Semana 61: Lucas 17.1-2

Jesus disse aos seus discípulos: — Sempre vão acontecer coisas que fazem com que as pessoas caiam em pecado, mas ai do culpado! Seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no mar com uma grande pedra de moinho amarrada no pescoço do que fazer com que um destes pequeninos peque.

Lucas 17.1-10 trata de como vencer os empecilhos aos bons relacionamentos. É um só assunto, não quatro discursos separados. As quarto partes (vv. 1-2, 3-4, 5-6, 7-10) são as “soluções”, ou melhor, as estratégias para evitar ou diminuir estes empecilhos. As quatro estratégias são a circunspecção, o perdão, a fé, e a humildade. Os primeiros dois versículos acima tratam da primeira estratégia: a circunspecção.

São conselhos dados para os discípulos de hoje também, inclusive você e eu. Logo, não pense que não tem nada a ver com você. Não são conselhos simplesmente dados por Jesus para pessoas “problemáticas”, como os fariseus e os escribas, ou no nosso caso, passoas que enquadramos assim. Não, são conselhos para discípulos, e por isto convém que não apontemos o dedo para as outras pessoas. Pensemos em nós mesmos. De outra sorte, perdemos por completo a força deste conselho (e dos outros três logo em seguida).

Mas quem são as “pessoas” mencionadas no primeiro versículo, ou os “pequeninos” do segundo versículo? São mesmo crianças, como o caso da mesma expressão em Mateus 18.6-7? Ou são novatos na fé como o caso da mesma expressão em Marcos 9.42? Ou, quem sabe, são os pobres (por exemplo, Lázaro), os aleijados, os coxos e os cegos que foram identificados assim em Lucas 14.13, ou talvez as pessoas perdidas mas arrependidas dos capítulos anteriores de Lucas. Não fica claro quem são especificamente estas pessoas nos versículos acima, mas não é difícil imaginar que o princípio se aplica a todos os nossos relacionamentos dentro da comunidade de fé.

Agora, qual é o conselho? Tem um aspecto negativo e outro positivo. Negativamente, zelemos para não causar tropeços (Sl 140.5), não provocar o pecado, não atrapalhar (conselho semelhante aos conselhos mais detalhados de Paulo em Romanos 14 e 1 Coríntios 8-10). Agora, pergunto, nos seus relacionamentos com “as pessoas”, sua postura é de construir ou destruir? Não estou censurando a crítica. Não é isso. Mas qual é o propósito que você tem no seu coração quando interage com outras pessoas? Quer destacar o seu brilhante intelecto derrubando a “burrice” do outro, ou quer construir?

Positiva mas implicitamente (ficará mais claro nos próximos versículos), Jesus recomenda a circunspecção, a prudência, a precaução e a ponderação no agir e no falar. Sim, recomenda que controlemos — digamos logo: censuremos — a língua e o nosso agir. Este negócio de “transparência”, quando isto se torna desculpa para simplesmente derrubar o outro, não é bom. A “transparência jamais pode ser uma licença para ofender, agredir e afastar. De outra sorte, coitados dos nossos pescoços!

Oração

Pai Eterno, ensina-nos a amar como Jesus amou, pelas palavras que proferimos e pelas ações que tomanos junto com as outras pessoas que consideramos “inferiores”. Em nome de Jesus. Amém.

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