Fundador e líder do ministério JV na Estrada, que trabalha em congressos e acampamentos com recreação, teatro e preleção, Marcos Botelho também é pastor, missionário, artista e palhaço.

Hoje pastor na Comunidade da Vila, em São Paulo, ele é casado com a Naty, pai do Daniel e da Mariana, que acabou de chegar. Também é idealizador do festival Rock no Vale e fundador do ministério Terra dos Palhaços Brasil, vinculado ao Jovens da Verdade e à Mocidade Para Cristo (MPC).

Autor dos livros Vida Cristã Fora da Caixa e Ontem Esponja, Amanhã Peneira, Marcos Botelho é o convidado da vez do Na Varanda com o Autor:

 

Marcos na primeira edição do Rock no Vale, há cinco anos.

Alguma pessoa ou livro, em especial, influenciou sua aproximação da leitura e da escrita?

Uma pessoa me influenciou muito, Tim Keller. Na vinda dele ao Brasil em 2004, eu já tinha cursado o seminário, já tinha pós-graduação em teologia urbana, mas quando percebi a hermenêutica que ele fazia, inspirada em Lutero, de enxergar Cristo como chave hermenêutica de interpretação bíblica, isso mudou meu jeito de ler a Bíblia. Comecei a revisitar e reler os textos, e isso mudou meu jeito de pregar.

Quando a inspiração para escrever não vem…

Eu escrevo. A disciplina é a maior inspiração para escrever. Você tem que sentar e começar. Uma hora ou outra, vem. Você tem que pesquisar, ler, ouvir sobre o assunto que quer abordar, e sentar para escrever.

O que os adultos devem ler para as crianças?

Parábolas, elas têm um poder incrível. Elas têm uma interpretação só, senão caem em alegorias. E esse é o poder das parábolas, conter uma lição. A dica é: toda vez que for contar uma história bíblica para crianças, tentar focar em uma aplicação, uma lição espiritual só.

Que conselho você gostaria de ter recebido na sua juventude?

Eu tive esse conselho. De que, acima de tudo, se apaixone por Jesus, ame a Jesus, e siga Jesus. Jesus é a chave de toda a vida, de tudo que foi criado, de toda vocação. Graças a Deus tive pais e professores que me ensinaram isso, e sei que foi a maior lição que tive na juventude.

Com a esposa Naty e os filhos Daniel e Mariana.

Como você lida com o envelhecer?

Envelhecer não é fácil. É engraçado, quando você passa dos 30, quer comemorar o aniversário cada vez menos e comemorar mais os dias que não são aniversário. Eu vivo e tento não pensar muito no envelhecer, porque me traz muita tristeza saber que está cada vez mais perto o dia que vou perder meus pais, o dia que vou perder amigos próximos, ou até mesmo o dia que eu vou embora. Não sei se esse é um sentimento certo ou errado, já que isso também é bom, porque vamos estar com Deus. Mas envelhecer, pelo menos para mim, não é tão simples assim. Então tento viver cada dia no agora e não pensar muito no quão velhos estamos.

O que mais o anima e o que mais o incomoda no meio evangélico?

O que mais me anima é ver igrejas missionais, gente se doando pela causa, pelo próximo, para trazer amor, cuidado e justiça ao nosso país. Em resumo, o que me anima é a proclamação do evangelho, o cumprimento da Grande Comissão.

O que mais me desanima é a politização da igreja hoje. Nós vivemos uma religião que está tomando conta do país, fazendo alianças espúrias. O jeito como os evangélicos entraram na política foi o pior possível.

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