As Crônicas de Nárnia | Filmagens de novo longa devem começar em novembro
Release da Sony oficializa o começo da produção
04/07/2017 – 20:25 – CAMILA SOUSA
O release cita o já anunciado diretor Joe Johnston (Capitão América: o Primeiro Vingador) e confirma nomes como o designer de produção Andy Nicholson (Gravidade), o compositor Thomas Newman (007 – Operação Skyfall) e a designer Jacqueline West (O Regresso). David Magee (As Aventuras de Pi) cuida do roteiro e Mark Gordon (Steve Jobs) vai produzir.
Já as filmagens devem acontecer por cinco meses, em locações na Nova Zelândia e nos estúdios de Henderson Valley. Não há informações sobre o elenco.
Quarto livro da série criada por C.S. Lewis, e o primeiro sem a presença dos irmãos Pevensie, A Cadeira de Prata se passa 70 anos depois de A Viagem do Peregrino da Alvorada no tempo de Nárnia, o que permite a entrada de um novo elenco. Na trama, Eustáquio volta a Nárnia na companhia de sua amiga Jill Pole.
Por enquanto não há data de lançamento. O longa mais recente da franquia é A Viagem do Peregrino da Alvorada, que chegou aos cinemas em 2010 e arrecadou US$ 415 milhões na bilheteria mundial.
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Fonte: Omelete
EDUARDO
Traidor leal e devotado? Herói? Traição e fanatismo é o centro do novo romance do Israelense, Amos Oz. Nada a ver com Joaquim Silvério dos Reis (herói), bem como Tiradentes, (traidor), segundo o Portugal da época, e nem com Prudêncio em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, uma vez alforriado, compra um escravo e espanca-o impiedosamente.
O protagonista do romance é Shmuel Asch, estudante que decide abandonar sua pesquisa sobre a evolução da figura de Jesus sob a ótica dos judeus. Em busca de teto e emprego, ele aceita cuidar de um velho em Jerusalém onde também mora Atalia. Em meio a discussões filosóficas e revelações históricas, a dupla o inicia nas cicatrizes da história de Israel, repletas de traidores. Muitos deles poderiam ter mudado a violência na região se tivessem sido mais bem compreendidos. Paralelamente à trama, Oz desenvolve uma tese polêmica. O livro subverte a imagem do Judas bíblico: em vez do traidor, ele seria o mais fiel de todos os discípulos. A ideia pode enfurecer cristãos e judeus, mas o objetivo é outro. https://oglobo.globo.com/cultura/livros/no-recem-lancado-judas-amos-oz-subverte-imagem-do-personagem-biblico-14573136
• Imaginem a história escrita pelos vencidos: o que seria do protestantismo se os vitoriosos tivessem sido as Testemunhas de Jeová?
• Digamos que a intenção de Judas fosse abrir a visão de Jesus, não trai-lo, mudar suas ideias como Pedro tentou: vendo que Jesus foi crucificado e seu reino fracassado, Judas desesperou-se e suicidou-se.
• Imaginem se o Vaticano tivesse vencido, Lutero teria sido varrido da história.
• Se a esposa de Simonton não tivesse morrido logo que chegaram, ou ele se convencesse de que imprensa, educação, presbitério e evangelização fossem trocados pelo pentecostalismo de Azusa Street.
• Se Jesus tivesse sido aceito pelos judeus, a história do cristianismo não teria sido outra? Paulo seria irrelevante.
• Se a tietagem teológica do Supremo Concílio da IPB, contra Rubem Alves vingasse funcionasse, Elben jamais poderia chama-lo, de “querido… teólogo”.
• Imaginem se a expressão “filho da perdição”, não fosse aplicado a Judas? Ou se Judas tivesse convencido Jesus?
Nunca entendi por que o ‘protestante’ adotou essa palavra tão negativa, e com ela um dicionário inteiro de expressões teológicas que em vez de aglutinar, divide?
• ‘Protestante’ e ‘reformado’ não parecem nome feio? Nem ‘crente’ serve mais. E ‘reformado’, então?
• Edir Macedo, perspicaz e esperto, há 40 anos adotou ‘universal’ para ‘católico’, o mesmo da maior denominação cristã.
Nunca entendi por que dividindo como ameba, o ‘protestante’ produziu a maior soma de catecismos/profissões jamais vista na história das religiões, onde o apelo à ‘paz’, ao amor, e à ‘unidade’, gera desunião. O ‘protestantismo’ nasceu dividido.
Outubro fecha os 500 anos de saudosismo protestante por um passado que não volta. O protestante sempre acha que a história sopra a seu favor. Ele nunca aceita que história é uma construção. Sempre se acha vencedor.
• E se Judas tivesse sido o herói, pergunta Oz? E se a história contada pelo vencido fosse a narrativa verdadeira?
• Judas herói até como ficção dá calafrios e gera confusão conceitual entre lealdade e traição.
Em Oz, Judas é o veículo a contar uma narrativa onde o traidor seria teologicamente o vencedor, tal qual C. S. Lewis fez ao usar os mitos nórdicos (falsos) como veículo para retratar o cristianismo (verdadeiro).
Mas ninguém critica Lewis por esse viés simbólico, de buscar em mitos falsos a realidade do vitorioso. Agora, imaginem se Lewis não tivesse convertido…