A IMAGEM AO LADO, de Luciano F. Ramos*, pareceu em uma conversa como adesivo (sticker) e ficou fixada na família, quando, impressionado com a arte, mostrei-a, na tela do computador, à minha netinha Amanda, então com seis anos, e perguntei o que ela via.
Ela olhou, olhou… e começou:
— Vejo um pastor carregando uma ovelhinha.
— Sim, e que mais?
— Que mais? Acho que esse pastor ama a ovelhinha, porque tem um coraçãozinho.
— Que mais?
— Ah, ele também é rei; tem uma coroa!
— Sim…
— A ovelhinha esteve chorando!
— Sim…
— Mas agora está sorrindo.
— E por que isso?
— Vovô, ela estava em apuros, e o pastorzinho foi atrás dela.
— Sim, sim. Mais alguma coisa?
— Hum, acho que ovelhinhas gostam de andar no ombro do pastor, não?
— Gostam, sim. Elas se sentem protegidas dos perigos.
— Vovô, você acha que essa ovelhinha quer dizer nós?
— Sim, Amandinha; todos nós somos, de algum jeito, e em algum momento, essa ovelhinha.
— Como assim, “de algum jeito, e em algum momento?

Estraguei a conversa, tirando-a do nível da Amanda. Ai, ai! Mas ela ia bem. E a imagem, compartilhada entre nós, ficou como uma espécie de declaração de fé. Toda vez que a coisa fica feia, essa imagem aparece nas mensagens para nos lembrar do nosso rei-pastor.

Recentemente, a ovelhinha foi o Biso Evaldo, que faleceu. E mais recentemente, ainda, o priminho Isaac, que pegou bronquiolite. Agora, esse adesivo pode ser da sua família. Basta adotá-la. Comunidade é assim.

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