Ajudando pessoas com o mesmo consolo que Deus me deu
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos consola em nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que somos consolados por Deus” (2Co 1. 3, 4).
O Meu Lugar no Mundo
O versículo de 2 Coríntios diz muito sobre a história do meu chamado desde o início. Tive uma infância normal e feliz até os 10 anos, quando passei pelo momento mais difícil, ao perder meu pai devido a um AVC. Entrei num processo de luto muito difícil de superar, desenvolvendo muitos problemas emocionais e necessitando da ajuda de conselheiras que me fizeram entender sobre os propósitos de Deus em meio às nossas tristezas.
Assim, bem cedo também, acabei me desenvolvendo na área de aconselhamento para ajudar pessoas, e decidi cursar psicologia aos 21 anos, para usar a minha profissão como ministério na igreja, entendendo que Deus tinha um chamado pra mim.
Anos depois, atuando na minha área de formação, comecei a sentir um total desânimo em relação ao meu trabalho, porém, ao fazer a mesma coisa na igreja sentia-me muito realizada e feliz. Sem entender, orei e ouvi Deus me dizer que não havia me formado para o trabalho secular, mas, para o seu próprio Reino e que eu devia me preparar, pois estava chegando o momento em que Ele me pediria para renunciar tudo.
O momento de renúncia sobre o qual Deus me falou enquanto eu orava chegou aos 31 anos, quando comecei a sonhar intensamente em conhecer a Cristolândia, projeto dos batistas brasileiros que resgata e ressocializa pessoas em situação de vulnerabilidade social, em sua maioria, dependentes químicos vindos da rua.
Esse chamado queimou dentro de mim de forma irremediável, com um amor muito forte pela vida dessas pessoas. Em 2018, já com 32 anos não tive dúvidas, completamente segura de que estava indo rumo ao “meu lugar no mundo”, quer dizer, “meu lugar no Reino”, persegui a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, deixando tudo o que eu tinha no interior do Maranhão – família, igreja, trabalho, carreira e amigos – para realizar o sonho de viver para levar salvação e colaborar para a transformação de vidas.
Hoje, quase sete anos depois de dizer sim a esse chamado que me arrebatou a alma, trabalho na gestão da Cristolândia Parelheiros em São Paulo, junto com o meu esposo, o missionário Alex Tristão, com quem Deus me abençoou quando eu já estava no campo missionário, e com quem sou casada há quatro anos. Alex foi resgatado das ruas há quase nove anos e é fruto do projeto Cristolândia.
Juntos, temos a felicidade de ver e fazer parte de muitos milagres, vidas salvas e transformadas por Jesus, filhos voltando para os pais, pais e mães para os filhos, enfim, vida em abundância chegando aos vales de ossos secos onde imperava a destruição causada pelas drogas.
Sim, hoje sou realizada por poder ajudar pessoas e famílias em sua tribulação, com o mesmo consolo que Deus me deu.
- Rafaella Bonfim Tristão, casada com Alex, é gestora na Cristolândia Parelheiros em São Paulo, SP – um projeto da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira.
REVISTA ULTIMATO – BÍBLIA: REVELAÇÃO E LITERATURA
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