus nos ajude e conduza para um novo tempo em nossa história, até que o Amor seja tudo em todos.

*Chrystiano  G.  Ferraz  é  mestrando  em Teologia  pelo  Programa  de  Pós-graduação da  Pontifícia  Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), bacharel em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB/FABAT). E-mail: chrysferraz@hotmail.com.

1  Cf.: NERI, M. C. Novo mapa das religiões. Horizonte, Vol 9, Iss 23, Pp 637-673. 2011.

2  Fonseca, A. B., Primeiras análises dos dados do Relatório sobre Intolerância e Violência Religiosa no Brasil (2011-2015), p. 44-45.

3  Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007.

4  LIBÂNIO, J. B., Introdução. In: TEIXEIRA, F.(org.), O Diálogo Inter-religioso como afirmação da vida, p.11.

5  ULLOA, P. U., Del henoteísmo al monoteísmo, p. 89-90.

6  SILVA, J. M., O Cristianismo e o Pluralismo Religioso, p.130.

7  VIGIL, J. M., Teologia do Pluralismo Religioso, p. 35-38.

8  VIGIL, J. M., Teologia do Pluralismo Religioso, p. 36.

9  KÜNG, H., Religiões do mundo, p. 219.

10  LIBÂNIO, J. B., Introdução. In: TEIXEIRA, F.(org.), O Diálogo Inter-religioso como afirmação da vida, p.12.

11  AZEVEDO, S., Teologia das Religiões, p. 70.

12  DREHER, M. N., A Reforma e as reformas, p. 14.

13  DREHER, M. N., História do Povo de Jesus, p. 209-210.

14  Termo que designava o “mundo civilizado” ou que compreendia todo o “mundo habitado”.

15  DREHER, M. N., História do Povo de Jesus, p. 336.

16  DUSILEK, S. R. G., A Atualidade do Conceito de Tolerância em John Locke, p. 412.

17  TEIXEIRA, F., Teologia e Pluralismo Religioso, p.164.

18  TEIXEIRA, F., Teologia e Pluralismo Religioso, p.164.

19  TEIXEIRA, F., Teologia e Pluralismo Religioso, p. 155.

20  DUPUIS, J. O Cristianismo e as Religiões, p. 19.

21  SCHILLEBEECKX, E., Umanità. La storia di Dio. Apud: TEIXEIRA, F.,  Teologia e Pluralismo Religioso, p.165.

22  GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.120.

23  GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.119.

24  GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.119.

25  GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.120.

26  GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.120.

 

Referências bibliográficas:

 

AZEVEDO, Silvio Murilo. Teologia das Religiões: rumo a um inclusivismo bíblico. Editora Clube de autores, 2015.

DREHER,  Martin  Norberto.  A  Reforma  e  as  reformas.  IHU-online,  nº  514,  ano  XVII, 30/10/2017.

DREHER, Martin Norberto. História do Povo de Jesus. Uma leitura latino-americana. 01. ed. São Leopoldo: Editora Sinodal, 2013. v. 01. 520p.

DUPUIS,  Jaques.  O  Cristianismo  e  as  Religiões:  do  desencontro  ao  encontro; São  Paulo: Loyola, 2004.

DUSILEK,  Sérgio  Ricardo  Gonçalves.  A  Atualidade  do  Conceito  de  Tolerância  em  John Locke.  Paralellus, Recife, v. 7, n. 16, set./dez. 2016, p. 411-423.

FONSECA, Alexandre Brasil. Primeiras análises dos dados do Relatório sobre Intolerância e Violência Religiosa no Brasil (2011-2015). In: MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS “SECRETARIA NACIONAL DE CIDADANIA”. Estado Laico, intolerância e diversidade religiosa no Brasil: Pesquisas, reflexões e debates, 2018. p. 22-47.

GEFFRÉ, Claude. O lugar das religiões no plano da salvação. In: TEIXEIRA, F.(org.), O Diálogo Inter-religioso como afirmação da vida, p.111-138.

KÜNG, Hans. Religiões do mundo: em busca de pontos comuns. [Tradução de Carlos Almeida Pereira]. Campinas: Verus, 2004.

NERI, M. C.; MELO, L. C. C. de. Novo mapa das religiões. Horizonte, Vol 9, Iss 23, Pp 637-673. 2011.

SILVA, José Maria da. O Cristianismo e o Pluralismo Religioso: possibilidades  dialogais com a pós-modernidade. Juiz de Fora-MG: UFJF, 2004.

TEIXEIRA, Faustino(org.). O Diálogo Inter-religioso como afirmação da vida. São Paulo: Paulinas, 1997.

TEIXEIRA,  Faustino.  Teologia  e  Pluralismo  Religioso.  São  Bernardo  do  Campo-SP: Nhanduti, 2012.

ULLOA, Pablo  Uribe.  Del henoteísmo al monoteísmo: La experiencia religiosa del antiguo

Israel. Actas Teológicas, v.22, diciembre 2017, p. 87-99.

VIGIL,  José  Maria.  Teologia  do  Pluralismo  Religioso:  para  uma  releitura  pluralista  do cristianismo. [tradução de Maria Paula Rodrigues]. – São Paulo: Paulus, 2006.

 

  1. Eu penso que todas as pessoas devem pregar um convívio saudável (Hebreus 12:14), como afirma o texto, independentemente de suas religiões. No entanto, há dois fatos a considerar:
    1- nem toda religião é pacífica (Sura 9:5 – Corão);
    2- a Palavra de Deus não mente e a “verdade” dos teólogos nem sempre é verdade (João 17:17).

    Se alguém se diz cristão e afirma que a verdade das escrituras “não é bem assim” (Mateus 5:17-18, Romanos 3:31), mas que certo está o teólogo “A” ou o teólogo “B”, deve voltar aonde caiu e se arrepender, ou assumir que não é um cristão, mas um “simpatizante” e arcar com as consequências eternas.
    Em nome do “politicamente correto” muitos cristãos negam a Verdade, a Palavra (Jesus).
    Todos os caminhos levam a Deus (juízo), mas só há um caminho para o Pai (salvação), a saber: JESUS (João 14:6). Vale lembrar que a VERDADE sempre gerou perseguição, inclusive ao próprio Cristo. Já os “cristãos” de hoje mais parecem “amigos do mundo”, e buscam seus próprios interesses. E também que Jesus reinará sobre todas as nações e ensinará sobre a Lei (Isaías 2:3).
    Obs.: Não sou contra teologia e/ou teólogos, mas contra sofismas. Não estou aqui para debates teológicos (Tito 3:9), portanto preservarei meus dados.
    Shalom!

  2. Uma ótima reflexão!
    Concordo de maneira geral com as colocações. Mas não acredito que um jovem “crente”, no Rio de Janeiro, não tenha experimentado o escárnio de outras confissões, ou daqueles que são desprovidos da fé não material.
    Talvez ele seja muito mais jovem e por isso não tenha ouvido as expressões: seu bíblia, tonto religioso, ovelinha do pastor. Estou sendo leve nos exemplos.
    Todas estas sempre com intuito de diminuir, humilhar e ofender aqueles que não eram católicos, pois estes, pelo menos não eram otarios de dar dinheiro para o pastor.
    Os meios de comunicação ajudavam a reforçar este estigma em suas programações. Evangelicos…? Estes apenas mostrados como figuras caricatas de líderes da teologia da prosperidade.
    Mas gosto de pensar em como as brigas entre as diferentes confissões e suas ramificações realmente afastaram os incrédulos, ou mesmo os crédulos. Isto sim, deve ser um tema na qual tenhamos que nos debruçar e buscar convergir para que a Fé seja revelada em nossas atitudes.

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