Missão implica a proclamação do Evangelho não apenas em atenção à agenda dos templos, mas principalmente em consonância com a efervescência das ruas
O que disseram da Ultimato nos seus 54 anos
Por Ed René Kivitz
Minha história com Ultimato é antiga, desde os tempos quando cheguei no seminário, a Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Eram os primeiros anos da década de 1980, quando o Brasil vivia a os dias das Diretas Já e a luta pela redemocratização do país. Na pauta estavam os debates a respeito da Teologia da Libertação e os diálogos entre teologia e ideologia eram intensos. Nas páginas da Ultimato encontrei orientação segura para a minha reflexão teológica, e descobri que a missão da igreja implicava a proclamação do evangelho não apenas em atenção à agenda dos templos, mas principalmente em consonância com a efervescência das ruas. Os artigos de Robinson Cavalcanti apontavam um norte seguro, costurando de maneira lúcida e precisa a melhor herança da teologia protestante em conversa com as ciências sociais, oferecendo respostas bíblicas para as perguntas contemporâneas. Nas páginas da Ultimato aprendi muita coisa, inclusive e principalmente um jeito de fazer teologia. Uma tradição rabínica diz que na data do aniversário celebramos “o dia quando Deus decidiu que o mundo não poderia existir sem você“. Com muita alegria celebro hoje a feliz coincidência de aniversariar junto com a Ultimato: 13 de janeiro é um dia de gratidão a Deus não apenas pela sublime experiência de existir, como também pelo encontro com Ultimato.
Ed René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, SP. É mestre em ciências da religião e autor de, entre outros, O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia. facebook.com/edrenekivitz.