Concordo que esse livro é especialmente um grande tratado de fé. É muito oportuno para a igreja em nossos dias, em que observamos em muitas pessoas, um Cristianismo superficial; muito mais voltado para a vida secular do que para as coisas de Deus.

O ser humano de forma nenhuma pode ser visto como um ser fragmentário. Diametralmente oposto, apresenta idiossincrasias voltadas a tornar sua humanidade em algo benéfico e salutar. Em outras palavras, a ótica de concebê – lo como uma ruptura traz e ainda continua a acarretar interpretações equivocadas no seio da cristandade. Digo isso, no tocante a considerar ambíguo e hilário a inquirição sobre se a razão encontra albergue na fé. Ora, não somos, tão somente, uma vertente regida pela razão, há também a dimensão axiológica, volitiva, psicossomática e espiritual. Alías, sem sombra de dúvida, todas encontram sua realidade de sentido e motivo, por meio da fé preconizada e firmada na palavra de Deus, ou seja, o próprio Cristo. Assim sendo, a fé ou Cristo permeia, plasma e pontua o espírito, o ethos, a imaginação e a transcendência inoculada em cada ser humano. Isto, então, nos leva a ponderar no que tange aos desafios a ser sobrepujado pela Igreja, eu e você, no encetar do Séc. XXI; ou seja, enfocar um evangelho aportado a inspirar o etlhos, a imaginação, ser pulsado por paixão e êxtase (sem descambar nos delírios e panacéias da oferta e da procura). Cumpre salientar, o livro de John Stott ressoa o quanto essa fé alumia o crer, o criar, o inovar, o preservar e o dinamizar. Sem hesitar, destarte, a razão tem espaço. De modo similar, a ética, a espiritualidade e humanidade. Ademais, não somos peças de uma engrenagem positivista, ou subjetivista. Sei lá mais o que; mas sim, imagem e reflexo de um Deus criador, imaginador e dialogador.

Moro em Juiz de Fora e não encontrei esse livro em nenhuma livraria, evangélica ou não.
A Paz