Semana 22: Romanos 7.6
Mas agora a lei não tem mas nenhum poder sobre nós. Seu poder de nos prender morreu para que sejamos servos na novidade do Espírito e não no Escrito ultrapassado. (tradução minha)
Reflexão
A nossa fé é uma fé do “Escrito”, pelo menos no sentido de vivermos uma fé revelada, em que esta revelação foi transcrita em palavras sagradas, que reconhecemos como Sagradas Escrituras. Não é uma fé meramente do “eu acho” ou “eu sinto”. Deus falou por meio dos profetas e Sua Palavra é segura, confiável, mais do que qualquer outra fonte da “verdade”. Por isso, a tradução acima pode parecer estranha. E até mesmo na época de Paulo e para seus leitores deu bastante confusão e controvérsia. E sinceramente, não adianta tentar “resolver” o conflito dizendo que o “Escrito” certamente não se referia às Escrituras. Não resolve simplesmente porque se referia, sim, às Escrituras. Esta não é a questão. A questão é o que Paulo queria dizer. Que as Escrituras não eram sagradas e que são inferiores a voz de Deus no nosso interior? Também não. Afinal, cita incansavelmente as Escrituras em Romanos, mais do que em todas as suas outras cartas juntas (!) para apresentar o seu ponto de vista como a postura “bíblica”. E aí é que está a questão. Pois, os seus opositores também argumentavam e contra argumentavam a partir da sua compreensão das Escrituras. Ou seja, é possível, até fácil, ler as Escrituras com os “olhos errados”, os olhos do “ao pé da letra” e não os olhos do Espírito.
Os olhos do “ao pé da letra” são rígidos, literais, mecânicos, explicativos e frios. São olhos nossos. Não necessitam de oração e nem de devoção. Os olhos do Espírito são compassivos, metafóricos, maravilhados e profundamente tementes a Deus. Não são olhos nossos. Pertencem a Outro, o Divino, algo inexplicável. Temos que ir além de nós para ver por meio deles. Ver o quê? Certamente e acima de tudo, o ensino das Escrituras e por meio delas, a verdade que nos cerca num mundo criado por Deus. Compreende?
Oração
Desejamos exergar para entender, para assumir, para ser Teu instrumento. Encha-nos do Teu Espírito. Em nome de Jesus. Amém.
Júlio
Obrigado pelos eco-devocionais.
A propósito de legalismo, ontem descobri como um legalista lava a louça… pior, descobri que a forma como eu lavo a louça revela o meu legalismo.
Em anexo: How to wash up to the glory of God (plus washing up tips), por Tim Chester.
http://timchester.wordpress.com/2009/02/23/how-to-wash-up-to-the-glory-of-god-plus-washing-up-tips/
Um abraço,
Júlio.
Gerson
Caro Timóteo,
não podia deixar de te escrever sobre o texto abaixo. Você me chamou a atenção para o texto a partir da sua tradução. Comparei-a com as outras traduções. Seu comentário, breve, está muito bom!
Grato.
Abraço,
Gerson