Graça e verdade

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Efésios 2.1-8

“Mas”, alguém pergunta, “esta questão da graça é algo imposto à vida pela religião ou é inerente à própria vida?”

Se a fé cristã fosse algo imposto em vez de algo inerente, então, é claro, não poderíamos aceitá-la. Mas o evangelho diz que a graça está enraizada na realidade: “Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade […] a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo” (Jo 1.14, 17). Aqui, “a graça e a verdade” estão conectadas. A graça é parte integrante da estrutura da verdade? Sim. Se a graça existisse apenas em certos capítulos da vida, em vez de estar tecida na trama da vida, então seria precária.

Jesus “trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho” (2Tm 1.10). A vida e a imortalidade eram inerentes à natureza da realidade, mas foram “trazidas” à luz, erguidas da natureza das coisas, explicitadas onde estavam encobertas. Cristo trouxe-as à luz em sua própria pessoa. Assim ele trouxe a graça à luz, novamente, em sua própria pessoa. “Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus” (2Tm 1.9-10). Essa graça foi dada “desde os tempos eternos”. Foi escrita na estrutura da verdade, mas também foi “revelada” pela manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Jesus que revelou a natureza da verdade e, nessa verdade, a coisa mais bela revelada é a graça.

Podemos ver indicações e manifestações dessa graça em meio às leis da natureza. Os pássaros, pai e mãe, emagrecem na busca de alimentos para os seus filhotes e se sacrificam sem hesitar para salvá-los.

Uma mãe desce ao vale da sombra da morte para trazer seu filho ao mundo e, depois, fará tudo que o amor pode fazer por esse filho. Vemos graça em cientistas que se infectam com germes de doenças para encontrar uma maneira de salvar outras pessoas do perigo dessas moléstias. A vida funciona nesse espírito. Alguém perguntou a um bom capelão como ele havia alcançado sucesso. Ele apontou para a cruz em sua lapela, dizendo: “Eu trabalho por esta cruz, não por isto”, apontando depois para a insígnia militar em seu ombro. Ele trabalhava pelo amor, não pela lei.

Ó Cristo, sei que o teu poder sobre mim é o poder da graça, porque em ti caio de joelhos por amor. Posso enfrentar a lei, mas me derreto diante da graça. Acho-te irresistível – pois o amor fica por detrás da minha armadura, e me sinto desarmado diante dele. Estou feliz por ser conquistado pelo amor. Amém. 

Afirmação do dia: Hoje, a graça de Deus para comigo me tornará gracioso para com os outros.

 

>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.

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