Presumo que Jesus não pretendeu ensinar aos seus discípulos como se deve orar. Ele queria ensiná-los como se deve viver.

Os discípulos queriam aprender a orar. Então, Jesus elaborou uma peça literária em forma de oração que mostra, muito mais, como devem viver os seus seguidores, do que como os seus seguidores deveriam orar.

Aprender a orar com o Jesus Cristo de Nazaré é uma das mais fascinantes descobertas para a espiritualidade. Para Jesus Cristo, orar é um estilo de vida, um modo de ser em comunhão com Deus. Com Ele, não aprendemos a orar com a mesma lógica dos gurus das religiões.

Da mesma forma, como a respiração funciona para a oxigenação do corpo, a oração existe para a pneumatização da alma. Ninguém nunca nos ensinou a respirar, simplesmente respiramos. É como se Jesus Cristo estivesse dizendo aos seus discípulos: quando vocês orarem, simplesmente orem. As religiões ensinam técnicas e artifícios de orações como meio para sensibilização das divindades. Com o Pai celestial, essas técnicas não fazem sentido.

A oração, no evangelho, não é ensinada, é degustada com o paladar do coração, é contemplada com os olhos da interioridade, é escutada no silencio profundo da alma, é sentida pela aproximação do invisível de Deus. A oração é a experiência que gera um sentimento de se viver na companhia de Deus.