Uma contribuição teológica para o combate à intolerância religiosa no Brasil
Chrystiano G. Ferraz*
Apesar de tudo o povo brasileiro é um povo que crê. No geral, até hoje, temos a religiosidade como forte característica. O contato entre as religiões – e religiosos – aconteceu desde o início do processo de conquista europeia em nosso solo e podemos considerá-lo deveras traumático. Com o passar dos muitos anos, ficou evidente a triste constatação de que ainda não nos relacionamos de maneira harmoniosa – inter-religiosamente falando.
O Brasil é um país laico desde 1898, ou seja, escolheu por um Estado que não privilegia uma tradição religiosa específica e que não interfere nos assuntos religiosos, assim como as religiões não interferem nas questões que competem ao Estado. Antes de tal posição, Igreja – católica – e o Estado exerciam o poder de decisão sobre a sociedade brasileira. O que está justamente por trás de tal conquista – superação de um Estado Religioso, seja teocrático ou confessional – é a garantia e salvaguarda das liberdades individuais, da igualdade entre os cidadãos e do direito humano fundamental de professar uma religião – ou não professar religião nenhuma.
Tal liberdade religiosa como direito fundamental está cada vez mais ameaçada em nossa sociedade brasileira. A pluralidade de experiências religiosas está presente no mesmo espaço de convivência, cada uma clamando por legitimidade e respeito. Os cristianismos representam mais de 80% dos religiosos no contexto brasileiro e é composto primordialmente – e aqui de forma simplificada – por fiéis: católicos, protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais. Em menor número estão as outras religiões como as de matriz africana e afro-brasileira (dentre essas o candomblé e a umbanda), espiritismo, esoterismo, santo daime etc. Há também uma pequena parcela de judeus, muçulmanos e budistas. Um dado curioso e que carece de aprofundamentos, é que cresce o número de pessoas que se declaram sem religião. O Brasil, outrora de preponderância católica, vem apresentando mudanças no seu mapa das religiões, com crescimento numérico significativo de adeptos das religiões evangélicas – principalmente neopentecostais – e consequente queda do número de fiéis católicos e protestantes históricos.¹
Agora, segue um fato alarmante: no tocante às questões religiosas, somos considerados um país intolerante. Talvez você nunca tenha sentido na pele por fazer parte dos mais de 80%, da maioria cristã, que dificilmente sofrerá discriminação por professar o cristianismo em terras “cristãs”. No entanto, Alexandre Brasil Fonseca, sociólogo, analisando os dados do RIVIR (2011-2015) – Relatório sobre Intolerância e Violência Religiosa no Brasil – concluiu que a intolerância religiosa atinge a nossa população como um todo, sendo as religiões de matriz africanas as “que mais sofrem violações de seus direitos em relação a sua religiosidade.”² Se faz urgente então uma ação efetiva através da contribuição de todas as instâncias que compõem a sociedade para que esta realidade seja transforada e uma nova trama de relações inter-religiosas no amor fraternal, respeito e tolerância seja fomentada. Como parte deste desafio às relações na sociedade, fez-se necessária a escolha de um dia específico para nos alertar para uma causa tão importante: o dia 21 de janeiro, dia nacional de combate à intolerância religiosa.³
Não podemos repetir as guerras religiosas, a utilização do discurso religioso para a realização de práticas violentas, contrárias ao próprio “espírito” pacífico das religiões. O atual cenário brasileiro, de ressurgimento de radicalismos – incluindo o religioso – torna a questão ainda mais urgente: vidas sendo tiradas, pessoas humanas sendo agredidas verbal, física e psicologicamente; feridas em sua dignidade, seus horizontes de sentido estão sendo depredado, achincalhado e reduzido a nada; preconceitos sendo destilados, por vezes, em “nome de Deus”.
Sabendo que muitas dessas agressões são praticadas e fomentadas por líderes e representantes de instituições cristãs e por pessoas religiosas supostamente crentes em Jesus Cristo: Qual seria o embasamento bíblico-teológico que vem legitimando tais condutas e moldando tais mentalidades? Entendemos que há má interpretação das Escrituras Sagradas por trás dessa mentalidade nociva. É preciso lançar luz sobre esta escuridão com uma hermenêutica mais adequada. Para provocar a reflexão e o diálogo, apontaremos neste artigo um aspecto fundamental que compõe tal mentalidade excludente e que carece de nova análise teológica: a interpretação negativa da pluralidade cultural-religiosa. Seria teologicamente sustentável que a existência das outras religiões – não cristãs – estaria dentro do projeto de Deus? Defenderemos tal perspectiva a partir da contribuição do pensamento de grandes teólogos cristãos.
Nas Sagradas Escrituras judaico-cristãs, cultura e religião caminham entrelaçadas. O judaísmo e o cristianismo não foram configurados em um ambiente propenso ao diálogo, ainda que os dois tenham vivido em suas gêneses o desafio de estabelecer-se em meio ao contato com outras religiões.⁴ O primeiro, como povo eleito de Deus, defendia-se das ameaças dos outros povos pagãos e firmava-se com uma forte consciência identitária. No início, Israel era henoteísta, ou seja, cria em um só Deus, mas admitia a existência de outras divindades – ainda que não comparáveis a Iahweh.⁵ O cristianismo, porém, é herdeiro de um judaísmo monoteísta, outra etapa da religião de Israel:
No Dêutero-Isaías é que surgirão afirmações estritamente monoteístas, onde Javé é reconhecido como o Deus absolutamente único, expressando claramente pela primeira vez o universalismo religioso. Ao passar para o Deuteronômio, essa ideia monoteísta alcançou expressão firme e decidida: “Iahweh é o único Deus. Além dele não existe um outro!” (Dt 4,35).⁶
O teólogo José Maria Vigil propõe uma análise do nosso passado em relação ao tema do pluralismo religioso, para compreendermos de forma mais ampla a posição negativa que perdurou durante a maior parte da história da religião cristã.⁷
José Maria Vigil começa pela ideia depreciativa – segundo o seu julgamento – que, no contexto do Primeiro Testamento, a cultura judaica interpretou, a partir da sua relação com Iahweh, as divindades dos povos vizinhos de Israel, chamados de “ídolos”. Tais quais: “obras das mãos humanas”, “coisas mortas” (Sb 13,10), “nada” (Is 44,9), “vazio” (Jr 2,5; 16,19), “mentira” (Jr 10, 14; Am 2,4; Br 6,50), “demônios” (Dt 32,17; Br 4,7)”.⁸
Esta posição não pode ser vista como o panorama de toda a Escritura Sagrada, mas apresenta um ponto culminante no livro de Deuteronômio, que precisa ser lido dentro de seu contexto histórico-social, levando em consideração todas as limitações que nele estão contidas. Todo o contexto – de busca por legitimação e da criação da identidade de um povo, em meio ao iminente perigo de ser invadido ou dominado por nações mais estabelecidas – não pode ser desprezado para a compreensão deste discurso no Primeiro Testamento.
O cristianismo assumiu parte da herança religiosa do judaísmo, a comunidade primitiva de Jerusalém foi composta primeiramente por membros judeus, mas os conflitos internos começaram quando os primeiros não-judeus ingressaram na nova comunidade cristã:
A primeira grande disputa na primeira comunidade cristã não foi, portanto, em torno de dogmas como a filiação divina de Cristo ou a trindade de Deus, mas sim em torno da lei judaica: até que ponto se é obrigado a observá-la? Deverá ser ela obrigatória também para os fiéis cristãos que não eram judeus de nascimento, e sim pagãos?⁹
Percebe-se até aqui que desde o início o contato com as outras religiões fizeram parte do processo de construção do cristianismo. Além do judaísmo, soma-se a essa afirmativa a presença da religião politeísta do Império Romano. Porém, o cristianismo não percebeu muitos espaços para o diálogo com as outras religiões, mas para conversão e construção de uma Igreja. O cristianismo foi concebido como proclamação do Evangelho – Boa Notícia – e se espalhou no afã missionário de conversão global.¹⁰
Não podemos perder de vista o complicado contexto religioso e social no qual tiveram que sobreviver as primeiras comunidades cristãs: “As comunidades receptoras das tradições de Jesus travavam uma luta encarniçada para sobreviver num ambiente hostil à sua fé, com grau de oposição que crescia à medida que também expandiam seus limites”.¹¹
No princípio da Era cristã, a diversidade religiosa foi encarada como algo negativo, que não fazia parte do plano inicial de Deus para a humanidade. Por isso, no cristianismo, deu-se o esforço missionário que julgava-se em consonância com a ordenança bíblica expressa nas Escrituras Sagradas – no segundo Testamento exclusivamente cristão – (Mt 28,19-20) – que buscou converter o mundo à chamada religião verdadeira para a salvação dos infiéis, supostamente ignorantes ou perdidos, que estariam a caminho do sofrimento eterno sem o Cristo e, indesculpavelmente, sem professar a religião cristã.
Mesmo com as duas grandes divisões – com o Cisma do Oriente no século XI, cisão entre Roma e Constantinopla dividindo a Igreja entre Católica-Romana e Ortodoxa, e o Cisma do Ocidente no século XVI, ocasião da Reforma Protestante, que gerou os diversos seguimentos cristãos protestantes – o cristianismo continuou a expandir-se, “superando” as religiões não- cristãs através das colonizações e também de sua afirmação no território europeu, com a ajuda dos Estados nacionais formados na Europa, especialmente, Espanha e França, fiéis ao catolicismo, que auxiliaram na manutenção da cristandade ocidental. Por exemplo, na Península Ibérica houve conflito entre os árabes – de religião muçulmana – e os espanhóis católicos, que teve fim com a vitória espanhola definitiva e consequente expulsão dos árabes em 1492.¹²
Os movimentos oriundos dos séculos XV e XVI, respectivamente, o Humanismo e o Renascimento, contribuíram para uma nova visão sobre o ser humano, e consequentemente, sobre a religião.¹³ As grandes navegações do século XVI expandiram a oikoumene,¹⁴ colocando o cristianismo em contato com outras povos e suas religiões.¹⁵
É preciso destacar que, em grande parte, o contato entre as religiões no Mundo Antigo se dava de maneira sincrética, como ocorreu com a absorção dos deuses gregos na cultura romana. Assim, “no Mundo Antigo as coexistências religiosas quando muito se davam pelo sincretismo, numa absorção mútua das tradições religiosas que se interpenetravam e se influenciavam. Já na modernidade é preconizado o respeito ao espaço sagrado”.¹⁶
Cada vez mais cônscios da irreversível presença da diversidade religiosa na sociedade, da distância do afã missionário de conquista cristã de todo o mundo habitado, do conhecimento mais lúcido das riquezas presentes nas outras religiões e do avanço numérico de outras tradições religiosas no mundo nas últimas décadas – o crescimento significativo do número de fiéis muçulmanos por exemplo –, surge a necessidade e urgência de repensar a presença das outras experiências de fé, que simultaneamente habitam essa casa comum. Qual o significado do pluralismo religioso no plano de Deus?
Pensar uma teologia do pluralismo religioso ainda desperta muita resistência e desconforto na maior parte das grandes instituições religiosas. Entretanto, há grupos teológicos cristãos mais sensibilizados para com os desafios do pluralismo religioso e outros mais resistentes e críticos. A fundamentação dos opositores situa-se em torno de questões relativas à soteriologia, cristologia, eclesiologia e missiologia.¹⁷
No entanto, como observa o teólogo Faustino Teixeira, o pluralismo religioso sugere somente uma mudança de postura dos crentes pertencentes às grandes instituições religiosas tradicionais; despertando-os para o valor do acolhimento da diferença, o respeito à singularidade e especificidades de outras tradições religiosas.¹⁸
Não parece mais sustentável a ideia de que somente uma única tradição religiosa disponha de toda verdade sobre a vida e sobre Deus – que é infinito. Como assevera Faustino Teixeira, as tradições religiosas são fragmentos inacabados e contingenciais, em permanente caminho de aperfeiçoamento e abertura, sendo cada uma delas, portadoras de uma singularidade específica que permite um olhar inédito a respeito da realidade última.¹⁹
O teólogo Jaques Dupuis chama-nos ao arrependimento em relação aos posicionamentos exclusivistas – nossa má avaliação dos “outros” e preconceitos contra suas práticas de fé – que tivemos durante a história do cristianismo, na relação com os fiéis de outras tradições religiosas. O autor também reconhece a necessidade de repensarmos a fé cristã na vivência desse novo mundo: “pluriétnico, multicultural, multirreligioso”.²⁰
Para Faustino Teixeira, a acolhida do pluralismo religioso não significa uma violação da perspectiva cristã, na medida em que há no coração do cristianismo uma convocação à hospitalidade, cortesia e aceitação da alteridade. Nos lembra então do pensamento de Schillebeeckx acerca do tema: “A aceitação da diversidade das religiões está implicada na essência do cristianismo. […] A mensagem de Jesus não foi auto implicativa, mas uma mensagem aberta para o horizonte inusitado e mais amplo do mistério maior de Deus”.²¹
Sobretudo, para repensarmos a questão do pluralismo religioso a partir da tradição cristã, recorreremos ao renomado teólogo francês Claude Geffré, que chegou à seguinte conclusão: “a partir da nossa experiência histórica atual de um pluralismo religioso de fato, acreditamos poder concluir teologicamente por um pluralismo de princípio que corresponde a um misterioso projeto de Deus”.²²
A reflexão de Geffré parte da reinterpretação dos eventos de Babel e Pentecostes, narrados na Bíblia. Geffré lembra que no livro de Gênesis (Gn 10, 31-32) a multiplicidade das famílias da terra, a partilha de seus territórios e a variedade de línguas foi celebrada, contradizendo as interpretações da dispersão das línguas como punição divina em resposta ao orgulho humano. Segundo o teólogo, o que Deus condenou no episódio foi a ambição idólatra de colocar uma humanidade monolítica que se faria Deus no lugar do Deus único.²³
Portanto, Deus não condena – em Babel – a pluralidade das línguas, que, consequentemente, segundo Geffré, representa a pluralidades de culturas: “Ao contrário das cosmogonias pagãs, que consideram o múltiplo como uma queda, uma degradação, uma falta a ser reparada em relação a uma unidade original perdida, o Deus da Bíblia bendiz o múltiplo, como bendiz a condição humana em sua vivência histórica e carnal”.²⁴
Para que essa proposta de Deus seja adequadamente compreendida através das Sagradas Escrituras, Geffré sugere uma leitura mais ampla da eleição de Israel, contida totalmente na eleição de Abraão (Gn 12, 1-3), que vem logo em sequência ao insucesso da construção da Torre de Babel. O povo de Israel foi escolhido para ser depositário das promessas de salvação feitas por Deus para todos os povos da terra: de uma eleição particular para escolher a todos; de uma libertação particular, para uma salvação universal.
A pluralidade religiosa é então aceita e desejada por Deus? A realização da culminante revelação de Deus por meio de Jesus Cristo está preparada desde o Primeiro Testamento, no qual “as culturas estão colocadas a serviço da revelação do Deus de Abraão vivida na Aliança”.²⁵ Assim começamos a responder a essa questão, com suporte em Geffré.
A interpretação do evento do Pentecostes (Atos 2) arremata bem a questão. A diversidade é feita unidade pela ação do Espírito Santo, em consonância com o plano original de Deus: “com a efusão do Espírito do Ressuscitado em Pentecostes, a pluralidade das línguas e das culturas é necessária para traduzir a riqueza multiforme do Mistério de Deus”.²⁶
Vemos nesta proposta um caminho para o reconhecimento do pluralismo religioso como dado positivo, que abre a possibilidade de uma via para o real diálogo com as outras tradições religiosas e enriquecimento mútuo, sem absolutizar o cristianismo, e ao mesmo tempo, não caindo em um relativismo, pois mantém vivo o engajamento e compromisso com a verdade cristã. Há uma necessidade basilar de reinterpretação do pluralismo cultural-religioso à luz dos dois Testamentos, rechaçando interpretações fundamentalistas que fomentam uma batalha carnal e a hostilidade do desprezo ao outro religioso.
Se faz necessário então repensar a nossa fé – ou as nossas crenças. A prática da intolerância religiosa evidencia a nossa falha enquanto povo que crê: falta relevância à nossa fé, morta sem a boa prática: Falta-nos fé no Deus trino? No Espírito Santo que nos inspira e que prepara os corações para acolhê-lo livremente? No Cristo que amou a todos sem distinção?
Se nós – crentes de todas as religiões presentes no solo brasileiro – não nos perdoarmos pelo passado belicoso, não poderemos construir um novo futuro sem repetir o passado. Talvez, nosso testemunho como crentes tem sido bastante negativo. Será que nossas desavenças dão razão para o avanço do número de pessoas que não creem em nossa nação?
É preciso investir nossos esforços em uma reeducação para uma nova mentalidade e atitude inter-religiosa e, ao mesmo tempo, combater tais violações com o cumprimento das leis já existentes. A promoção da tolerância em tempos de radicalismos é um imperativo na sociedade contemporânea, para fugirmos dos perigos do passado antes descritos, que parecem nos assombrar em um ciclo sem fim. Faz-se necessário um fazer teológico engajado, criterioso e piedoso, capaz de nos impulsionar à prática do amor. O outro religioso deve ser o alvo, não de combate, mas sim de amor não fingido e graça. Que Deus nos ajude e conduza para um novo tempo em nossa história, até que o Amor seja tudo em todos.
*Chrystiano G. Ferraz é mestrando em Teologia pelo Programa de Pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), bacharel em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB/FABAT). E-mail: chrysferraz@hotmail.com.
1 Cf.: NERI, M. C. Novo mapa das religiões. Horizonte, Vol 9, Iss 23, Pp 637-673. 2011.
2 Fonseca, A. B., Primeiras análises dos dados do Relatório sobre Intolerância e Violência Religiosa no Brasil (2011-2015), p. 44-45.
3 Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007.
4 LIBÂNIO, J. B., Introdução. In: TEIXEIRA, F.(org.), O Diálogo Inter-religioso como afirmação da vida, p.11.
5 ULLOA, P. U., Del henoteísmo al monoteísmo, p. 89-90.
6 SILVA, J. M., O Cristianismo e o Pluralismo Religioso, p.130.
7 VIGIL, J. M., Teologia do Pluralismo Religioso, p. 35-38.
8 VIGIL, J. M., Teologia do Pluralismo Religioso, p. 36.
9 KÜNG, H., Religiões do mundo, p. 219.
10 LIBÂNIO, J. B., Introdução. In: TEIXEIRA, F.(org.), O Diálogo Inter-religioso como afirmação da vida, p.12.
11 AZEVEDO, S., Teologia das Religiões, p. 70.
12 DREHER, M. N., A Reforma e as reformas, p. 14.
13 DREHER, M. N., História do Povo de Jesus, p. 209-210.
14 Termo que designava o “mundo civilizado” ou que compreendia todo o “mundo habitado”.
15 DREHER, M. N., História do Povo de Jesus, p. 336.
16 DUSILEK, S. R. G., A Atualidade do Conceito de Tolerância em John Locke, p. 412.
17 TEIXEIRA, F., Teologia e Pluralismo Religioso, p.164.
18 TEIXEIRA, F., Teologia e Pluralismo Religioso, p.164.
19 TEIXEIRA, F., Teologia e Pluralismo Religioso, p. 155.
20 DUPUIS, J. O Cristianismo e as Religiões, p. 19.
21 SCHILLEBEECKX, E., Umanità. La storia di Dio. Apud: TEIXEIRA, F., Teologia e Pluralismo Religioso, p.165.
22 GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.120.
23 GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.119.
24 GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.119.
25 GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.120.
26 GEFFRÉ, C., O lugar das religiões no plano da salvação, p.120.
Referências bibliográficas:
AZEVEDO, Silvio Murilo. Teologia das Religiões: rumo a um inclusivismo bíblico. Editora Clube de autores, 2015.
DREHER, Martin Norberto. A Reforma e as reformas. IHU-online, nº 514, ano XVII, 30/10/2017.
DREHER, Martin Norberto. História do Povo de Jesus. Uma leitura latino-americana. 01. ed. São Leopoldo: Editora Sinodal, 2013. v. 01. 520p.
DUPUIS, Jaques. O Cristianismo e as Religiões: do desencontro ao encontro; São Paulo: Loyola, 2004.
DUSILEK, Sérgio Ricardo Gonçalves. A Atualidade do Conceito de Tolerância em John Locke. Paralellus, Recife, v. 7, n. 16, set./dez. 2016, p. 411-423.
FONSECA, Alexandre Brasil. Primeiras análises dos dados do Relatório sobre Intolerância e Violência Religiosa no Brasil (2011-2015). In: MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS “SECRETARIA NACIONAL DE CIDADANIA”. Estado Laico, intolerância e diversidade religiosa no Brasil: Pesquisas, reflexões e debates, 2018. p. 22-47.
GEFFRÉ, Claude. O lugar das religiões no plano da salvação. In: TEIXEIRA, F.(org.), O Diálogo Inter-religioso como afirmação da vida, p.111-138.
KÜNG, Hans. Religiões do mundo: em busca de pontos comuns. [Tradução de Carlos Almeida Pereira]. Campinas: Verus, 2004.
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TEIXEIRA, Faustino. Teologia e Pluralismo Religioso. São Bernardo do Campo-SP: Nhanduti, 2012.
ULLOA, Pablo Uribe. Del henoteísmo al monoteísmo: La experiencia religiosa del antiguo
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VIGIL, José Maria. Teologia do Pluralismo Religioso: para uma releitura pluralista do cristianismo. [tradução de Maria Paula Rodrigues]. – São Paulo: Paulus, 2006.
Irmão em Cristo
Eu penso que todas as pessoas devem pregar um convívio saudável (Hebreus 12:14), como afirma o texto, independentemente de suas religiões. No entanto, há dois fatos a considerar:
1- nem toda religião é pacífica (Sura 9:5 – Corão);
2- a Palavra de Deus não mente e a “verdade” dos teólogos nem sempre é verdade (João 17:17).
Se alguém se diz cristão e afirma que a verdade das escrituras “não é bem assim” (Mateus 5:17-18, Romanos 3:31), mas que certo está o teólogo “A” ou o teólogo “B”, deve voltar aonde caiu e se arrepender, ou assumir que não é um cristão, mas um “simpatizante” e arcar com as consequências eternas.
Em nome do “politicamente correto” muitos cristãos negam a Verdade, a Palavra (Jesus).
Todos os caminhos levam a Deus (juízo), mas só há um caminho para o Pai (salvação), a saber: JESUS (João 14:6). Vale lembrar que a VERDADE sempre gerou perseguição, inclusive ao próprio Cristo. Já os “cristãos” de hoje mais parecem “amigos do mundo”, e buscam seus próprios interesses. E também que Jesus reinará sobre todas as nações e ensinará sobre a Lei (Isaías 2:3).
Obs.: Não sou contra teologia e/ou teólogos, mas contra sofismas. Não estou aqui para debates teológicos (Tito 3:9), portanto preservarei meus dados.
Shalom!
Jorge Guimaraes
Uma ótima reflexão!
Concordo de maneira geral com as colocações. Mas não acredito que um jovem “crente”, no Rio de Janeiro, não tenha experimentado o escárnio de outras confissões, ou daqueles que são desprovidos da fé não material.
Talvez ele seja muito mais jovem e por isso não tenha ouvido as expressões: seu bíblia, tonto religioso, ovelinha do pastor. Estou sendo leve nos exemplos.
Todas estas sempre com intuito de diminuir, humilhar e ofender aqueles que não eram católicos, pois estes, pelo menos não eram otarios de dar dinheiro para o pastor.
Os meios de comunicação ajudavam a reforçar este estigma em suas programações. Evangelicos…? Estes apenas mostrados como figuras caricatas de líderes da teologia da prosperidade.
Mas gosto de pensar em como as brigas entre as diferentes confissões e suas ramificações realmente afastaram os incrédulos, ou mesmo os crédulos. Isto sim, deve ser um tema na qual tenhamos que nos debruçar e buscar convergir para que a Fé seja revelada em nossas atitudes.