Missão mundial

quinta-feira

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações”. (Mateus 28.18-19)

É importante observar que a Grande Comissão para ir e fazer discípulos de todas as nações tem origem na ressurreição. Somente depois de ter ressuscitado foi que Jesus pôde afirmar sua autoridade universal e exercê-la, enviando seus discípulos ao mundo. Foi a ressurreição que fez a diferença.  

Essa é a tese de Johannes Blauw, ex-secretário do Concílio Missionário da Holanda, em seu livro The Missionary Nature of the Church [A natureza missionária da igreja]. Ele salienta que no Antigo Testamento a visão dos profetas em relação aos últimos dias era a de uma peregrinação das nações a Jerusalém, pois o monte Sião seria exaltado sobre todos os montes e todas as nações afluiriam até ele como um rio.  

No Novo Testamento, no entanto, a direção é oposta. A “consciência mis­sionária centrípeta” dos profetas é substituída por uma “atividade missionária centrífuga”. Ou seja, ao invés de as nações afluírem à igreja, agora a igreja vai às nações. E qual foi o divisor de águas? A ressurreição. O Senhor e Cristo ressuscitado, que pôde reivindicar sua autoridade universal, pôde exercer sua autoridade ao ordenar aos seus discípulos que fossem. “Missão” – conclui Blauw – “é a convocação do senhorio de Cristo”.  

A relação essencial entre a autoridade universal de Jesus e a responsabi­lidade universal da igreja permeia a Escritura. Por exemplo, a encontramos em Daniel 7, em que o Filho do Homem recebe autoridade, de modo que todas as nações o adorarão. Também a identificamos em Filipenses 2.9-11, que afirma que Deus exaltou Jesus e lhe deu o nome que está acima de todo nome, a mais alta posição, para que todo joelho se dobre diante dele e toda língua confesse que ele é o Senhor. Se Deus quer homenagens universais ao Senhor ressurreto, nós também devemos querer.

Para saber mais: Mateus 28.16-20

 

>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

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