Vocare 2018 encerra com jovens encorajados e comprometidos com suas vocações
// ESPECIAL VOCARE 2018
Cerca de mil jovens de diversos estados de todas as regiões do país participaram do Vocare 2018, que aconteceu em Maringá, PR, e encerrou neste domingo, 03/06.
Por causa do cenário nacional conturbado com a greve dos caminhoneiros na semana que antecedeu o evento, a equipe executiva iniciou o congresso com incertezas quanto à participação do público. Rodrigo Gomes, coordenador geral, fez sua avaliação do Vocare 2018: “O último mês foi um período muito tenso porque percebemos que se a gente não colocasse o joelho no chão, em oração, o negócio não aconteceria. Só levamos em frente a decisão de fazer o evento porque Deus estava mandando a gente fazer. Começamos o congresso esperando o pior cenário, sabendo que se viessem apenas cem ou duzentas pessoas, íamos fazer do mesmo jeito porque Deus estava mandando a gente fazer.”
Apesar do receio da coordenação, o congresso surpreendeu. Entre os participantes estavam representantes dos segmentos menos evangelizados do país. Cerca de quinze surdos, vindos de Brasília e São Paulo, marcaram presença no evento, junto com o pastor Fábio Vedoato, presidente Nacional da Associação de Obreiros Surdos. De Dourados, MS, junto com Daniel Poquiviqui, indígena Terena e integrante do Conplei, vieram cinco jovens indígenas, que ajudaram na realização da vivência missionária. Pessoas de outros países que estão no Brasil em situação de refúgio também estiveram presentes no congresso.
Enviados para que todos os povos participem da mesa de Jesus
Com uma programação extensa e intensa, com painéis, mais de quarenta oficinas, pequenos grupos, maratona de leitura bíblica, vivência missionária e outras diversas atividades, a última noite do Vocare foi um dos pontos altos do congresso. Inspirados pelo testemunho de um jovem brasileiro e um missionário de carreira, ambos com atuação na China, os participantes foram encorajados a assumirem suas vocações.
Três momentos especiais marcaram a programação de sábado à noite. Após a coordenação da equipe Vocare orar por jovens que estão se preparando para partir rumo ao campo missionário transcultural ainda em 2018, uma mesa foi posta para a celebração da Santa Ceia. Antes que os participantes comessem o pão e tomassem o cálice, pessoas representando grupos não evangelizados se levantaram na plateia reivindicando que ainda há milhões de pessoas que precisam ouvir o evangelho para poder terem o privilégio de participar da mesa de Jesus. A noite encerrou com muitos jovens indo em frente ao palco, em resposta ao “apelo missionário”, para orarem juntos confirmando seu desejo em aceitar e cumprir a vontade de Deus para suas vidas. “O que mais me marcou foi a noite de sábado, quando 182 jovens oraram se comprometendo para que o evangelho chegue a todos os povos. Para nós, esse é um dos maiores frutos do Vocare: ver jovens desafiados e querendo viver sua vocação em Cristo”, destacou Rodrigo Gomes.
No domingo pela manhã, dois testemunhos impactaram os participantes. Jetro Coutinho, um jovem de 27 anos, estudou dois anos para passar em uma prova com vinte matérias e se tornar Auditor do Tribunal de Contas da União. “Minha vocação é lutar contra a corrupção. Eu quero devolver para a nação muito mais que ela me paga como salário”, afirmou Coutinho, que em uma ação conseguiu devolver 250 milhões reais aos cofres da União. Samir Rocha, missionário que atua em um país em que há restrição religiosa, desafiou os jovens a estarem dispostos a sofrer no cumprimento de sua vocação: “O que é seguir a Jesus? É ir onde ele for. Jesus sofreu e foi para a cruz. Você está disposto a sofrer pela glória de Deus? Sofrer pela glória de Deus é um privilégio, uma honra.”, enfatizou o missionário.
O congresso encerrou com o resultado do VocLab, uma iniciativa do Movimento Vocare que premia projetos que querem mudar o mundo. Dentre os três finalistas o vencedor foi o Open Taste. O projeto consiste em fornecer espaço e estrutura adequada, assessoria de marketing, para que chefes imigrantes e refugiados possam preparar e vender pratos típicos de seus países.