Semana 2: Jó 1.8-11
Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. (Revista e Atualizada)
Reflexão
O dificuldade maior de tratar tanto da teologia da prosperidade quanto da teologia da lei (que mencionamos na primeira devocional) é que ambas nasceram de Deus! E assim possuem certa razão. Digo “certa” porque uma das características da revelação de Deus nas Escrituras que praticamente todos os teólogos afirmam é a sua natureza progressiva. Ou seja, uma leitura até superficial da Bíblia ilustra que Deus raramente revela tudo duma só vez. Isto seria mecânico demais e dispensaria o bom relacionamento que Deus quer que desenvolvamos com ele. O princípio mais básico da revelação progressiva é que o Novo Testamento interpreta o Velho. Por exemplo, as “bênçãos” que Deus promete para o seu povo no Antigo Testamento para o cristão têm que ser entendidas à luz da cruz e por consequente à luz de passagens como Efésios 1.3-10 e Gálatas 3.28-29.
Na passagem acima, quando Satanás se apresenta diante de Deus, vemos a razão porque a prosperidade absoluta, mesmo oriunda de Deus, poderá não servir os propósitos de Deus e porque é necessário o empobrecimento e o sofrimento na vida dos fiéis: para demonstrar que os retos e íntegros temem a Deus pelo que Deus é e não pelo que têm recebido em abundância de Deus.
O outro lado da moeda, e lição igualmente importante, é que o empobrecimento e o sofrimento não constituem a vontade “perfeita” de Deus para as nossas vidas, e sim, a sua vontade “permissiva”. Deus deseja, sim, nos abençoar mas permite dificuldades para criar em nós caráter e amor genuínos e irrestritos, algo que dificilmente se cria na abundância.
Mas, não nos esqueçamos do alvo de bênção maior que Deus nos dá e que Paulo nos apresenta em Efésios 1.3-10.
Oração
Deus seja louvado, porque nos abençoou com bênçãos celestiais em Cristo Jesus. Aleluia pela bênção maior, o próprio Cristo Jesus. Com ele, tudo enfrentamos. Por ele, tudo fazemos. Amém.
gugu
Muito obrigado as duas meditações me abençoaram muito, grande abraço de seu amigo gugu.