Paciência no sofrimento
[500 Anos da Reforma]
Por Martinho Lutero
Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja. [Colossenses 1.24]
Os cristãos devem saber que não serão poupados do sofrimento e que tal sofrimento deve ser digno de ser assim chamado. Ele realmente nos ferir e abater, como acontece quando nossas posses, corpos e vidas são ameaçados. Nós precisamos senti-lo de verdade, pois se não machucasse, não seria sofrimento. Além do mais, não podemos escolher, como algumas pessoas fazem, o nosso próprio sofrimento. Ele deve ser do tipo que o Maligno ou o mundo envia a nós. Gostaríamos de ser poupados dele, se possível. Então, precisamos estar firmes e nos reconciliar com esse sofrimento. Como já disse anteriormente, precisamos sofrer para nos tornarmos mais parecidos com Cristo. Não existe outra maneira. Todos enfrentarão a cruz de Cristo e o sofrimento.
Se você sabe disso, então sofrer é mais fácil e mais suportável. Você pode se confortar dizendo: “Bem, se eu quero ser um cristão, devo vestir a camisa. Nosso querido Cristo não distribui outras vestes para quem está do seu lado. Devo suportar esse sofrimento”.
O mesmo não acontece com pessoas que insistem em escolher a sua própria cruz. Ao invés de se confortarem, elas se tornam aflitas e lutam contra isso. Que comportamento louvável! Porém, elas criticam a forma como ensinamos sobre o sofrimento, como se fossem as únicas que pudessem ensinar como lidar com eles. Ainda assim, ensinamos que nenhum de nós deve escolher seu próprio sofrimento. Entretanto, quando a cruz vem, devemos carregá-la e suportá-la pacientemente.