Quando a vida não funciona
[500 Anos da Reforma]
Por Martinho Lutero
Então Isaque despediu Jacó e este foi a Padã-Arã, a Labão, filho do arameu Betuel, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e Esaú. [Gênesis 28.5]
Jacó esperou muitos anos pela bênção prometida e, depois de recebê-la, teve de ir para o exílio. Ele foi forçado a deixar os seus queridos pais, e estes foram separados do seu amado filho por um longo tempo. À primeira vista, pode-se pensar que isso não era tão ruim. Mas é muito difícil para qualquer pessoa deixar o pai e a mãe, uma herança e um ambiente confortável e fugir em miséria e pobreza.
Esse é um exemplo maravilhoso que nos mostra como Deus trabalha. Ele requer que confiemos em suas palavras e em suas promessas até mesmo quando o oposto dessas promessas estiver acontecendo conosco. Jacó obteve a bênção prometida, mas precisou agarrar-se a ela por meio da fé e não duvidar do que não podia ver. Jacó nada tinha a não ser um cajado na mão e um pedaço de pão na sacola. Ele estava pobre, sozinho e exilado, mas confiava nas promessas de Deus. O exemplo de Jacó nos ensina a viver pela fé. Devemos crer em Deus quando ele promete nos amar e nos proteger, cuidar de nós e nos ouvir, mesmo que não possamos ver isso acontecendo.
Essa história foi escrita como um exemplo para nós. Devemos aprender a confiar na Palavra visível do nosso invisível e incrível Deus. Pelo fato de Deus não mentir nem nos enganar, esperamos com confiança e paciência que ele cumpra sua promessa. Isso é difícil para nós porque estamos acostumados a coisas que podemos tocar, ver ou sentir. Precisamos aprender a abandonar o que podemos experimentar apenas com nossos sentidos e viver de acordo com o que é invisível.