A religião do capeta…
Semana 11: Lucas 4.3-12
Então o Diabo lhe disse: — Se você é o Filho de Deus, mande que esta pedra vire pão. Jesus respondeu: — As Escrituras Sagradas afirmam que o ser humano não vive só de pão. Aí o Diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe num instante todos os reinos do mundo e disse: — Eu lhe darei todo este poder e toda esta riqueza, pois tudo isto me foi dado, e posso dar a quem eu quiser. Isto tudo será seu se você se ajoelhar diante de mim e me adorar. Jesus respondeu: — As Escrituras Sagradas afirmam: “Adore o Senhor, seu Deus, e sirva somente a ele.” Depois o Diabo o levou a Jerusalém e o colocou na parte mais alta do Templo e disse: — Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui, pois as Escrituras Sagradas afirmam: “Deus mandará que os seus anjos cuidem de você. Eles vão segurá-lo com as suas mãos, para que nem mesmo os seus pés sejam feridos nas pedras.” Então Jesus respondeu: — As Escrituras Sagradas afirmam: “Não ponha à prova o Senhor, seu Deus.” (NTLH)
Quem procura expôr as Escrituras geralmente faz um esforço danado para identificar e enfatizar o cerne do evangelho de Deus. E assim, aprendemos muita coisa boa, sem dúvida.
Mas pouco se repara o “outro lado da moeda”, o evangelho do diabo. Sim, o capeta também tem os seus valores e procura promover sua própria versão de religiosidade. Vale a pena reparar bem a sua base e o seu conteúdo. Ambos podem ser discernidos da passagem acima onde o diabo “tenta” Jesus. Posso falar muito mais, mas quero focar somente as três frases que sublinhei na passagem. A primeira e a última revela a base ou o pressuposto do evangelho do diabo e a segunda, o seu conteúdo.
A frase, “se você é o Filho de Deus, mande” ou “…jogue-se” revela o pressuposto do diabo que essencialmente é o seguinte: os filhos de Deus tem o direito, ou até mesmo o dever, de exigir. E a exigência é segura com base no parentesco divino de quem manda. Sim, para o diabo, os crentes tem direitos e devem exigi-los! Conhece ministérios que se baseam neste pressuposto? de exigir, “em nome de Jesus” que as coisas acontecem? por exemplo, uma cura, uma bênção, ou uma libertação? Já ouviu pregadores famosos falando deste jeito? Sabe de onde vem este evangelho? Do capeta!
E qual é o conteúdo deste “evangelho”? …segunda frase sublinhada: riqueza e poder, em sumo, o evangelho da prosperidade. O diabo promete prosperdade, em forma de riqueza e poder. Jesus, entretanto, avisa que seus seguidores não terão nem onde encostar as suas cabeças.
Qual é o evangelho que você prega e preza? O do diabo, sem dúvida, é muito mais atraente.
Então, do capeta ou de Deus?
Oração
Pai, nos dá a clareza e a coragem de distinguir entre a tua voz e a do capeta. Em nome de Jesus. Amém.
silvio Ferreira
Essa a a cara da atual igreja evangélica no Brasil. Sem tirar nada. Poder e fama !
O difícil é ter a coragem para aceitar a verdade.Mas sempre foi assim, a vedade dói !
As seitas evangélicas sairam do CTI para o necrotério.
ANDRÉIA PEREIRA NERES
AINA NÃO TINHA ANALISADO ESSE TEXTO DE LUCAS 4.3-12, POR ESSE VIÉS.ESSA ANÁLISE PODE RESPONDER MUITAS DÚVIDAS, EM QUESTÃO DO EVANGELHO DA PROSPERIDADE …. DAI …EU PENSO….O CRISTÃO TEM QUE PEDIR A DEUS MUITA SABEDORIA E DISCERNIMENTO DA PALAVRA DE DEUS.
Sergio Sena
Bom dia.
Quando li o título vim pra cá decidido com minha resposta opiniática, confesso. Mas depois de lê-lo torna-se desnecessário qualquer opinião, posto que o artigo nos é suficiente.
Grato.
Eduardo
OXIMORO ou CONTRADIÇÃO?
OXIMORO (diferente de CONTRADIÇÃO) e aquela figura em que se combinam palavras de sentidos opostos (evangelho de Deus com evangelho do Capeta) que ‘parecem’ (ou são?) excluírem-se mutuamente.
O contexto é que fará toda a diferença. OXIMORO é paradoxismo.
CONTRADIÇÃO, porém, está na intencionalidade do OXIMORO, dada a proximidade dos termos (Evangelho e evangelho), em si. Na CONTRADIÇÃO flagrante: Deus não é Diabo (se um for, o outro não será).
Na CONTRADIÇÃO a intenção é esconder, escamotear a verdade dos fatos/ no OXIMORO é a visibilidade aparente que vale, obrigando o leitor a identificar um e outro.
O OXIMORO é uma aparente CONTRADIÇÃO, portanto (na CONTRADIÇÃO não há aparência de), obrigando ao leitor a se envolver para decifrar o enigma.
Tenho por mim que a diferença do Evangelho de Deus, de um lado, e do evangelho do Capeta, de outro, é tão pequena, tão sutil, tão leve tão… (faltam-me palavras) que muita gente se engana.
Pessoalmente, eu acho que aqueles que conseguem fazer a diferença entre um e outro (Deus e o Capeta) quanto ao [E/e]vangelho é que são Cristãos, os quais eu não saberia identifica-los.
Uma minoria, suspeito. Tanto por estatística numérica quanto por conteúdo de fato.
A propósito, é OXÍMORO OU OXIMORO?
Tim Carriker
A palavra, “evangelho”, geralmente se refere simplesmente ao anúncio das boas-novas (de eu para “bom” e angelion para “mensagem”). Quando escrito com “e” maiúsculo se refere a um dos quarto primeiros documentos do Novo Testamento. O minúsculo indica o sentido genérico e o maiúsculo o sentido específico. Pot exemplo, “rio” se refere a qualquer fuente maior de água enquanto “Rio” a um lugar (ex., Rio de Janeiro) ou nome de um rio específico (Rio Amazonas).
Bete Oliveira
Perfeita a colocação do escritor, neste artigo. Não cai uma folha, sem a permissão de Deus. Não podemos exigir nada, também é inválido, pois, se à vontade é dEle. Pedimos a Deus, por Sua infinita bondade e misericórdia, abrir nossas mentes, para não sermos enganados.