Por que (sempre) faço o que não quero?
Enviado por Élben César
Todo mundo carrega dentro de si duas tendências opostas. Uma delas é para o bem, e a outra é para o mal. Esse desagradável drama íntimo é problema hereditário e sem solução, do nascimento à morte, enquanto não se concretiza a esperança de um corpo novo. Comecei a me interessar por esse conflito quando há muitos anos li na mesma fonte, o livro Dogmática Evangélica, de Alfredo Borges, o testemunho tanto de Ovídio, o poeta latino do século anterior a Jesus, quanto o de Sêneca, conselheiro de Nero, morto na mesma época de Paulo. Eles se referem à presença da força do mal que luta contra a força do bem e vice-versa. O depoimento de Ovídio é muito parecido com o testemunho de Paulo: “Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim” (Rm 7.21, NVI). Ovídio revela: “Vejo o melhor e aprovo, contudo faço o que é pior; esforço-me por conseguir o que é proibido, e desejo as coisas que me são negadas”. Sêneca, por sua vez, tem a honestidade de declarar: “Somos todos perversos. O que um reprova no outro, ele acha em seu próprio peito. Vivemos entre perversos, sendo nós mesmos perversos”.
A partir de então, passei a arquivar confissões semelhantes retiradas de livros e, em seu maior número, de revistas e jornais seculares (Veja, Istoé , Época, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo etc). Até o presente momento, o último que encontrei é do psicanalista Contardo Calligaris: “Há, às vezes (mais vezes que parece), escondidas em nosso âmago, ambições envergonhadas ou vergonhosas, que não confessamos nem a nós mesmos” (Folha de São Paulo, 03/02/2011, Caderno E, p.10).
O que me surpreende é que a maioria desses testemunhos são redigidos não por religiosos e teólogos, mas por jornalistas, escritores, e profissionais liberais. Como essa análise de comportamento humano coincide maravilhosamente com o ensino da Bíblia, sou obrigado a concluir que não há outra doutrina cristã tão aceita.
O livro que lançaremos em maio procura responder a pergunta angustiante da culpa: Por que (sempre) faço o que não quero?
Messias Martins
Lindo, lindo, lindo!
Aristóteles diz que sou um animal racional. Eu me vejo como um maltrapilho. Ruben, um querido amigo e parceiro de jornada, diz que sou um santo não por minhas forças, mas por causa do sangue de Jesus. Brennan Manning diz que é um anjo com incrível potencial para cerveja. Talvez eu seja um anjo também, um anjo com um incrível potencial para pornografia, masturbação, adultério, sexo, enfim, a boa luxuria de sempre.
Fico no aguardo ansioso para o lançamento do livro.
Abraço demorado!
Marcos
Olá!
Se é importante ressaltar a salvação em Cristo, também é importante apontar dessa forma para o pecado, que está em nosso ser (estado) e não apenas no fazer (ações). A antropologia bíblica e luterana deixa isso bem claro com o artigo 2 da Confissão de Augsburgo. Quanto maior o pecado, maior a graça de Deus!
Um forte abraço!
jader
Rev. Elben como seu aluno qro q reserve um exemplar pra mim ñ deixarei aprender + um pouco.Só a graça responde a estas questões, parabens por ter coragem de escrever sobre tão profundo assunto, agrd,em Cristo. jader
cleusa ap.f.escoura
precisamos aprender deletar pensamentos maus com atitudes boas firmadas na fé e Jesus.vamos entando… espero aprender mais com esse livro que está nascendo como minha neta (35dias) Thainá.Sejam bem vindos.com amor
Taciana
Deus usa até mesmo a internet para falar com os seus servos. Acordei sofrendo pelos meus conflitos entre o bem e o mal que vive em mim. São 9:30 da manhã e ele me mostrou que me perdoa, que eu não estou só, que estes conflitos são inerentes à natureza humana e que a gente tem é que continuar lutando. Talvez o livro me ajude a entender melhor tudo isto. Obrigada pela dica.
José Augusto Costa Alves
A Paz do Senhor Rev. Elben,
quero parabenizar-lhe pelo artigo, principalmente pela hermenêutica e a exegese associada ao um contexto hodierno, onde demonstra que as lutas contra a carne são intensas, fadigantes e que ofuscam a caminhada para santidade. Esse tipo de tema que tão longiquamente já era debatido, retrata a fragilidade humana, em resistir a situações que conscientemente sabe que está pecando.
P.S – Sou assinante da Ultimato, favor mandar um exemplar, ok!
Grande abraço e sucesso pelo livro
Superindente da EBD da AD-Madureira de Cosmópolis-SP