Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros. (1 João 1.7)
Se a primeira marca de uma igreja viva é o estudo, a segunda é a comunhão, e focaremos nesse assunto hoje e amanhã. “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão” (At 2.42). Essa é a famosa palavra grega koinonia, que expressa nossa vida cristã em comum, aquilo que compartilhamos como cristãos. Ela diz respeito a duas verdades complementares: aquilo de que fazemos parte e aquilo que oferecemos.
Primeiro, koinonia expressa aquilo que compartilhamos juntos, especialmente a graça de Deus. “Nossa comunhão”, escreveu o apóstolo João, “é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1Jo 1.3); o apóstolo Paulo acrescentou: “E a comunhão do Espírito Santo” (2Co 13.14). Assim, a comunhão autêntica é uma comunhão trinitariana, nossa participação comum na comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Muitos fatores nos separam – etnia, nacionalidade, cultura, gênero e idade – mas estamos unidos por termos o mesmo Pai, o mesmo Salvador e Senhor e o mesmo Espírito que em nós habita. É a nossa participação comum nele e em sua graça que nos faz um.
Segundo, koinonia expressa também tudo aquilo que oferecemos juntos. Paulo usou a palavra koinonia para se referir à coleta que estava organizando entre as igrejas gregas em benefício das igrejas necessitadas da Judeia. Além disso, o adjetivo koinonikos significa “generoso”.
É neste aspecto da palavra que Lucas se concentra: Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Atos 2.44-45
Esses versículos são muito perturbadores. Temos a tendência de passar adiante rapidamente, a fim de evitar o desafio que eles suscitam em nós. Iremos examiná-los amanhã.
Para saber mais: Atos 4.32-35
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
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