Chris Wright conta a história por trás da elaboração de “O Compromisso da Cidade do Cabo”

Por Chris Wright

BlogUlt_04_12_14_Compromisso_CCEm 2009, um ano antes do Congresso Lausanne 3, reuniu-se um grupo de 20 teólogos do mundo para começar a preparar juntos uma nova abordagem do evangelho. Eu fiz parte disso. Reunimos por três dias. Homens e mulheres de todos os continentes. Não chegamos a nenhum documento final. Eu acabei aceitando a tarefa de escrever algo depois. Separei uma semana de janeiro de 2010 para escrever este documento. Ao caminho do lugar para onde fui escrever, fui dirigindo e orando, perguntando pra Deus: como é que eu vou escrever um documento em que todos vão concordar? O que seria a coisa mais importante para falar? Eu ouvi uma voz em meu coração:

— O primeiro grande mandamento é amar ao Senhor teu Deus de todo o coração.

— É isso o que o Senhor quer dizer? As nossas confissões deveriam ser construídas sobre isso: amor a Deus.

Aí eu comecei a pensar: eu amo a Deus, eu amo a Jesus, eu amo o Evangelho, eu amo a Bíblia, eu amo a Igreja, eu tento amar o mundo por amor a Deus… Aí eu vi que era possível elaborar toda a nossa fé em torno do amor!

Quando cheguei, liguei para John Stott. Ele participou do Congresso Lausanne 1 e 2 e estava orando por este encontro dos teólogos de Lausanne e também por mim. Compartilhei com ele esta ideia: de falar sobre a fé cristã em torno do conceito de amor. Ele então me encorajou a seguir nesta direção.

Pensei: já que ouvi do Senhor e John Stott concordou, então esta deve ser mesmo uma boa ideia!

A fé não é só sobre doutrina, mas sobre relacionamento, um relacionamento de compromisso, uma aliança entre nós e Deus.

 

Nota:
O Compromisso da Cidade do Cabo é o mais recente documento do Movimento Lausanne. A primeira parte do documento – com cunho mais teológico – foi apresentada durante o Congresso Lausanne 3, na Cidade do Cabo (África do Sul), em outubro de 2010. Chris Wright foi o líder do grupo de teólogos que elaborou O Compromisso da Cidade do Cabo.

 

  1. Concordo. Sobre doutrina não pode mesmo. Lausanne não tem uma espinha dorsal teológica. Agora, que é uma tremenda de uma abordagem de natureza psicológica, isso sim.

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