Há 40 anos anunciando o Evangelho entre os presos
Desde o início de agosto de 2016, alguns esforços estão sendo feitos em favor da divulgação do nosso lançamento Como Anunciar o Evangelho Entre os Presos: textos no portal, entrevista com autores, e-mails promocionais e, hoje, o lançamento dele, nas dependências da Editora, com toda a equipe Ultimato.
Para esse momento, o pastor Elben César, diretor-redator da Ultimato e um dos autores do livro, contou sobre o seu envolvimento com o esse grupo:
Durante o meu tempo de seminário, de 1951 a 1954, tive como colega, no Instituto Bíblico da Pedra de Guaratiba, Rio de Janeiro, o Benedito Peão, preso na penitenciária de Niterói por mais de uma década pelo crime de latrocínio. Esse meu colega veio a se converter ainda no presídio, graças à pregação da capitã Maria Ovídia Junqueira, do Exército de Salvação. Esse foi o meu primeiro contato com o drama dos encarcerados. Pouco depois de formado, tive a oportunidade de conhecer a Casa de Detenção de São Paulo, devido à gentileza de seu capelão, o pastor presbiteriano Avelino Boamorte. Ela havia acabado de ser construída e podia abrigar até 3.250 detentos. Foi uma experiência muito solene para mim por ter sido a primeira vez que eu entrava numa penitenciária. Durante meu ministério em Ubá, MG, (1955–1959), a cadeia era um dos nossos pontos de pregação. Além de pregar, eu tocava clarineta para os presos, acompanhado por Djanira (minha esposa) no acordeão. O quanto me lembro, pelo menos dois presos aceitaram o evangelho e foram por mim batizados. No segundo ano do então jornal Ultimato, dediquei duas páginas encorajando os leitores a se lembrarem dos encarcerados “como se presos com eles” (Hb 13.3). Contei a história do Benedito Peão, do Movimento de Assistência aos Encarcerados (MAE) e publiquei o artigo Presídio – depósito de delinquentes ou viveiro de almas? (abril/maio de 1969, p. 10-11). Não sei como, esse Ultimato caiu nas mãos de Oswaldo de Jesus Martins, recluso da Casa de Detenção de Recife, que escreveu a primeira carta endereçada a Ultimato procedente de uma prisão (maio de 1971). Pouco depois, tomamos a decisão de enviar graciosamente a revista Ultimato a mais de duas centenas de encarcerados, o que continuamos a fazer até hoje. Graças a esse esforço evangelístico e pastoral, temos recebido centenas de cartas de pessoas que estão atrás das grades.
Da publicação daquele artigo sobre os presos em 1969, ao lançamento do livro Como Anunciar o Evangelho Entre os Presos contamos quatro décadas e os esforços envolvendo a recepção e resposta às cartas, envio regular de exemplares de Ultimato e ocasionalmente o envio de livros para os presos continuam sendo ações ministeriais muito importantes para a Editora e toda a equipe.
Uma boa notícia relacionada a esse livro, é que junto com a edição de setembro/outubro de Ultimato, 100 exemplares dele serão enviados para alguns presos cadastrados na Editora. Essa cortesia será possível graças à generosidade de uma família amiga da Ultimato que há vários anos acompanha com muita simpatia o ministério entre os presos.
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