O Palavrantiga está de volta, depois de um recesso. Comemora em 2018, com turnê pelo país, os 10 anos desde o lançamento do primeiro “EP Palavrantiga – Volume 1”, que seria a prévia do seu primeiro CD “Esperar é Caminhar”. A novidade é que o grupo reaparece com nova formação. Do quarteto original permanecem o band leader Marcos Almeida (voz e guitarra) e Felipe Vieira (baixo). Somam-se agora, Gabriel Vicente (guitarra), Raysllan Naydel (bateria) e Johnny Essi (teclado). No show relembram os sucessos dos três primeiros álbuns e apresentam a primeira gravação dessa nova fase, “Toda vez que você me vê”.

Marcos Almeida falou sobre essa nova fase:

NOVOS ACORDES: Por que o Palavrantiga parou por um tempo?

MARCOS ALMEIDA: O meu primeiro sabático foi determinante. Mas, é importante lembrar que o grupo teve total autonomia para seguir adiante ou não. Depois de algumas experiências no sentido de acolher um novo vocalista, o grupo estacionou, sem conseguir ambiente para criar.

 

NA: O que levou a banda retomar a um novo projeto e aos palcos?

MA: Certamente a boa e perfeita vontade do nosso Senhor, que nos conduziu por um processo nada romântico, inédito e muito intenso. Esse retorno deve-se muito ao Felipe Vieira, nosso baixista, sua fé e persistência fez toda diferença. A história começa assim. No final de 2016 o Mauro Henrique do Oficina G3 me ligou e no meio da conversa apresentou uma idéia inesperada: “Por quê o Palavrantiga não volta para uma turnê pontual, sem aquele peso continuo da estrada, um revival em teatros pelo Brasil?” Na época ele estava muito empolgado com seu Loop Session Friends, uma experiência muito bonita compartilhada em mais de 30 palcos brasileiros. Seu testemunho me tomou de várias maneiras, despertando muitos sentimentos, sonhos que já estavam adormecidos. Mas a única resposta que consegui dar foi “vou pensar, orar e procurar os meninos, procurar conselho. Quem sabe não seja um formato interessante?” Mas, disse a ele, “não acredito que a viabilidade venha antes da amizade, nem muito mesmo, antes da identidade. Preciso saber como anda a caminhada e o sonho de cada um, se ainda creem na vocação da banda, se a paixão continua acesa”. E assim foi. Então, no desenrolar de 2017, à medida que nos reencontrávamos, atualizando a vida e pensando nisso, fomos entendendo melhor o que seria esse retorno. Até que dois integrantes da primeira formação decidiram não seguir a diante com o projeto que exigiria uma dedicação muito grande de todos, resolvendo se dedicar aos empreendimentos outros que estavam tocando na época. Mas, nos liberaram, a mim e ao Felipe, para buscarmos o novo para o Palavrantiga. No final de 2017 anunciamos o retorno da banda em nova formação, contando agora com cinco integrantes. Uma história linda de reinvenção e permanência, que têm inspirado a muitos sobre o poder da ressureição!

 

NA: Qual é a sensação de voltar com o grupo depois de um tempo sozinho nos palcos?

MA: Tem sido muito forte. Os amigos do reggae chamam isso de energia ou vibe. Os pentecostais de unção e presença do Espírito. Fato é que alguma coisa acontece na comunhão espiritual e musical do grupo. É o rock nacional tecido na Presença, entre os nós da relação, tecido na Esperança. É como se pudéssemos, pelo menos durante duas horas em cima do palco, mudar o mundo! E acho que é um pouco disso. Pelo menos já não somos os mesmos desde que o Palavrantiga voltou. É tudo novo de novo!

 

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