“Na nossa época, as “futilidades” são, no mínimo, tão relevantes e tão necessárias quanto era o pão em 1789. […] ‘Quem somos’ depende de como conduzimos nossa vida e (indissociavelmente) de como ela é avaliada pelos outros. Para obter o reconhecimento de nossos semelhantes (sem o qual não somos nada), os objetos que nos circundam ajudam mais do que a barriga cheia; eles têm uma função parecida com a dos paramentos das antigas castas: declaram e mostram nosso status -se somos antenados, pop, fashion, sem noção, ricos, pobres ou emergentes, cultos ou iletrados.”
Contardo Calligaris – Folha de S.Paulo, 01/09/2011

“O número de adolescentes infratores com idade entre 12 e 14 anos internados na Fundação Casa (antiga Febem) cresceu 18% de agosto do ano passado para cá, segundos dados oficiais. Em um ano, a população de menores dessa faixa etária que cumprem medida socioeducativa em unidades de internação da Fundação Casa saltou de 484 para 572. Nesse período, o total de jovens infratores internados no Estado subiu de 7.058 para 8.220, um salto de 16%. Ainda de acordo com os dados, a maior parte dos adolescentes de 12 a 14 anos internados se envolveu em atos infracionais sob a suspeita de tráfico de drogas, roubo qualificado e furto. Para o presidente da Comissão Infantojuvenil da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Ricardo de Moraes Cavezon, o aspecto familiar é um dos principais fatores que contribuem para o envolvimento de adolescentes com o crime. ‘Muitos desses jovens estão em situação de abandono pelo pai e pela mãe’.”
Léo Arcoverde – Folha de S.Paulo, 02/09/2011

“Steve Jobs disse que melhor do que ter novas ideias é matar as antigas. É impossível administrar um grande fluxo de ideias. É preciso descartar aquelas que não servem ou não serão aproveitadas. De que adianta guardar os projetos se não for usá-los? Fuja deles. Só tomam tempo, atenção e desaceleram sua produtividade.”
Bill Fischer, professor de inovação (da escola suíça de negócios IMD) – Revista Época Negócios, agosto de 2011

“O segredo é dar raízes e asas. Asas para que o outro seja livre para dar suas voltas e raízes para que ele tenha estrutura, estabilidade e saiba bem o seu lugar no mundo. Essa é a melhor coisa que você pode dar para o seu filho, para o seu parceiro e para você mesma. Se não formos capazes, numa relação, de motivarmos um ao outro a chama apaga.”
Bruna Lombardi, 58, atriz – Revista Marie Claire, agosto de 2011

“A dificuldade de pôr limites que muitos pais sentem vem da culpa pela falta de tempo de se dedicar aos filhos. Eles acabam sendo permissíveis, na tentativa de compensar o incompensável. E, em alguns casos, acabam distorcendo a relação em que o ter afeto é substituto por ter presentes. O atendimento ilimitado aos desejos do filho e a incapacidade de manter firme a proibição cria distorção no relacionamento pais e filho, principalmente no aspecto do dar e receber.”
Rosa Lang – Revista Psique, agosto de 2011

“Todo aquele que faz apologia à sustentabilidade sem mencionar os interesses econômicos que mobilizam esse tema é ingênuo e alienado em seu próprio discurso. Ou hipócritas que se utilizam da comoção de tragédias ecológicas e sociais para vender uma imagem responsável, mais preocupados em ditar novos hábitos de consumo do que evitá-los para o bem do ecossistema.”
Arthur Meucci – Revista Filosofia, agosto de 2011

“O maior patrimônio a ser preservado hoje no mundo é o jovem. Precisamos oferecer educação de qualidade, envolvê-lo com esportes, afastá-lo das drogas.”
Nizan Guanaes – Harvard Business Review, agosto de 2011

“Basta olhar em volta para perceber a deterioração ética da sociedade: o presidente galardeado com o Nobel da Paz promove guerras; crianças praticam bullying nas escolas; estudantes agridem e até assassinam professores; políticos se apropriam descaradamente de recursos públicos; produções de entretenimento para cinema e TV banalizam o sexo e a violência. […] O fundamento da ética é o amor.”
Frei Betto, Revista Caros Amigos – agosto de 2011

“Às vezes, esquecemos que as prioridades decididas no bolso exprimem os valores, os sonhos que temos e as dificuldades que encontramos para atingir nossos objetivos. […] Mas nem sempre temos consciência daquilo que estamos valorizando e das escolhas que temos feito.”
Ainá Vieira – Revista Vida Simples, agosto de 2011