Velhos tempos aqueles em que nas rodas de amigos era “de bom tom” citar uma revista semanal ou o jornal diário. Hoje é preciso cuidado e ressalvas para não corar de vergonha. Notícias são fabricadas, às vezes escondidas, outras encomendadas. Dizem, e eu concordo, que médico pensa que é Deus, mas jornalista tem certeza. Assim, o que é opinião se transforma em notícia, em verdade e até em fato “jurídico”.  

A “liberdade de empresa” é ainda pouco conhecida, embora escandalosa e diariamente praticada. Minha descoberta aconteceu no início dos anos 80, com a série Primeiros Passos, publicada pela Editora Brasiliense. Também me foram valiosos alguns cadernos sobre comunicação publicados pela CNBB. Bastante didáticos, mostravam, por exemplo, que para referir-se à paralisação de trabalhadores a imprensa usava no lugar da palavra “greve” o singelo substantivo “baderna”, sem constrangimento.

Hoje, não há constrangimento quanto a palavras de ordem ou fora da ordem. É fácil encontrar expressões chulas ou no mínimo de mau gosto nas revistas semanais, jornais diários e blogs. O nível beira o rodapé e o mercado (e a indústria do entretenimento) dita o que você vai ler amanhã. Confira o que Prateleira publicou sobre a matéria Contágio nas matas, publicada pela revista "Carta Capital", e a carta-resposta da JOCUM — Jovens com Uma Missão.

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