Semana 13: Lucas 4.42-44

Quando amanheceu, Jesus saiu da cidade e foi para um lugar deserto. Mas a multidão começou a procurá-lo, e, quando o encontraram, eles não queriam deixá-lo ir embora. Mas Jesus disse: — Eu preciso anunciar também em outras cidades a boa notícia do Reino de Deus, pois foi para fazer isso que Deus me enviou. E ele anunciava a mensagem nas sinagogas de todo o país. (NTLH)

Quando se lê o contexto maior da passagem acima (vv. 31-45), fica evidente que a fama de Jesus era notória. Realizava um ministério empolgante que causou admiração pelo seu ensino, gratidão pelo seu ministério de expulsão de demônios e de cura, e um consenso generalizado de que Jesus precisava permanecer onde estava pois as necessidades eram grandes e tudo estava indo tão bem. Isto me lembro de uma expressão muito conhecida que aprendi na minha infância: “Se não está estragado, não concerte!” Mas Jesus não se comporatava desde modo. Mesmo com um ministério de impacto e com o apoio da multidão ele quis ir emboraI!

Jesus não agia de acordo com o “sucesso” do seu próprio ministério. Isto me “soa” certo no nosso mundo evangélico onde o sucesso às vezes se torna o critério para a continuação ou não das nossas ações. Como explicar o comportamento de Jesus? Eu só consigo concluir assim: Jesus estava tão afinado na vontade de Deus para a sua vida, inclusive para todo o seu ministério, que o ibope humano simplesmente não se importava. Pelo menos não era determinante. Se for assim, todos nós que estamos em algum tipo de ministério devemos parar para pensar e avaliar as próprias prioridades.

Mas talvez haja outra explicação, ou alternativa ou suplementar: a natureza inclusive e abrangente das Boas-Novas simplesmente exigia que elas não permanecessem paradas num só lugar. Era necessário que se espalhava.

Se você concorda comigo, quais seriam as implicações para o seu minísterio?

Oração

Dispomo-nos a Ti, maravilhoso Deus, a ministrar onde o Senhor nos enviar, havendo ou não “sucesso.” Em nome de Jesus. Amém.

  1. Em “meu” ministério percisa estar claro duas questões: a identidade e a missão.
    A identidade me revela quem sou e qual é a minha posição
    Identidade: Servo comprado. Sou servo. Isso dá o tom da minha relação com Deus e mais nada. A idéia de amigo e filho vem depois; é condicional e dependente. Tem que passar primeiro por essa natureza

    Missão: A missão está diretamente relacionada com minha identidade. As questões de sucesso, fama, de fato, fazem bem ao ego, mas atrapalha muito a missão.
    Não quero ser aqui um hipocríta. Todos nós sofremos uma certa dose de vaidade, por menor e mais justificada que seja, mas dessas coisas devemos estar fugindo. Jesus fugia disso. Lembro-me de Felipe quando o evangelho estava “bombando” em Samaria… Ha! quantos benefícios advindos daquele sucesso na missão; a cidade estava conquistada, agora era só desfrutar do sucesso, mas derrepente… jaz!! Disse-lhe o Espírito “… desce a caminho de Gaza que está deserta” – Compreende?
    Sabe quais seriam as implicações para o meu ministério? É que quando o sucesso e a fama chegam em determinado lugar, (campo) ministerialmente falando, essa é exatamente a hora de sair dali.
    Fama e sucesso nunca foram nem nunca serão propósitos em um ministério autêntico e legítimo. Devem ser consequência, mas quando chegarem, por favor, desapareça. E sabe para onde? o lugar mais provável será um lugar onde ninguém lhe conhece. E quando a fama e o sucesso chegarem lá, ficará demonstrando que alí você cumpriu bem o seu ministério, saia outra vez de lá, porque você já terá uma igreja constituída de discípulos pelo legado que lhes conferiu.
    Permita-me ainda: Nessa questão, acho que é exatamente o que está acontecendo com a igreja brasileira. O Evangelho chegou aqui, cresceu, enriqueceu, ficou famoso, fez sucesso e não vai sair daqui; vai continuar engordando e enriquecendo mas aí não será mais o sucesso e a fama e sim um “colesterol” ou um “infarte” que virá. Mas fiquem tranquilo… isso não é profético, sou eu quem estou falando, rsrs…

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