Ela plantou e eu colhi “doar-se”
ESPECIAL – Dia das Mães
O artista de artes visuais Marcelo Bittencourt mora em Curitiba e tem uma imensa gratidão pelo que sua mãe Maria Hermínia ensinou a ele (não muito com palavras, mas com ações). Além de criar uma ilustração exclusiva para este portal e de outra que já estava pronta, Bittencourt também fez questão de falar um pouco da história da sua mãe:
Acho que um dos valores mais fortes que minha mãe Maria Hermínia me passou de maneira bem natural foi o “doar-se”. Minha mãe veio de uma família com muitas dificuldades financeiras. Ela trabalhava para pagar a faculdade e ajudar no sustento da casa. Mas sempre se envolveu com projetos da igreja e projetos sociais.
Em São Paulo, nossa cidade natal, lembro de que ela sempre me levava ao Projeto Tiago, um projeto que trabalhava no contraturno de meninas bastante carentes. Minha mãe nos levava, eu e meu irmão, para esse Projeto, enquanto dividia seu tempo conosco e com as meninas. Não foram poucas as vezes em que ela levava as meninas e pessoas das famílias dela ao seu consultório odontológico onde oferecia serviços gratuitos. Muitas vezes o tempo tomado com o projeto social sobrepunha ao seu trabalho remunerado. Se ela pudesse “cortar da própria carne” e dar para aquelas meninas, ela faria. Minha mãe nunca fez discurso de que precisamos nos doar. Não me lembro disso. Mas me lembro das atitudes dela. Me lembro de ter ciúmes, quando pequeno, porém mais tarde eu pude entender o quanto era importante ela se conectar e se doar para aquelas vidas preciosas. Minha mãe sempre se doou, não somente por mim ou meu irmão, mas pelos mais carentes.
Marília de Dirceu Dorotea
Muito bonita, a história q o Marcelo publicou; mostra q o exemplo fala mais alto q as palavras. Parabens, Marcelo – pela sua mãe, pela sua ilustração e…mais ainda, pelo q tirou destes exemplos para o seu viver diário….