Evangélicos: estamos divididos ou somos desequilibrados?
Não há passatempo que o diabo aprecie mais do que fazer cristãos perderem o equilíbrio
Parece que John Stott escreveu a frase que abre esse texto na semana passada. Não, não foi. A frase está em Cristianismo Equilibrado, lançamento da Editora Ultimato.
Alguns poderiam imaginar que nunca antes na história fomos tão divididos e briguentos. Ledo engano. Estamos apenas mais expostos e, talvez, menos discretos nas nossas preferências. Enfim, se fomos ou estamos “rachados” ou “divididos”, Cristianismo Equilibrado é um clássico na busca por discernimento.
Publicado pela primeira vez no Brasil em 1982 pela CPAD, Cristianismo Equilibrado ganhou uma nova edição original em inglês, em 2014, da qual traduzimos para a publicação em português. A nova edição – ampliada – conta ainda com uma longa entrevista com o autor, que responde a várias questões contemporâneas que desafiam a unidade da igreja.
Algumas frases para degustação:
Nosso temperamento tem mais influência em nossa teologia do que costumamos perceber ou reconhecer.
Não me importo com a pluralidade, desde que vá de mãos dadas com a unidade.
Quando sentimos medo, abrigamo-nos em relacionamentos e guetos nos quais nos sentimos seguros com pessoas que pensam como nós.
Às vezes, esquecemo-nos de que Deus ama a diversidade e criou uma rica profusão de tipos, temperamentos e personalidades humanos.
Ainda que nossa apreensão da verdade bíblica dependa da iluminação do Espírito Santo, ela é inevitavelmente influenciada pelo tipo de pessoa que somos, pela época em que vivemos e pela cultura a que pertencemos.
Nas coisas essenciais, unidade; Nas coisas não essenciais, liberdade; Em todas as coisas, caridade.
Muitos imaginam que a fé é completamente irracional, mas as Escrituras não colocam fé e razão em pontos opostos ou incompatíveis. Ao contrário, a fé só pode despertar e crescer dentro de nós com o uso da mente.
O asceticismo é a rejeição das boas dádivas do bom Criador. O oposto é o materialismo – não apenas possuir coisas materiais, mas passar a preocupar-se com elas. Entre o asceticismo e o materialismo estão a simplicidade, o contentamento e a generosidade, que deveriam marcar todos nós.