Reproduzimos abaixo um trecho do livro “DeficienteO desafio da inclusão na igreja” escrito pela missionária Brenda Darke, inglesa, radicada na Costa Rica. O livro é fruto da preocupação de longa data da autora que não aceita ver uma igreja que reproduz os preconceitos culturais e se distancia da prática do amor exigido por Jesus.

Por Brenda Darke

deficiente_gO ideal seria sempre integrar a todos para evitar o isolamento e marginalização. Com frequência, as pessoas com deficiência não são bem-vindas nas atividades da igreja em razão de nossos medos, que impedem a interação com elas. Se quisermos realmente perder esse medo, é melhor não isolá-las, pois a falta de contato só faz aumentar este receio. Por fim, se não conseguirmos incluí-las na vida eclesiástica, estas pessoas acabarão indo embora.

Por outro lado, devemos considerar a realidade. Certamente algumas pessoas com deficiência se integrarão muito bem na escola dominical e em outras atividades da igreja, pois a sua incapacidade não é grave ou a sua conduta ou habilidade social não estão afetadas. Aquelas que apresentam uma disfunção grave, profunda ou até múltipla têm necessidades mais específicas. Para esses casos, algumas pessoas defendem um programa muito diferente e não integrado com os demais membros da igreja.

Conforme já enfatizamos antes, devemos avaliar cada caso e nunca excluir a possibilidade de integração. Se isso não funcionar, é possível organizar uma sala de aula especial para essas pessoas. A palavra-chave é “inclusão”, o que implica mantê-las na igreja, incluídas em nossos planos e com suas necessidades especiais levadas em conta.

Vale ressaltar que existe muito pouco material para o trabalho com pessoas com deficiência intelectual. O ministério Amistad (Amizade) produziu pacotes bastante completos de materiais em espanhol para a escola dominical e os disponibiliza às igrejas da América Latina no endereço eletrônico www.ministerioamistad.org ou pelo e-mail info@ministerioamistad.org.

Com esses materiais, pode-se iniciar um grupo paralelo. É melhor convidar mais pessoas e ter vários assistentes para o grupo. Pode ser uma boa ideia organizar um grupo com pessoas de várias igrejas. Uma opção diferente para o culto seria convidar os interessados a participar de um grupo mais informal, com atividades criativas e menos intelectuais. Essas pessoas podem ainda compartilhar momentos com todos os demais em louvor e oração para, se seguida, ser encaminhados a uma atividade diferente no momento da pregação.

Devo esclarecer que essas condições especiais aplicam-se apenas às pessoas com deficiência emocional, cognitiva ou múltipla, pois, na maioria dos casos de deficiência, a inclusão também significa integração.

 

PARTICIPAÇÃO ATIVA NA LIDERANÇA

Um dos campos mais esquecidos é a liderança. Não estamos acostumados a ver pessoas com deficiência atuando como lideres, ainda menos na função de pastor, diretor ou coordenador. Esse, porém, deve ser o objetivo para aqueles que tenham os dons necessários. Durante nossa caminhada junto a companheiros com deficiência, aprendemos que eles não devem ser excluídos de nenhuma esfera simplesmente por terem essa condição. Da mesma forma, ninguém deve ser líder ou pastor se não apresentar os dons necessários a essas funções. Nada deve ser automático: devemos perceber nossos dons e habilidade, e procurar utilizá-los.

 

ATIVIDADES

Ao término de leitura deste capítulo, talvez você se sinta desanimado, mas lembre-se de que você não precisa fazer tudo de uma só vez. As seguintes atividades podem ser úteis:

  • Fazer um diagnóstico da igreja com a ajuda de pessoas com diferentes deficiências.
  • Ajudá-las a estabelecer as propriedades e formar um grupo para desenvolver um plano, que deve contemplar a conscientização da congregação.
  • Buscar informações sobre a legislação nacional para conhecer os parâmetros arquitetônicos e estudar como realizar as adaptações necessárias.
  • Procurar a ajuda dos membros da congregação que possuem experiência nessas atividades.

 

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  1. Grande ideia.
    Apenas que não é viável.
    Isso é coisa para primeira mundo.
    Se até para atravessar uma rua não há adequação necessária, como é que a maior parte das igrejas simples e modestas em seus orçamentos poderão levar adiante ideias como esta?

    • Penso que com amor , conhecimento e boa vontade podemos mudar situações. Evidente que elas não serão mudadas de um minuto para outro pois até no primeiro mundo essas mudanças foram gradativas e continuam até hoje. Estou mais sensibilizada com essa questão e desejo trabalhar com inclusão nas igrejas, no próximo ano quero cursar LIBRAS e o que mais Deus me colocar no coração para facilitar a inclusão de todos na igreja.

  2. Estou lendo o livro e amando!!Tenho um filho deficiente e tinha algumas duvidas.O livro esta sendo bem esclarecedor.E penso sim em fazer um trabalho como este na minha igreja.
    Só quem passa por isso sabe o quanto é difícil inclui-lós na igreja.O difícil não são os materiais e como aplica-´los, mas sim mudar a cabeça de alguns que se dizem cristãos,e não sabem lidar com as diferenças.Trabalhar com crianças deficientes é muito gratificante,eles têm o coração gigante,raro se encontrar em crianças tidas como normais, e o impacto gerado nessa evangelização fica sobre a criança e o professor bíblico para sempre.

    • Querida Júlia, bom dia!
      A Rede Mãos Dadas agradece o seu contato.
      Que bom que gostou da nossa sugestão, Brenda Darke é uma excelente autora e este livro nos leva a pensar em melhores formas de inclusão na igreja para pessoas com deficiência.
      Um abraço de toda a nossa equipe.

  3. Fiquei muito feliz em encontrar essa sugestão de leitura. Trabalho com Educação Especial há mais de 20 anos, tenho pesquisa na área de deficiência intelectual e hoje, mais especificamente, faço atendimento psicopedagógico com crianças e adolescentes autistas. Um dia, em oração, disse a Deus que gostaria de usar esse conhecimento na igreja, mas não sabia como. No dia seguinte fui convidada pela esposa do pastor, que também tinha esse desejo em seu coração, para dar treinamento aos professores que estavam sedentos por conhecimento na área para atenderem à demanda das crianças que têm chegado à igreja, entre elas autistas, deficientes visuais e com paralisia cerebral. Temos muito trabalho pela frente com relação à adaptação de material, formação de mediadores na igreja, etc. Mas com Deus à frente não há o que temer.

    • Olá Andréa, ja estamos em 2019 e o preconceito e discriminação ainda existe nas igrejas, mudar a cabeça das pessoas que se dizem cristãos, e não sabem lidar com as diferenças esse é o foco, esses dias sofri preconceito com o meu filho que é autista em um evento cristão e naquele momento no meu coração pensei em desistir, mas Deus é bom e enviou uma irmã o qual me encorajou a não faze-lo, foi ai que tive a ideia de apresentar na minha igreja um projeto de inclusão, mas para isso preciso de ajuda, gostaria de ter seu contato para trocarmos experiências, meu email: keisyamaral.1308@gmail.com. Deus abençoe e fico no aguardo!

    • Prezado Cristiano, boa tarde!
      A Rede Mãos Dadas agradece o seu contato. E pedimos desculpas pela demora em atender ao seu pedido, o nosso escritório estava de recesso.
      Encaminharei o seu pedido para a Elsie Gilbert, que é quem poderá orientá-lo melhor.
      Aguarde o contato por e-mail.

  4. Gostaria de saber se vocês tem algumas dicas, material ou se sabem onde posso conseguir… tenho um filho com autismo moderado e conheço muitas mães que também possuem filhos deficientes…
    Keila

    • Prezada Keila, bom dia!
      A Rede Mãos Dadas agradece o seu contato. Encaminharei o seu pedido para a Elsie Gilbert, que é quem poderá orientá-la melhor.
      Aguarde o contato por e-mail.

  5. Muito enriquecedor o conteúdo do artigo! Ainda temos muito trabalho pela frente!
    Gostaria de ter a oportunidade de falar com vocês a respeito deste tema!
    Desde já agradeço a atenção!

  6. Olá boa tarde!!
    Muito bom o artigo, por favor gostaria de entrar em contato para mais informações, estamos iniciando um trabalho de inclusão na nossa igreja , sou tb mãe de uma menina autista, já passei muitas dificuldades com ela para frequentar a igreja Mas depois de muita insistência hj ela ama ir a igreja , queremos q isso aconteça com todas as crianças deficientes possíveis, precisamos de ajuda , informações, gostaria muito q entrassem em contato comigo , meu email julianaandradebrun@gmail.com, grata , Deus abençoe

    • Oi Juliana! Que bom que você entrou em contato! Temos muito prazer em trocar mensagens com você. Confira nosso e-mail em sua caixa de entrada. Forte abraço!

  7. Boa noite! Gostaria, se possível, de como devo começar um trabalho de inclusão social na minha igreja…tem entrado muitas crianças autistas e sou professora de escola ministerial! Aguardo respostas! Muito obrigada e Deus vos abençoe!

  8. Lucelia da Silva Xavier

    Olá trabalho com crianças na minha igreja a muitos anos ,sou mãe de um adolescente de 14 anos ele tem deficiência intelectual ,mas infelizmente não consegui trabalhar com o meu próprio filho isso me machuca muito hoje ele já não está atendendo às aulas mais pois se recusa até mesmo ir à igreja presciso de uma orientação meu e-mail é luceliasilva3@hotmail.com

  9. MARIA GABRIELA CORREA

    OLA, TENHO UM FILHO AUTISTA DE 15 ANOS E A IGREJA QUE FREQUENTAMOS NÃO SABE COMO LIDAR COM PESSOAS COM DEFICIENCIA INTELECTUAL. EU COMO MEMBRO GOSTARIA DE APRESENTAR ALGUM PROJETO PARA PODER MUDAR ISTO, MAS PRECISO DE AJUDA COM MAIS INFORMAÇOES.

    • Olá Maria Gabriela! Que bom que você entrou em contato! Vamos enviar um e-mail para você para conversarmos melhor, ok? Esperamos seu retorno. Enquanto isso, vou deixar um link aqui para você conferir algumas postagens que já fizemos sobre esses assuntos. bit.ly/planodivino bit.ly/viramim bit.ly/meninosespeciais
      Forte abraço!

  10. maria luisa da silva

    Olá, graça e paz!!
    Estava lendo o artigo e depois as respostas de alguns leitores. O primeiro foi de 2015, ele não apostou na ideia e disse que a Igreja não tinha dinheriro. Estamos em 2021, minha igreja tem rampa de acesso a porta principal, calçada rebaixada, banheiro acessível para deficiente e agora vamos fazer uma formação para CUIDADORES do Ministério de crianças. Uma formação com base na inclusão de crianças com deficiências. Ou seja, a Igreja cresceu em todos os sentidos.Pela fé, nós nunca devemos duvidar do potencial das pessoas que trabalham e servem as igrejas. Deus na sua infinita bondade, sempre nos suprirá. Espero poder ler grande relatos, sobre a Igreja que Inclui, como aqueles rapazes que fizeram um buraco no teto para levar o paralitico até Jesus.
    Graca e paz!!

  11. Antonia Vania de Medeiros Barbosa

    Olá, sou Vânia e gostei muito desse artigo, tenho um sobrinho com Autismo e vejo como a minha igreja não é preparada para atender crianças com deficiências, mesmo que eles diga que faz na real e só um faz de conta.
    O Senhor tem me incomodado para eu fazer algo em relação a inclusão no sentido real da palavra, mas os obstáculos tem surgido, mas não vou me deixar vencer ! A palavra de Deus é muito clara, Jesus veio para todos.
    gostaria de receber mais informação para implantar o projeto na minha igreja.

    • Querida Vânia, não temos um projeto pronto para ser implementado. Mas temos este recurso para indicar, vamos fazer isso por e-mail. Agradecemos seu comentário. Estamos felizes por podermos contribuir com seu interesse. Deus abençoe!

  12. Muito relevante o trecho do livro abordado neste artigo
    Gostaria de trabalhar o tema inclusão em minha igreja. Poderiam entrar em contato para eu ter mais informações de como poderia tratar esse tema.
    Desde já agradeço muito.

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