este segundo semestre de 2011 participo, pela décima vez, de um curso de Romanos. A primeira vez foi há uns 25 anos, com o Pr. Dewey Mulholland, na Faculdade Teológica Batista de Brasília. Nessa oportunidade aprendi também a fazer “estudo indutivo”, método interpretativo ensinado pelo Pr. Dewey para nos ajudar a caminhar com as próprias pernas no estudo bíblico.

Depois disso, passei a formar turmas de estudo bíblico, em minha igreja, conforme a necessidade. Claro, estudamos outros livros da Bíblia. Mas sempre volto a Romanos; agora na companhia do presbítero Alberto Diniz.

Minha motivação: cada vez mais acredito que o evangelho é “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1, 16). Essa convicção cresce na proporção inversa da aparente indiferença da sociedade em relação à igreja e da perplexidade da igreja em relação à viabilidade de sua missão evangelizadora.

Ouço vozes confusas. Há quem diga que a igreja cristã está com os dias contados; que sua mensagem tornou-se irrelevante para o homem pós-moderno; que ela se perdeu em seu “cristianismo”, em seu anseio por poder, prosperidade e sucesso (de audiência); e que na busca dessas coisas tornou-se sincrética e desprezível. Ouvi até que ela quer responder a perguntas que não se fazem mais e que não tem respostas para as perguntas e dilemas que atormentam a alma moderna.

Não desejo contestar essas vozes. Concordo que vivemos dias difíceis. Mas quando volto a esse enunciado de Paulo, tudo se tranquiliza dentro de mim. E penso, em sã consciência: sim, ainda hoje o evangelho é poder de Deus para salvação.

Passo a prestar atenção aos sinais à minha volta e percebo que, juntamente com os desânimos e descaminhos, correm subterraneamente, quase imperceptíveis, muitas manifestações de poder: transformações tão profundas que só posso chamá-las de “salvação”. Vidas renovadas pelo poder do evangelho, anunciado, compreendido, crido e vivido em fidelidade; salvação para todo o que crê.

Não sei se entendo bem, mas me parece que essas transformações têm uma medida: a medida da fé de quem crê. Um evangelho light (baixos teores) tem efeitos cosméticos. Quem pouco crê pouco muda. Talvez por isso o evangelho chegue mais “fraco” aos “judeus”, aos filhos da igreja, e mais “forte” aos desesperados “gregos”, gente de fora.

A geração atual é, ao mesmo tempo, consumidora, crítica e exigente. Talvez por isso, tenha a tendência de “crer menos” e de desanimar com as mazelas da igreja. Perdem de vista o evangelho transformador e deixam de crer nele, transformando-se, paradoxalmente, em “crentes de igreja”. Triste rótulo.

Mas sou testemunha de que esse evangelho ainda salva e transforma vidas e famílias inteiras. Quando o crente (ou descrente) resolve crer (falo de mim) com fé operante e obediente; crer em um evangelho genuíno (como este exposto aos Romanos), então as transformações acontecem e se acumulam, formando uma escada de santificação. Sim, de glória em glória. Até ser formada em nós a imagem do Filho, a viver entre muitos irmãos (Rm 8, 29).

  1. Levo missões muito a sério e estou tentando entender o que está acontecendo com a organização Asas de Socorro. Recebi o email de uma irmã relatando o péssimo testemunho que ela presenciou nesta organização, onde os diretores agora são empregados sem testemunho missionário. Para piorar recebi a notícia de que um avião que foi doado para atender missões junto aos ribeirinhos foi fretado para um taxi aéreo em Manaus para ganhar dinheiro. Estou triste pela falta de transparencia desta organização que tive em alta conta.
    No mural de recado do site de Asas de Socorro, as informações são censuradas. Só parecem elogios, bem conveniente!!! Oremos para Deus lançar luz.
    Chega de trevas como está acontecendo com a Missão Novas Tribos do Brasil com casos horríveis de pedofilia e que poucos crentes sabem. É muito triste.

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