Por trás da capa de “A Morte da Razão”
Por Ana Cláudia Nunes
A Morte da Razão (ABU Editora e Ultimato) é um clássico. Toda uma geração bebeu na fonte das palavras de Francis Schaeffer, John Stott e outros para formar uma consciência cristã que envolva a mente e o coração, que valorize a capacidade de raciocínio que Deus colocou em nós e que ele não ignora ao relacionar-se conosco. Para Schaeffer, essa importância da razão se perdeu há algum tempo, e foi acontecendo em todas as áreas: ciência, arte, filosofia, e também, infelizmente, afetou a religião. O livro mostra como aconteceu este processo e de que forma a nossa vivência religiosa tem sido fortemente influenciada por ele.
Estas são as capas estrangeiras/anteriores:
Embora seja um livro fino, o tema não é leve. Embora seja um livro antigo, o público para quem Schaeffer escreveu era jovem. Assim, a capa deveria unir estas recomendações.
A ideia é mostrar a perda da razão. Por isso elenquei algumas possibilidades que me lembravam o conceito de racionalidade:
-“Loading…”: para demonstrar que a mente está vazia, a razão foi perdida. Ao mesmo tempo, ela “conversa” com algo moderno e atual que é o carregamento de uma página ou de um programa no computador.
– Xeque-mate: pela representação forte que o xadrez tem sobre inteligência e raciocínio. O xeque-mate seria como se a razão tivesse perdido o jogo.
– Lâmpada: a luz é símbolo do Iluminismo, movimento que valorizava a racionalidade e a ciência. Este objeto também é muito relacionado com ideias. A lâmpada quebrada relata a perda da valorização da razão. O que resta é escuridão.
Aqui estão as capas desenvolvidas a partir dos conceitos apresentados:
A capa final ficou assim:
• Ana Cláudia Nunes, publicitária e capista de A Morte da Razão.